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quinta-feira, 2 de julho de 2015




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Agrotóxicos, Água, Amazônia, Biodiversidade, Energia, Mudanças Climáticas, Povos Indígenas, Resíduos Sólidos, Responsabilidade Corporativa, Saneamento, Transgênicos
Ano 15
02/07/2015

 

Direto do ISA

 
  Vereadores pedem explicações ao prefeito sobre projeto de lei que passa para a prefeitura a responsabilidade da conclusão do saneamento em Altamira (PA). Leia também artigo sobre o tema que saiu na coletânea "Vozes do Xingu", incluída no dossiê lançado pelo ISA nesta semana Direto do ISA, 1/7.
  
 

Energia

 
  Ainda durante sua construção, em 1986, a usina hidrelétrica de Balbina já era considerada um grande desastre ambiental. Um estudo publicado ontem na revista "PLOS One" corrobora a opinião dos cientistas. De acordo com pesquisadores da Universidade de East Anglia (Reino Unido), o alagamento de uma área de 3.129 km², que resultou na criação de 3.546 ilhas, isolou espécies, prejudicou a migração e reprodução de peixes, aumentou os índices de extinção de animais, fragilizou as florestas e aumentou a emissão de gases de efeito estufa. A equipe realizou levantamentos de biodiversidade em 37 ilhas do reservatório hidrelétrico, além de três áreas de floresta vizinhas à usina, localizada a 100 quilômetros de Manaus O Globo, 2/7, Sociedade, p.27.
  Com 70% de seu potencial energético já aproveitado e 44 usinas hidrelétricas em operação, a Bacia do Rio Paraguai corre risco de ver alterado seu fluxo de águas, responsável pela existência da maior área alagável de água doce do mundo e um de seus mais belos santuários, o Pantanal. Sua capacidade de servir a uso múltiplos, como a pesca, e até o turismo, dependem de planejamento, estudos e bom-senso ao avaliar o projeto de instalação de outras 110 pequenas hidrelétricas na Bacia. Se todos os rios receberem barragens para alcançar a taxa de 100% de exploração da capacidade energética, o Pantanal acaba - afirma a bióloga Débora Calheiros, da Embrapa Pantanal e da Universidade Federal do Mato Grosso O Globo, 2/7, Sociedade, p.27.
  
 

Mudanças Climáticas

 
  "A declaração assinada por EUA e Brasil em 30 de junho, durante o encontro de Dilma Rousseff com Barack Obama, tem significado mais limitado do que os respectivos governos propagandeiam. Na declaração conjunta, o Brasil, diferentemente dos EUA, não apresentou metas para suas emissões futuras. A visita de Dilma aos EUA sinaliza boas potencialidades de aprofundamento da relação bilateral, com a qual temos muito a ganhar em várias dimensões. Infelizmente, no entanto, é pouco relevante em termos de sua contribuição para a descarbonização da economia mundial", artigo de Eduardo Viola FSP, 2/7, Mundo, p.A8.
  "O anúncio de Dilma feito nos Estados Unidos sobre seus planos no combate às mudanças climáticas é fraco e decepcionante. No encontro com Barack Obama, a presidente deu algumas das diretrizes que devem ser entregues à ONU até outubro deste ano. Dilma viajou mais de 7 mil quilômetros para dizer que, no caso das florestas, seu grande plano é 'tentar' cumprir a lei. Não se trata, portanto, nem de meta, nem de novidade, mas de simples dever. Portanto, de acordo com o anúncio, nada muda nesta área, e o desmatamento segue. Ainda que haja tanta mobilização em torno do tema, nada parece suficiente para sensibilizar Dilma. Ou, como diria um sábio amigo, não há barulho que faça acordar quem finge estar dormindo", artigo de Marcio Astrini O Globo, 2/7, Opinião, p.19.
  
 

Geral

 
  Contrariando a lei, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a liberação de um agrotóxico mais nocivo à saúde do que outros já existentes no mercado com o mesmo princípio ativo e para o mesmo fim. Para que um defensivo agrícola possa ser comercializado, é necessário aprovação do Ibama (órgão ambiental), da Anvisa (saúde) e do Ministério da Agricultura, que avalia a eficácia agronômica e, por fim, emite o registro. Os testes da Anvisa nessa etapa analisam a toxicidade aguda, que afeta principalmente o agricultor que manuseia e aplica o agrotóxico, além das comunidades no entorno das plantações. A Anvisa afirmou, em nota, que revisou o processo de avaliação do herbicida MegaBR e detectou que ele foi erroneamente classificado como altamente tóxico FSP, 2/7, Ciência, p.B7.
  Trinta homens da Força Nacional de Segurança foram enviados a uma área de litígio em Coronel Sapucaia (MS) uma semana após o desaparecimento de duas crianças da etnia guarani kaiowá. Os índios foram expulsos do local por pecuaristas. A suspeita dos indígenas é que as crianças tenham sido sequestradas. Os produtores rurais negam envolvimento com o sumiço dos garotos. Segundo Awákuaray Guarani Kaiowá, uma das lideranças da etnia, 70 indígenas foram expulsos no dia 22. Os indígenas dizem que, mesmo com a chegada da Força Nacional na sexta (24), continuam a ser ameaçados e atacados por jagunços. A área em disputa abrange 18 mil hectares. O local, que concentra quatro fazendas, não foi demarcado. Os guarani-caiová reivindicam a posse da área -FSP, 2/7, Poder, p.A7.
 
O Senado aprovou ontem um projeto que prorroga até julho de 2018 o prazo para que capitais de Estados acabem com seus lixões. A proposta vai para a Câmara dos Deputados. O prazo previsto na Lei 12.305 de 2010 determinava que os lixões seriam todos fechados no País até o dia 3 de agosto de 2014. Contudo, o prazo encerrou-se e uma subcomissão temporária do Senado propôs a extensão OESP, 2/7, Metrópole, p.A17.
 
Quase 95% de 230 líderes empresariais ouvidos pela FNQ (Fundação Nacional da Qualidade) afirmaram que as companhias brasileiras não incentivam ou investem na sustentabilidade de forma coletiva. Para 42% dos entrevistados, as organizações precisam alocar recursos em inovação para atender necessidades e não apenas o lucro. Outra parcela de 53% avalia que a transparência é a maior aliada da sustentabilidade FSP, 2/7, Mercado Aberto, p.A14.
  "Aprovada na Câmara em mais uma votação que dividiu PT e PMDB, a proposta de alteração da Lei da Biossegurança mina a transparência da informação sobre produtos modificados geneticamente, ao trocar o símbolo 'T' dos rótulos dos alimentos por 'contém transgênico', em letra, tamanho e local indefinidos, exigível apenas para os produtos em que a substância supere 1% da composição. O autor do texto, deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS), alegou que o consumidor não conhece o significado do símbolo 'T'. Se mais sinceros ou menos preocupados com a opinião pública, os demais deputados que apoiaram a proposta não demonstraram qualquer apreço à transparência ou aos consumidores", artigo de Izabela Corrêa Valor Econômico, 2/7, Opinião, p.A12.
  
 
Imagens Socioambientais

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