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segunda-feira, 20 de julho de 2009
AGRICULTURA AFASTA ELEFANTES EM MALAWI
Uma equipe de cientistas sul-africanos está prestes a terminar o traslado de uma manada de elefantes da reserva de Phirilongwe, no sul de Malawi, onde estes mamíferos já não são compatíveis com a agricultura de subsistência, para outra área protegida, mais ao sul. Quarenta e quatro elefantes foram retirados da selva onde se chocavam com as atividades humanas, crescentes desde os anos 60. Da mandada que historicamente habitou uma extensa área ao sul do lago Malawi, e cujo habitat diminuía com o rápido crescimento populacional, subsistem apenas 60 exemplares.
O problema entre elefantes e humanos no distrito costeiro de Mangochi gerou grande controvérsia nas últimas três décadas, recordou o diretor do Departamento de Parques e Vida Silvestre, Loenard Sefu. Estima-se que o traslado, com custo de US$ 300 mil, é parte do Projeto de Desenvolvimento Ecoturístico, disse Sefu, que pretende recolocar animais silvestres de terras comunitárias em áreas protegidas. Os recursos da selva estão submetidos a uma contínua pressão devido a atividades humanas, como desmatamento, entre outras, afirma um estudo sobre a utilização do ecossistema, feito pela unidade de investigação do Parque Nacional Liwonde, vizinho de Phirilongwe.
Populações humanas cada vez maiores desmatam em Phirilongwe para plantar, o que reduz o habitat dos elefantes e suas fontes de alimentos e áreas de abrigo. Vários animais caíram em armadilhas ou foram envenenados por caçadores ilegais, segundo funcionários do Departamento de Parques e Vida Silvestre. Além disso, em sua busca por alimentos, os elefantes causam estragos em plantações, arrasando cultivos de milho e matando 16 pessoas, desde 2004, disse o responsável por Educação Ambiental do Parque Nacional do Lago Malawi, Joe Chinguwo.
A pressão humana sobre a reserva parece inevitável. Os investigadores alertaram que o problema não desaparecerá enquanto a região habitada pelos elefantes de Phirilongwe continuar cercada por assentamentos ao longo da baía Mangochi-Monkey, no extremo meridional do lago Malawi. O traslado dos animais começou lentamente em junho. “Nove elefantes, incluindo três filhotes, foram levados para a reserva de Majete”, 250 quilômetros ao sul de Phirilongwe, disse Jason Bell-Leask, diretor para a África austral do Fundo Internacional para a Proteção dos Animais e seu Habitat (UFAW).
A operação, que demorou seis horas, teve de ser suspensa porque a organização Amigos de Phirilongwe conseguiu que o Alto Tribunal de Justiça interrompesse o traslado organizado pelo IFAW e pelo Departamento de Parques e Vida Silvestre. “O fazemos por uma questão de transparência. Pedimos uma avaliação de impacto ambiental para saber o que acontecerá com a selva quando já não houver elefantes’, disse à IPS Ismail Jan, integrante dessa organização.
O traslado dos elefantes gerou intenso debate. Uma investigação do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) sobre as possíveis formas para acabar com o problema da convivência entre elefantes e humanos em Phirilongwe propôs criar um parque ali mesmo, porque, sem os animais, a selva poderia desaparecer em 20 anos. O estudo do WWF propôs cercar a zona principal habitada pelos elefantes e avaliou a possibilidade de ampliar o Parque Nacional do Lago Malawi para reintroduzir outras espécies animais a fim de proteger a selva e oferecer um meio de vida alternativo às populações humanas, como o turismo.
O aumento dos estragos causados pelos elefantes motivou a criação de uma comissão de trabalho em janeiro de 2007, integrada por autoridades locais e outros atores comunitários, que aprovou o programa de traslado. Encontrou-se doadores para custear a operação e foram colocados detectores em vários animais para poder seguir seus movimentos. Mas em março de 2008, várias figuras locais foram contra a medida e queriam conservar os elefantes como forma de promover o turismo e, ainda, com o argumento de que no longo prazo aumentariam o emprego e o desenvolvimento na região.
