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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Biodiversidade, Energia, Povos Indígenas, Quilombolas, Saneamento
Ano 16
24/02/2017

 

Direto do ISA

 
  Um designer famoso. Um grupo de alunos curiosos. Uma comunidade quilombola centenária, cercada por florestas. Uma busca pela beleza, natureza e cultura ancestrais. São estes os principais ingredientes da série "Ribeira Essencial", que registra com poesia as descobertas de Marcelo Rosenbaum e seus estudantes de design sobre a vida da comunidade quilombola de Ivaporunduva, no Vale do Ribeira. Você é nosso convidado para participar dessa jornada. Conheça o Quilombo de Ivaporunduva, seus moradores e a beleza exuberante desta região considerada patrimônio natural, socioambiental e cultural da humanidade. O primeiro episódio irá ao ar dia 2 de março. Não perca! O Ribeira Vale sua visita, seu apoio, sua atenção! #RibeiraEssencial #ORibeiraVale https://youtu.be/qr1CiSdl8Ro Direto do ISA, 23/2.
  
 

Povos Indígenas

 
  Escolhido para o Ministério da Justiça, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) é diretor jurídico da bancada ruralista, foi relator da PEC 215 e deu parecer favorável a que a demarcação das terras indígenas e quilombolas tenha que passar pelo Congresso Nacional. O Executivo, nesse novo modelo, faria os estudos antropológicos e encaminharia para o Legislativo como um projeto de lei. Parlamentares contrários dizem que, com isso, não haveria mais demarcação de terras, que hoje ocorre por ato do presidente após ouvir a Funai e o Ministério da Justiça. Caberá a Serraglio, agora, decidir sobre quais demarcações serão levadas ao presidente da República para sanção, quais serão alvo de novos estudos e quais serão rejeitadas. "Nos parece inadequado nomear para a Justiça uma pessoa que teve, ao longo dos últimos anos, forte atuação para debilitar os direitos constitucionais dos índios, quilombolas e outras minorias”, afirmou o ex-presidente da Funai e sócio fundador do Instituto Socioambiental, Márcio Santilli Valor Econômico, 24/2, Política, p.A6.
  Do Xingu para a Sapucaí. Depois de enfrentar uma polêmica com o agronegócio por causa do enredo sobre o parque indígena do Mato Grosso, a Imperatriz Leopoldinense recebeu ontem seus convidados especiais para a festa de domingo: 17 lideranças indígenas de diferentes etnias. Dez são do Alto Xingu e vão desfilar no Sambódromo domingo. O cacique Raoni, um dos principais militantes contra a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, na Bacia do Rio Xingu, também faz parte da comitiva. No desfile, a obra será representada por um monstro, num setor que mostrará as ameaças ao parque indígena - entre elas, o uso indiscriminado de agrotóxicos, o que despertou a ira do agronegócio. Na apresentação, a verde e branco já adiantou que Raoni vem no último carro. Mas os grandes homenageados do enredo estarão também em outras partes do desfile O Globo, 24/2, Rio, p.10.
  A escolha de Osmar Serraglio (PMDB) para o Ministério da Justiça incomodou a Funai, vinculada à pasta. Ele foi relator do projeto de emenda constitucional (PEC 215) que esvazia o órgão ao passar ao Congresso a palavra final na demarcação de terras indígenas. Nomeado em janeiro, o presidente da Funai, Antonio Castro, já confrontou a bancada ruralista ao condenar a emenda. Deputados prometem pedir sua demissão ao novo ministro O Globo, 24/2, Panorama Político, p.2.
  
 

Energia

 
  O Ministério Público da Suíça investiga se contas em bancos do país ligadas ao senador Edison Lobão (PMDB-MA) foram usadas para receber propina. Os recursos foram bloqueados preventivamente enquanto o processo transcorre. Lobão é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal relacionados à Operação Lava Jato. Ele foi citado em delações premiadas como um dos beneficiários do esquema de desvio de dinheiro na Petrobrás ao lado de outros nomes do PMDB. Em outro inquérito, é investigado por irregularidades nas obras das usinas de Angra 3 e Belo Monte. Na época, ele ocupava o cargo de ministro de Minas e Energia, durante o governo de Dilma Rousseff. A defesa do senador, que atualmente preside a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, nega as irregularidades OESP, 24/2, Política, p.A8.
  A Eletronuclear investirá R$ 440 milhões para construir um armazém para estocar elementos combustíveis de urânio que já não geram energia em grande quantidade, mas que precisam ser preservados com cuidado. Os átomos de urânio, cujos núcleos são quebrados para gerar calor e mover as usinas, duram três anos no reator. Depois, são retirados e vão para piscinas -Angra I tem a sua, que ficará cheia em dezembro de 2021; a de Angra II, em julho do mesmo ano. Se elas não puderem receber elementos combustíveis, será preciso desligar os reatores. Por isso, a estatal vai construir o armazém a seco -ele receberá parte do material que já irradiou nessas piscinas durante alguns anos e, assim, abrirá espaço para que elas possam receber urânio mais novo das usinas FSP, 24/2, Mercado Aberto, p.A18.
  
 

Saneamento

 
  Um estudo feito pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura mostra que a Cedae, cuja privatização foi aprovada na última segunda-feira pela Assembleia Legislativa, é menos eficiente que as empresas privadas de distribuição de água potável e tratamento de esgoto no país. A partir de dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento do Ministério das Cidades, publicados num relatório de 2015, o economista Adriano Pires, diretor do CBIE, chegou a uma conclusão grave: o índice de esgoto tratado pela Cedae é de 29,46%, enquanto nas demais empresas particulares chega a 79,24% O Globo, 24/2, Rio, p.16.
  "É louvável e merece aplausos a disposição do atual presidente da Sabesp, Jerson Kelman, em debater abertamente a responsabilidade da empresa que dirige, frente o gravíssimo problema do saneamento em São Paulo. Ele afirma que 'é equivocada a tese central' de meus argumentos de que a Sabesp prioriza os interesses corporativos sobre os da população. Boa parte do esgoto efetivamente coletado pela tubulação já instalada não é encaminhada para uma estação de tratamento. Essa é a questão. Pagamos mais que o dobro que um cidadão nova-iorquino e mais de quatro vezes que um parisiense. Creio que é chegada a hora de exigirmos eficiência e equidade na hora de discutirmos as tarifas dos serviços de saneamento que pagamos, mas não recebemos", artigo de João Paulo Capobianco FSP, 24/2, Tendências/Debates, p.A3.
  
 
Imagens Socioambientais

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