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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Mas afinal me diga porque prevalece a produção que envenena e mata?


Carnaval 2016 | Integrantes da Agapan desfilam na escola de samba Unidos da Vila Isabel

Artigo do presidente da Agapan, Leonardo Melgarejo.

A escola de samba Unidos da Vila Isabel trouxe para o carnaval gaúcho deste ano, com coragem e alegria, temas delicados como a agricultura familiar, a produção de alimentos saudáveis, a reforma agrária e a agroecologia.



Mostrou com a humildade e o despojamento honestos de uma escola enraizada no povo, em um desfile alegre e comprometido, que estas questões são atuais e merecem atenção geral.
A Unidos da Vila Isabel homenageou um homem do povo, um homem que saiu das barracas de lona preta e se tornou referência na Câmara Federal. Adão Pretto, uma voz forte e clara na defesa de pessoas modestas e despojadas, sempre revelando a indignação de quem vê, mas não entende por que “insiste em prevalecer a produção que envenena e mata, se existe neste lugar quem faça com o coração, caleja as mãos e alimenta a alma” – conforme cantava o samba-enredo da escola.
A Agapan se orgulha e agradece pela oportunidade de cantar com a Vila Isabel a música mais linda das passarelas deste ano. Participar deste ato político, incorporado à maior festa popular brasileira marca a história de nossa entidade e reforça nosso compromisso com o lema: “A vida sempre em primeiro lugar”.
Como mostra a crise ambiental que acaba de derrubar milhares de árvores em nossa cidade, como revelam as denúncias do coletivo A Cidade que Queremos, as facilidades asseguradas a interesses privados e a invisibilidade oferecida às denúncias feitas simplicidade e alegria pela Vila dificultam, mas não impedirão que os gaúchos se ergam pelo apoio à agricultura familiar, “gente humilde que sempre quis igualdade e fartura à todos, energia do povo, agricultura do país”.

Agradecemos ao presidente Cléber e a todos e todas da Vila Isabel pela honrosa oportunidade de estar com eles e assim reforçar nossa consciência de que cabe a todos: “cultivar, cuidar, amar, colher a esperança do amanhecer”.

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