Autoridades tradicionais voltaram a apresentar queixa, desta vez ao presidente do país e seu gabinete, alegando que queriam que os elefantes fossem devolvidos. A solciitaçao apresentada pela Amigos de Phirilongwe ao tribunal foi apenas um revés temporário. A operação recomeçou em 18 de junho. A presença de elefantes em Phirilongwe pode ser valiosa, mas os perigos de sua permanência são imediatos. Os benefícios exigem um desenvolvimento no longo prazo, segundo Humprehy Nzima, conhecido conservacionista de Malawi e coordenador da Área de Conservação Transfronteiriça, situada entre Malawi e Zâmbia. O crescimento das populações humanas continuará exercendo pressão sobre a selva de Phirilongwe.
O chefe tradicional Namkumba resumiu a opinião da comunidade sobre o futuro dos elefantes, “Nos surpreende que os que se chamam Amigos de Phirilongwe defendam a selva quando se perdeu vidas humanas por estouros de manadas de elefantes. Há tempos perdemos plantações e bens. Os animais têm de ir para Majete”, afirmou. Quando o tribunal deu luz verde, foram capturados outros seis elefantes e levados para seu novo lar em Majete, disse Neil Greenwood, do IFAW. “Trasladamos uma fêmea com mais de 50 anos, seu cenho afundado indica que é uma idosa que viu de tudo. Sinto uma grande satisfação ao saber que poderá passar seus anos dourados segura em uma área protegida”, escreveu Greenwood em seu blog. Uma equipe de cientistas sul-africanos está prestes a terminar o traslado de uma manada de elefantes da reserva de Phirilongwe, no sul de Malawi, onde estes mamíferos já não são compatíveis com a agricultura de subsistência, para outra área protegida, mais ao sul. Quarenta e quatro elefantes foram retirados da selva onde se chocavam com as atividades humanas, crescentes desde os anos 60. Da mandada que historicamente habitou uma extensa área ao sul do lago Malawi, e cujo habitat diminuía com o rápido crescimento populacional, subsistem apenas 60 exemplares.
O problema entre elefantes e humanos no distrito costeiro de Mangochi gerou grande controvérsia nas últimas três décadas, recordou o diretor do Departamento de Parques e Vida Silvestre, Loenard Sefu. Estima-se que o traslado, com custo de US$ 300 mil, é parte do Projeto de Desenvolvimento Ecoturístico, disse Sefu, que pretende recolocar animais silvestres de terras comunitárias em áreas protegidas. Os recursos da selva estão submetidos a uma contínua pressão devido a atividades humanas, como desmatamento, entre outras, afirma um estudo sobre a utilização do ecossistema, feito pela unidade de investigação do Parque Nacional Liwonde, vizinho de Phirilongwe.
Populações humanas cada vez maiores desmatam em Phirilongwe para plantar, o que reduz o habitat dos elefantes e suas fontes de alimentos e áreas de abrigo. Vários animais caíram em armadilhas ou foram envenenados por caçadores ilegais, segundo funcionários do Departamento de Parques e Vida Silvestre. Além disso, em sua busca por alimentos, os elefantes causam estragos em plantações, arrasando cultivos de milho e matando 16 pessoas, desde 2004, disse o responsável por Educação Ambiental do Parque Nacional do Lago Malawi, Joe Chinguwo.
A pressão humana sobre a reserva parece inevitável. Os investigadores alertaram que o problema não desaparecerá enquanto a região habitada pelos elefantes de Phirilongwe continuar cercada por assentamentos ao longo da baía Mangochi-Monkey, no extremo meridional do lago Malawi. O traslado dos animais começou lentamente em junho. “Nove elefantes, incluindo três filhotes, foram levados para a reserva de Majete”, 250 quilômetros ao sul de Phirilongwe, disse Jason Bell-Leask, diretor para a África austral do Fundo Internacional para a Proteção dos Animais e seu Habitat (UFAW).
A operação, que demorou seis horas, teve de ser suspensa porque a organização Amigos de Phirilongwe conseguiu que o Alto Tribunal de Justiça interrompesse o traslado organizado pelo IFAW e pelo Departamento de Parques e Vida Silvestre. “O fazemos por uma questão de transparência. Pedimos uma avaliação de impacto ambiental para saber o que acontecerá com a selva quando já não houver elefantes’, disse à IPS Ismail Jan, integrante dessa organização.
