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Áreas Protegidas
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Um levantamento do Imazon revela que as taxas de desmatamanto dentro de Unidades de Conservação (UCs) estão aumentando. A participação da perda de floresta nessas áreas protegidas, em relação ao desmate total da Amazônia Legal dobrou entre 2012 a 2015, passando de 6% para 12%. Nas 50 principais UCs, corte chegou a 229,9 mil hectares - 97% da área desmatada em todas as UCS da Amazônia no período. As 10 primeiras respondem por 79% do total. Essa concentração se dá porque todas elas estão na área de expansão da fronteira agropecuária e sob influência de projetos de infraestrutura. Mas também porque tem ocorrido uma redução de recursos e de pessoal de fiscalização, além de movimentos para reduzir o grau de proteção ou a área de algumas UCs. Entre os locais mais sensíveis está o entorno da BR-163 - OESP, 18/3, Metrópole, p.A18. |
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"Depois da redução da Floresta Nacional de Jamanxim (PA), o pessoal do Amazonas foi pedir a redução das cinco UCs criadas no sul do Amazonas no final do mandato de Dilma Rousseff", disse Paulo Barreto, do Imazon. No começo deste ano, a parlamentares amazonenses começaram a articular um projeto de lei junto com a Casa Civil para extinguir uma das áreas e reduzir as outras quatro. A área protegida total cairia de 2,697 milhões de hectares para 1,772 milhão de hectares, uma queda de 35%. Investigação feita pelo Instituto Socioambiental (ISA) divulgada na quinta-feira, 16, apontou que o interesse na redução das UCs seria para a criação de um projeto hidrelétrico, atuação de mineradoras nacionais e estrangeiras, latifundiários e grileiros de terra - OESP, 18/3, Metrópole, p.A18. |
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"Aqui ou você é conivente com o crime ou se silencia ou morre. São só essas opções. Quando denuncia, não é ouvido, quando é ouvido, não é atendido." É assim que a líder extrativista Giselda Pereira Ramos Pilker descreve a situação de pressão e ameaça que enfrentam os moradores de UCs de uso sustentável em Rondônia, categoria que permite a presença de povos tradicionais, como ribeirinhos e extrativistas. O Estado, de acordo com o estudo do Imazon, é o segundo que mais teve perda de floresta em áreas que, por lei, deveriam ser protegidas - OESP, 18/3, Metrópole, p.A18. |
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"Nos últimos anos o desmate voltou a crescer, especialmente dentro de UCs. A ciência mostra que maciços florestais são fundamentais para garantir chuva e clima estáveis - ativos essenciais para a agropecuária. Quebras de safra por falta de chuva e replantios sucessivos por atraso na chegada das águas são alguns elementos de incerteza, que representam riscos e prejuízos para o agronegócio. Estudo feito pelo Ipam e parceiros mostra que a temperatura ao redor do Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, região cheia de monoculturas e pastagens, já aumentou quase 1oC ao longo de dez anos. As pessoas podem não sentir o aumento na temperatura, mas boi e soja sentem e produzem menos", artigo de André Guimarães - OESP, 18/3, Metrópole, p.A18. |
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"Não é de hoje que o pessoal do agronegócio propagandeia que o Brasil tem um excesso de áreas protegidas, conceito que reúne unidades de conservação às terras indígenas para designar aquela parte do território em que prevalece a preservação de vegetação nativa. O suposto exagero estaria impedindo a agricultura de se expandir. Na realidade, são as grandes propriedades que predominam, como mostra o Atlas da Agropecuária Brasileira (www.imaflora.org/atlasagropecuario) que será lançado nesta segunda-feira (20). A façanha informática realizada pela ONG Imaflora em parceria com a Esalq-USP aglutina informações de 20 bases de dados separadas para traçar em detalhe a malha das terras públicas e propriedades rurais do país", artigo de Marcelo Leite - FSP, 19/3, Ciência, p.B6. |
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Hidrelétricas na Amazônia
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O ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht e outros executivos do grupo disseram em acordo de delação premiada que acertaram junto com a Andrade Gutierrez o repasse de R$ 50 milhões ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) após vencerem o leilão para a construção da hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia, em dezembro de 2007. À época do leilão da usina Santo Antônio, no rio Madeira, Aécio estava no seu segundo mandato como governador de Minas Gerais e tinha sob seu comando uma das empresas que integravam o consórcio que ganhou a disputa, a Cemig. O tucano afirma que "é absolutamente falsa a pretensa acusação" - FSP, 19/3, Poder, p.A4 e A5. |
