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domingo, 5 de abril de 2009
FARRA DO BOI : não teve aprovação
O município de Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, criou uma lei municipal regulamentando a “brincadeira do boi”. A Lei 542/2007 previa que os grupos organizadores deveriam se cadastrar na prefeitura para que pudessem ser responsabilizados civil e penalmente caso ocorresse dano à integridade física do animal.
Mais uma vez, o Ministério Público solicitou a suspensão da lei e foi atendido. Para o secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, a farra e as rinhas são heranças culturais. Apesar de admitir que participou do esforço para regulamentar a prática, Knaesel admite que, desde então, houve “evolução” na maneira como a farra é tratada:
– Nós tentamos fazer com que tivessem áreas específicas, com controle de segurança, que houvesse possibilidade de manter essa tradição. Não foi possível, mas a gente se adapta também ao pensamento da maioria. Tudo é evolução e hoje eu, talvez, não me posicionaria daquela forma.
Para Knaesel, não há mais possibilidades de regulamentar a prática:
– Essa fase passou, perdeu-se no tempo, e hoje acho que está sacramentado que a farra é uma prática ilegal e tem de ser tratada dessa forma.
Em contato com a reportagem, o secretário de Segurança Pública e Defesa do Cidadão, Ronaldo Benedet, se mostrou crítico ferrenho da farra do boi.
Ao ser questionado, porém, sobre a mobilização dos parlamentares para a autorização da prática, em 1999, justificou:
– Eu não me lembro qual era a conotação. Esse não é um costume da minha região, eu não participei muito dessa discussão. Só me aprofundei no assunto quando vim para a secretaria de Segurança Pública, onde a gente tem que cumprir a lei. Não somos condescendentes, a polícia se incomoda muito com isso, temos que descolar efetivos, gastar dinheiro, é um inferno. Eu rezo para a Páscoa acabar, para eu não me incomodar mais.
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FONTE : Diário catarinense, edição de 04/04/2009
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