O traslado dos elefantes gerou intenso debate. Uma investigação do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) sobre as possíveis formas para acabar com o problema da convivência entre elefantes e humanos em Phirilongwe propôs criar um parque ali mesmo, porque, sem os animais, a selva poderia desaparecer em 20 anos. O estudo do WWF propôs cercar a zona principal habitada pelos elefantes e avaliou a possibilidade de ampliar o Parque Nacional do Lago Malawi para reintroduzir outras espécies animais a fim de proteger a selva e oferecer um meio de vida alternativo às populações humanas, como o turismo.
O aumento dos estragos causados pelos elefantes motivou a criação de uma comissão de trabalho em janeiro de 2007, integrada por autoridades locais e outros atores comunitários, que aprovou o programa de traslado. Encontrou-se doadores para custear a operação e foram colocados detectores em vários animais para poder seguir seus movimentos. Mas em março de 2008, várias figuras locais foram contra a medida e queriam conservar os elefantes como forma de promover o turismo e, ainda, com o argumento de que no longo prazo aumentariam o emprego e o desenvolvimento na região.
Autoridades tradicionais voltaram a apresentar queixa, desta vez ao presidente do país e seu gabinete, alegando que queriam que os elefantes fossem devolvidos. A solciitaçao apresentada pela Amigos de Phirilongwe ao tribunal foi apenas um revés temporário. A operação recomeçou em 18 de junho. A presença de elefantes em Phirilongwe pode ser valiosa, mas os perigos de sua permanência são imediatos. Os benefícios exigem um desenvolvimento no longo prazo, segundo Humprehy Nzima, conhecido conservacionista de Malawi e coordenador da Área de Conservação Transfronteiriça, situada entre Malawi e Zâmbia. O crescimento das populações humanas continuará exercendo pressão sobre a selva de Phirilongwe.
O chefe tradicional Namkumba resumiu a opinião da comunidade sobre o futuro dos elefantes, “Nos surpreende que os que se chamam Amigos de Phirilongwe defendam a selva quando se perdeu vidas humanas por estouros de manadas de elefantes. Há tempos perdemos plantações e bens. Os animais têm de ir para Majete”, afirmou. Quando o tribunal deu luz verde, foram capturados outros seis elefantes e levados para seu novo lar em Majete, disse Neil Greenwood, do IFAW. “Trasladamos uma fêmea com mais de 50 anos, seu cenho afundado indica que é uma idosa que viu de tudo. Sinto uma grande satisfação ao saber que poderá passar seus anos dourados segura em uma área protegida”, escreveu Greenwood em seu blog. IPS/Envolverde
* Este artigo é parte de uma série produzida pela IPS (Inter Press Service) e pela IFEJ (Federação Internacional de Jornalistas Ambientais) para a Aliança de Comunicadores para o Desenvolvimento Sustentável (www.complusalliance.org)(Uma equipe de cientistas sul-africanos está prestes a terminar o traslado de uma manada de elefantes da reserva de Phirilongwe, no sul de Malawi, onde estes mamíferos já não são compatíveis com a agricultura de subsistência, para outra área protegida, mais ao sul. Quarenta e quatro elefantes foram retirados da selva onde se chocavam com as atividades humanas, crescentes desde os anos 60. Da mandada que historicamente habitou uma extensa área ao sul do lago Malawi, e cujo habitat diminuía com o rápido crescimento populacional, subsistem apenas 60 exemplares.
O problema entre elefantes e humanos no distrito costeiro de Mangochi gerou grande controvérsia nas últimas três décadas, recordou o diretor do Departamento de Parques e Vida Silvestre, Loenard Sefu. Estima-se que o traslado, com custo de US$ 300 mil, é parte do Projeto de Desenvolvimento Ecoturístico, disse Sefu, que pretende recolocar animais silvestres de terras comunitárias em áreas protegidas. Os recursos da selva estão submetidos a uma contínua pressão devido a atividades humanas, como desmatamento, entre outras, afirma um estudo sobre a utilização do ecossistema, feito pela unidade de investigação do Parque Nacional Liwonde, vizinho de Phirilongwe.
