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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Agricultores americanos tentam voltar para a soja convencional (Bem que o Requião, do Paraná, tinha razão...)


Pela primeira vez desde 1996, cai a área plantada com soja transgênica nos EUA, com mais agricultores decidindo plantar soja não transgênica. O cultivo da soja modificada atingiu seu ápice em 2008, alcançando 92% da produção do país

Representantes de associações de produtores de soja, universidades e compradores de grãos relatam que a demanda por sementes de soja convencional está aumentando, o que deverá aumentar a área plantada para 10%.
Os motivos do recente interesse pela soja convencional incluem o preço baixo da commodity, prêmios atrativos pelo produto não transgênico e preços da semente transgênica só aumentando.

Segundo Grover Shannon, melhorista genético de soja do Delta Research Center, da Universidade de Missouri, “o sistema Roundup Ready já não é tão barato como antes”. O preço da saca de semente de soja transgênica Roundup Ready, da Monsanto, aumentou de 35 para 50 dólares, enquanto o galão do herbicida Roundup aumentou de 15 para 50 dólares. “Muitos agricultores estão bravos com a Monsanto”, disse Shannon.

O aumento dos problemas com ervas espontâneas que se tornaram resistentes ao Roundup (glifosato) também é motivo de preocupação para os agricultores. “Eles estão usando mais herbicidas, o que representa um aumento nos custos de produção”, disse Bill Schapaugh, melhorista de soja da Universidade de Kansas.
O desafio das sementes

Mas o mercado de soja convencional está diante de um grande desafio. Muitas empresas de sementes focaram seus trabalhos apenas em variedades transgênicas e eliminaram as sementes convencionais de suas linhas de produção ao longo dos últimos anos. As sementeiras estão empurrando as sementes transgênicas, de modo que as sementes convencionais estão cada vez menos disponíveis, tanto em diversidade de opções, como em quantidade.

Segundo Shannon, a indústria de sementes prefere vender sementes transgênicas devido à taxa de tecnologia (royalty) e à exigência de que os agricultores comprem sementes todos os anos (agricultores normalmente podem produzir suas próprias sementes a partir de variedades convencionais). “Os distribuidores de sementes não querem voltar a vender sementes não transgênicas. Eles querem vender sementes todo ano; é mais lucrativo”.

Contudo, boas variedades de sementes de soja não transgênica estão começando a ser disponibilizadas por algumas empresas nos EUA e no Canadá e por várias universidades americanas.
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Fonte: Biodiversidad en América Latina y El Caribe,Gustavo Cherubine e Luís Nassif.

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