Por Katherine Rivas, da Envolverde –
Brasil ocupa o quarto lugar entre os países com imóveis de baixo impacto ambiental.
No ano 2016 o setor da construção aderiu a diversas iniciativas para oferecer imóveis sustentáveis. Este tipo de construções está se tornando tendência e já conta com ferramentas de certificação para medir o impacto ambiental, entre estas o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).
Atualmente o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de 163 países que contam com construções de baixo impacto ambiental. No sistema LEED, o Brasil tem 1126 projetos registrados e 371 certificados. As construções que mais aplicam a estratégia são Centros Comerciais e com baixo índice e Postos de Gasolina.
Para obter a certificação LEED é preciso reunir os seguintes fatores: qualidade do ar interno e ventilação, conforto térmico, Iluminação, qualidade acústica, espaços e ergonomia, áreas verdes, texturas e revestimentos, transporte e facilidades.
Felipe Faria, diretor executivo do Green Building Council Brasil, afirma que o movimento de construção sustentável no Brasil se diferencia do contexto internacional por ser um projeto de colaboração entre a iniciativa privada, poder público, academia e sociedade civil organizada. “A colaboração é o principal atributo para o sucesso dos movimentos de transformação em sustentabilidade e com tendências, tecnologias e identificação de oportunidades aceleraremos a mudança almejada”, explica
Luiz Henrique Ferreira, diretor da Inovatech, reforça a afirmação de Faria e destaca que o principal desafio está em demostrar que a sustentabilidade é uma tendência a longo prazo e que importa muito na hora de adquirir um imóvel. “As certificações contribuem para separar o joio do trigo, traduzindo um assunto complexo em algo que possa ser absorvido pela sociedade”, comenta.
Os especialistas também reconheceram as iniciativas do setor público no apoio das construções sustentáveis tais como incentivo fiscal, financeiro e administrativo. Entre as estratégias já realizadas estão: 2014 FIFA World Cup, 2016 Olympic Games, o IPTU Verde, a Norma 002/2014 e o Decreto Presidencial 7746/2012.
Na cidade de São Paulo uma das construções sob estes padrões é a AgÊncia Citi Bank do bairro Bela Vista. A estrutura do prédio permite a redução no consumo de agua em 30%, redução de energia (20%), uso de madeira certificada e 63% de energia renovável certificada.
Entre as iniciativas privadas está a Casa Ecoeficiente da Basf, primeira construção sustentável realizada no Brasil e que promove debates sobre tecnologia e tendências no setor no encontro conhecido como TECH DAY. O próximo encontro acontecerá no mês de novembro.
Casinha sustentável
Com 32 m²a BASF idealizou um imóvel sustentável e de rápida construção para famílias carentes. A casa Econômica foi criada para responder às problemáticas de moradia urbana no Brasil e com o objetivo de reduzir o custo das obras garantindo também economia de recursos.
A construção conta com um sistema isotérmico que substitui os materiais comuns como tijolos e telhas por painéis. A estrutura, cobertura e fechamento de uma casa econômica pode ser montada em três dias.
As peças garantem baixa geração de resíduos e para sua edificação não é utilizada agua reforçando assim seu caráter sustentável.
A temperatura da “casinha” chega a ter 7oC a menos que qualquer outro imóvel tradicional, estudos comprovam que o sistema construtivo pode gerar redução do consumo de ar condicionado em até 50%.
As paredes da construção utilizam o sistema Elastopir, espuma de poli-isocianurato que reduz até 90% a transferência de calor em ambientes. É 20 vezes mais isolante que tijolos e 80 vezes mais que concreto.
A construção está pronta para ser aplicada em projetos nacionais e está aberta à visitação na zona Sul de São Paulo. O ingresso é gratuito e as inscrições devem ser feitas pelo e-mail: casae@basf.com. (#Envolverde)
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