Populações humanas cada vez maiores desmatam em Phirilongwe para plantar, o que reduz o habitat dos elefantes e suas fontes de alimentos e áreas de abrigo. Vários animais caíram em armadilhas ou foram envenenados por caçadores ilegais, segundo funcionários do Departamento de Parques e Vida Silvestre. Além disso, em sua busca por alimentos, os elefantes causam estragos em plantações, arrasando cultivos de milho e matando 16 pessoas, desde 2004, disse o responsável por Educação Ambiental do Parque Nacional do Lago Malawi, Joe Chinguwo.
A pressão humana sobre a reserva parece inevitável. Os investigadores alertaram que o problema não desaparecerá enquanto a região habitada pelos elefantes de Phirilongwe continuar cercada por assentamentos ao longo da baía Mangochi-Monkey, no extremo meridional do lago Malawi. O traslado dos animais começou lentamente em junho. “Nove elefantes, incluindo três filhotes, foram levados para a reserva de Majete”, 250 quilômetros ao sul de Phirilongwe, disse Jason Bell-Leask, diretor para a África austral do Fundo Internacional para a Proteção dos Animais e seu Habitat (UFAW).
A operação, que demorou seis horas, teve de ser suspensa porque a organização Amigos de Phirilongwe conseguiu que o Alto Tribunal de Justiça interrompesse o traslado organizado pelo IFAW e pelo Departamento de Parques e Vida Silvestre. “O fazemos por uma questão de transparência. Pedimos uma avaliação de impacto ambiental para saber o que acontecerá com a selva quando já não houver elefantes’, disse à IPS Ismail Jan, integrante dessa organização.
O traslado dos elefantes gerou intenso debate. Uma investigação do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) sobre as possíveis formas para acabar com o problema da convivência entre elefantes e humanos em Phirilongwe propôs criar um parque ali mesmo, porque, sem os animais, a selva poderia desaparecer em 20 anos. O estudo do WWF propôs cercar a zona principal habitada pelos elefantes e avaliou a possibilidade de ampliar o Parque Nacional do Lago Malawi para reintroduzir outras espécies animais a fim de proteger a selva e oferecer um meio de vida alternativo às populações humanas, como o turismo.
O aumento dos estragos causados pelos elefantes motivou a criação de uma comissão de trabalho em janeiro de 2007, integrada por autoridades locais e outros atores comunitários, que aprovou o programa de traslado. Encontrou-se doadores para custear a operação e foram colocados detectores em vários animais para poder seguir seus movimentos. Mas em março de 2008, várias figuras locais foram contra a medida e queriam conservar os elefantes como forma de promover o turismo e, ainda, com o argumento de que no longo prazo aumentariam o emprego e o desenvolvimento na região.
Autoridades tradicionais voltaram a apresentar queixa, desta vez ao presidente do país e seu gabinete, alegando que queriam que os elefantes fossem devolvidos. A solciitaçao apresentada pela Amigos de Phirilongwe ao tribunal foi apenas um revés temporário. A operação recomeçou em 18 de junho. A presença de elefantes em Phirilongwe pode ser valiosa, mas os perigos de sua permanência são imediatos. Os benefícios exigem um desenvolvimento no longo prazo, segundo Humprehy Nzima, conhecido conservacionista de Malawi e coordenador da Área de Conservação Transfronteiriça, situada entre Malawi e Zâmbia. O crescimento das populações humanas continuará exercendo pressão sobre a selva de Phirilongwe.
O chefe tradicional Namkumba resumiu a opinião da comunidade sobre o futuro dos elefantes, “Nos surpreende que os que se chamam Amigos de Phirilongwe defendam a selva quando se perdeu vidas humanas por estouros de manadas de elefantes. Há tempos perdemos plantações e bens. Os animais têm de ir para Majete”, afirmou. Quando o tribunal deu luz verde, foram capturados outros seis elefantes e levados para seu novo lar em Majete, disse Neil Greenwood, do IFAW. “Trasladamos uma fêmea com mais de 50 anos, seu cenho afundado indica que é uma idosa que viu de tudo. Sinto uma grande satisfação ao saber que poderá passar seus anos dourados segura em uma área protegida”, escreveu Greenwood em seu blog.
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FONTE : Este artigo é parte de uma série produzida pela IPS (Inter Press Service) e pela IFEJ (Federação Internacional de Jornalistas Ambientais) para a Aliança de Comunicadores para o Desenvolvimento Sustentável (www.complusalliance.org).
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