Representantes do Movimento Xingu Vivo e do Movimento Gota D’Água se reuniram nesta terça-feira, no Palácio do Planalto, com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Edson Lobão (Minas e Energia) e Izabella Teixeira (Meio Ambiente).
Eles protestam contra as obras da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA).
No encontro, o ministro Gilberto Carvalho disse que não há possibilidade de as obras serem paralisadas, mas falou que o diálogo entre o governo e a sociedade civil será ampliado para tentar minimizar os danos à população e à região. Reportagem de Yvna Sousa, do Valor Online, no UOL Notícias.
Uma nova reunião ficou marcada para fevereiro e desta vez, terá a participação de técnicos dos dois lados. O ator Sérgio Marone, do movimento Gota D’Água, disse que na ocasião serão apresentadas “alternativas do que poderia ser feito com os mesmos recursos da obra”.
Entre as medidas que podem contribuir para o aperfeiçoamento da geração de energia no país, Marone citou “o investimento na manutenção e recuperação das linhas de transmissão”, além da utilização de fontes de energia alternativas.
Paula Fernandes, do Movimento Xingu Vivo, minimizou a resposta dada pela presidente Dilma Rousseff a uma estudante que protestou contra as obras durante a cerimônia do Prêmio Jovem Cientista, no início deste mês, no Palácio do Planalto. Na ocasião, Ana Gabriela, de 19 anos, vencedora da categoria estudante do ensino médio, pediu a Dilma a paralisação da construção da usina e recebeu da presidente uma resposta monossilábica: “Ah, tá”.
“Belo Monte é a maior e mais polêmica obra do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. Acho difícil uma presidente responder, de prontidão, algo que vá além de um ?ah, tá’”, declarou.
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FONTE : EcoDebate, 21/12/2011
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