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Povos Indígenas
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De 24 a 26 de março, agricultores e lideranças indígenas do Médio Rio Negro, gerentes das Casas de Pimenta Baniwa e representantes da Organização Indígena da Bacia do Içana (Oibi), reuniram-se na comunidade do Yamado e na sede do ISA em São Gabriel da Cachoeira (AM). Na pauta, novas formas de valorização econômica do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro, patrimônio cultural brasileiro - Blog do Rio Negro/ISA, 10/4. |
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No meio do caminho do projeto de mais de R$ 30 bilhões da hidrelétrica de São Luis do Tapajós na Amazônia há 120 índios, um relatório de antropólogos nunca publicado, um processo judicial e uma história mal contada. Erguer a hidrelétrica no Pará é a principal aposta do setor elétrico para os próximos anos. Acontece que a 20 quilômetros de onde ficaria a barragem, em linha reta, há três pequenas aldeias munduruku. A maior delas, Sawré Muybu, tem perto de 120 índios e é o epicentro desta luta de Davi e Golias. Os Munduruku, uma etnia com talvez 12 mil índios espalhados por 120 aldeias e que vivem há centenas de anos na calha do Tapajós, utilizam a região para caçar e pescar. É também uma das áreas sagradas deste povo. Há anos os Munduruku de Saré Muybu reivindicam a demarcação da Terra Indígena de mesmo nome. A ex-presidente da Funai disse que o relatório de identificação da terra foi aprovado, mas não pôde ser publicado por causa do projeto da hidrelétrica - Valor Econômico, 10/4, Brasil, p.A8. |
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Um missionário evangélico foi denunciado pelo Ministério Público Federal em Santarém (PA) porque, impossibilitado de pregar para os índios da etnia Zo'é no território da tribo, convenceu parte deles a ir à fazenda de um amigo para orarem e, ao mesmo tempo, trabalharem na colheita de castanha. Em troca, os Zo'é ganhavam panelas, roupas velhas, redes e outros utensílios. Segundo a Procuradoria, o religioso, Luiz Carlos Ferreira, e o dono do castanhal, Manoel Oliveira, mantiveram 96 indígenas em condição análoga à escravidão, com o agravante de terem cometido crime contra os costumes -previsto no Estatuto dos Índios. A Justiça ainda não aceitou a ação - FSP, 10/4, Poder, p.A9. |
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Biodiversidade
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O aparecimento de grandes concentrações de algas na superfície do mar em Fernando de Noronha, no início desta semana, foi visto com preocupação por especialistas. O fenômeno, que moradores relataram jamais terem visto na região, pode estar associado a mudanças climáticas. Uma equipe de pesquisadores da UFSC coletou amostras das algas para investigar a origem. Segundo o professor do Centro de Ciências Biológicas da instituição, Paulo Horta, a expectativa é chegar a resultados conclusivos em até 15 dias: "Queremos saber se esse material veio do mar do Caribe ou se é fruto de uma floração dessas algas na região. Nos dois casos, as mudanças no clima podem estar por trás do ocorrido - O Globo, 10/4, Sociedade, p.23. |
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A Suzano, vice-líder no mercado brasileiro de celulose, obteve ontem aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para tocar um projeto que poderá aumentar a produtividade de suas florestas em até 20%. Por meio de sua controlada FuturaGene Brasil, a Suzano será a primeira empresa global a usar uma variedade de eucalipto transgênico em escala comercial. A CTNBio ressaltou, no entanto, que a aprovação ainda pode ser contestada em recursos ao órgão - OESP, 10/4, Economia, p.B14. |
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Há 252 milhões de anos, a vida complexa na Terra quase desapareceu. Entre o fim do Permiano e início do Triássico, até 96% das espécies de animais sumiram na maior extinção em massa da história do planeta, apelidada de "Grande Morte". Há tempos, os cientistas suspeitam que o "assassino" foi uma explosão na atividade vulcânica na atual Sibéria, e agora eles encontraram provas do que seria a "arma do crime": a acidificação dos oceanos. Segundo eles, o vulcanismo liberou enormes quantidades de CO2 no ar que, absorvido pela água, elevou a acidez do mar a nível catastrófico, num achado que pode ajudar na compreensão das ameaças à atual biodiversidade marinha pelas emissões humanas do gás - O Globo, 10/4, Sociedade, p.23. |
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"Representa algum avanço a aprovação pelo Senado do texto básico de um novo marco legal da biodiversidade para regular a exploração econômica de recursos derivados da fauna e da flora brasileira. Ainda restam três destaques por votar, após o que o texto voltará à Câmara para decisão final. Permanece a oportunidade, portanto, de aperfeiçoar o diploma. Mas não será desta vez, tudo indica, que o contencioso se resolverá. Vários pontos da legislação têm forte oposição de defensores de populações tradicionais. Há quem diga que a lei, se aprovada, entrará em conflito com a Convenção da Diversidade Biológica. Não é improvável que venha a ser questionada na Justiça, prolongando a insegurança", editorial - FSP, 10/4, Editoriais, p.A2. |
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Geral
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Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou emenda na Medida Provisória 661 autorizando o fim do sigilo nas operações de crédito do BNDES. A mudança autoriza a "disposição para quebrar o sigilo ou negar o caráter secreto das operações de apoio financeiro" do banco e suas subsidiárias. A autorização pode abrir os contratos da BNDESPar, por meio da qual o BNDES compra participação em empresas. Entre elas, o frigorífico JBS Friboi. Também foi aprovada emenda determinando que 2,5% de todo o financiamento realizado pelo BNDES a taxas subsidiadas deverá ser destinado à extensão rural - que envolve a disseminação de tecnologia no campo - OESP, 10/4, Economia, p.B7. |
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Marte tem milhares de glaciares enterrados sob sua superfície - água congelada em quantidade suficiente para cobrir o planeta com uma capa de gelo de 1,1 metro, segundo um grupo internacional de cientistas. Um estudo, publicado ontem na revista científica Geophysical Research Letter, indica que os glaciares estão em duas faixas nas latitudes centrais dos Hemisférios Norte e Sul do planeta vermelho - OESP, 10/4, Metrópole, p.A18. |
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"É incompreensível que o governo brasileiro tenha retardado, com a demissão de cientistas nessa área específica, a conclusão do nosso relatório sobre emissões de poluentes que afetam o clima - e os recursos hídricos. Até o fim do ano a Convenção do Clima negociará os compromissos de cada país de reduzir suas emissões. E novos relatórios estão advertindo sobre impactos nessa área no País. O cientista J. V. Marengo, do Inpe, admite que podem 'relacionar-se com níveis crescentes de urbanização e de formação de ilhas de calor' nas metrópoles. E outro cientista do Inpe, Antônio Donato Nobre, não deixa dúvida: sem desmatamento zero na Amazônia não conseguiremos resolver os problemas de clima e de água no Sudeste", artigo de Washington Novaes - OESP, 10/4, Espaço Aberto, p.A2. |
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Mais erros na energia
"O governo não se cansa de errar na administração do setor elétrico. Agora, decidiu fazer um leilão de energia de reserva, que é sempre para momentos emergenciais, mas estabelecendo um prazo de 20 anos e um preço-teto de R$ 330. Isso faz com que o custo de um período de crise se prolongue no tempo. Pior, decidiu fazer uma exigência que só a Petrobras pode cumprir", coluna de Míriam Leitão - O Globo, 10/4, Economia, p.20. |
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De Olho 
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