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Desde o fim de 2016, a empreiteira chinesa Sepco está com as operações praticamente paralisadas em parte do trecho das obras do linhão de Belo Monte, no Pará, em razão das chuvas torrenciais que todos os anos atingem a região Norte do País. A Sepco tem de entregar um traçado equivalente a 38% da malha que vai ligar a usina construída no Rio Xingu até o interior de Minas Gerais, uma rede de 2,1 mil km. Em razão das dificuldades de construção no solo encharcado da floresta, o volume de torres do primeiro lote da linha, de 260 km, teve alta de 64% em relação ao que se previa, obrigando a empresa a levar 7.298 toneladas a mais de aço para o meio da mata. "Consequentemente, o volume de concreto também aumentou. A supressão vegetal (desmatamento) da floresta amazônica praticamente duplicou em termos de escopo de trabalho, com relação ao orçamento original", declarou a Sepco - OESP, 19/3, Economia, p.B4. |
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Mineração
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Uma controvérsia sobre a exploração de minas de bauxita se agravou no último mês em Belisário, distrito de Muriaé (MG), na Zona da Mata mineira. O frade franciscano Gilberto Teixeira, administrador da paróquia local, procurou a polícia afirmando que foi ameaçado de morte por tentar impedir o início da mineração. A extração do minério enfrenta resistência de moradores, que temem o impacto ambiental na produção agrícola. A Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), empresa do grupo Votorantim, tem os direitos minerários, concedidos pelo DNPM. Uma manifestação contra a mineração em Belisário foi realizada no final de outubro e, em novembro, os ânimos se acirraram com a eleição da CBA para compor o conselho consultivo do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, UC que fica na região - O Globo, 19/3, País, p.9. |
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O governo prepara, por meio de medida provisória, um pacote para o setor de mineração. A proposta é transformar o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) em uma agência reguladora e fazer mudanças nas regras da contrapartida cobrada pela extração e venda de minério. A MP passa pelos últimos ajustes na Casa Civil, que espera um "ok" do presidente Michel Temer para anunciá-la. Senadores e deputados de Minas e do Pará pretendem se unir para pressionar o governo a editar uma segunda medida provisória, só sobre a questão dos royalties da mineração nos dois Estados. O primeiro encontro entre as bancadas está marcado para quarta (23) - FSP, 20/3, Painel, p.A4. |
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Geral
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Há uma divisão entre as populações ao longo do trajeto da transposição do rio São Francisco. Na ponta que começa a receber a água, o que se encontra são euforia e esperança. À medida que se desce no mapa em direção à bacia do São Francisco, a maior parte dos moradores relata apreensão ou oposição ao projeto. "A transposição está prejudicando o rio. A bomba está ligada o tempo todo puxando água, o nível é baixo e já está baixando mais", disse o pescador José Aílton da Silva. "Entendo a alegria deles [moradores beneficiados], porque viviam de caminhão-pipa, mas tem de ver o sofrimento que agora está causando aqui" - FSP, 19/3, Poder, p.A14 e A15. |
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O aquecimento anormal das águas do Pacífico na região costeira do Peru causou as maiores chuvas em décadas, paralisando boa parte do país, após deslizamentos de terra e enchentes de rios. Pessoas foram arrastadas, estradas bloqueadas e colheitas, perdidas. Pelo menos 72 pessoas morreram e mais de cem mil estão desabrigadas, depois que a estação das chuvas chegou com uma intensidade dez vezes maior que o normal, segundo autoridades. Cerca de metade das cidades peruanas declararam estado de emergência, sobretudo no Norte, onde os índices pluviométricos quebraram recordes históricos em vários estados - O Globo, 20/3, Mundo, p.23. |
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