Após dois anos do seu lançamento planos de ação são aplicados em prefeituras signatárias
Por Katherine Rivas, da Envolverde –
Com 8 bilhões de reais não faturados equivalente a 80% dos investimentos em água em 2013, segundo o Trata Brasil, representantes da sociedade civil e preocupados com o Meio Ambiente vem unindo esforços para gerar soluções a crise hídrica. É o caso do Movimento Menos perda Mais Água, iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global das Nações Unidas e as empresas Braskem e Sanasa. O norte principal é o ODS 6 “Garantir a disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos”
Adriana Leles, líder do Movimento Menos Perda, Mais Água e assessora da presidência da Sanasa explica que o movimento surgiu em 2015 e hoje já conta com 50 organizações nele. Este está estruturado em quatro pilares: Políticas Públicas, para influenciar o debate político e empresarial da pauta; Narrativa, resgatando os aprendizados para experiências futuras e sensibilização; Indicadores, diagnosticando as práticas de mensuração atual e Soluções, gerando produtos, serviços, capacitação e treinamento.
O Movimento procura o engajamento de municípios com uma agenda de desenvolvimento contra perdas, fortalecendo o conhecimento da população e capacitando os gestores. Desta forma estabeleceu cinco etapas de ação que iniciaram no seu lançamento em 2015 e vão até 2030 contribuindo com um novo cenário brasileiro.
Há dois anos as organizações lançaram o Movimento e formalizaram as estratégias, já em 2016 foi elaborada uma cartilha de boas práticas onde alguns candidatos a prefeitos assinaram uma carta de compromisso com as questões hídricas caso forem eleitos. O ano 2017, com 5000 prefeitos assumindo em território nacional, é o marco do Programa de Cidades Piloto onde será colocado em pratica um plano de ação para reverter as perdas de água. Desta forma o objetivo é realizar em 2018 o oitavo Fórum Mundial da Água onde prefeitos e empresas vão ter reconhecimento por contribuir com avanços na luta contra perdas.
Até 2030 o cenário deve mudar abruptamente, aumentando a eficiência na gestão hídrica e reduzindo o número de pessoas que sofrem com a escassez de água no Brasil “O Brasil é um país muito curioso pois apresenta desigualdade de região, umas tem desenvolvimento significativo e outras pouco eficiente, por esse motivo o nordeste apresente níveis de perda elevado, alinhados também ao momento de gestão” explica Adriana Leles. Para a líder trabalhar na questão hídrica é essencial para a sobrevivência alcançando condições boas de saneamento que geram impactos na saúde, desenvolvimento social e econômico assim como direitos humanos.
Entre as cidades que já assinaram o compromisso estão São Paulo, Campinas, Piracicaba, Piracaia, Caraguatuba, Atibaia, Maceió, Porto Alegre e Bragança Paulista. Leles explica que o ano 2015 foi de engajamento, porém ainda há uma longa caminhada para chegar a todos os gestores do país. “Consideramos que este é um compromisso extremamente sério, temos sim poucas cidades engajadas os prefeitos sabem quanto isso é complexo, mas não adianta ter 300 prefeitos assinando e logo ver que não foi cumprido. Queremos estar junto as cidades isso é mais estratégico para nos” comenta
Segundo o Movimento a gestão de água de cada município é decisão da Prefeitura mesmo com a participação de empresas em consequência também a boa gestão dos recursos hídricos, distribuição de água e tratamento de esgoto. Neste sentido cada município signatário terá a liberdade de escolher o plano que se adapte à sua região. A cartilha apresentou os cases das prefeituras de Limeira, Maringa, Campinas e Campo Grande oferecendo um panorama geral do cenário brasileiro. Para conhecer mais do plano acesse o link http://migre.me/wfCmB. (#Envolverde)
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