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quinta-feira, 9 de julho de 2015

COMÉRCIO DE MARFIM : Filhote de elefante é morto por caçadores aos 5 meses de vida

09 de julho de 2015 

(da Redação da ANDA)
Foto: The David Sheldrick Wildlife Trust
Foto: The David Sheldrick Wildlife Trust
Ele tinha apenas cinco meses de idade, era um filhote de elefante tão jovem que ainda estava aprendendo a usar sua tromba e fortalecendo seus vínculos com a mãe e o resto do rebanho. Em um mundo ideal, teria seis ou sete décadas de vida pela frente, repletas de eventos sociais, aprendizado e aventuras. Tragicamente, a vida desse bebê foi roubada da maneira mais brutal, segundo reportagem do site The Dodo.
Depois de ser atacado com lanças, o frágil elefante morreu no dia 2 de julho. Seu único crime foi nascer num mundo em que os elefantes são mortos pelo seu marfim.
Uma unidade móvel de emergências veterinárias, dirigida pelo Serviço de Vida Selvagem do Quênia, recebeu o informe de que havia um elefante machucado e foi depressa até o local. O veterinário Dr. Poghon ficou chocado com a brutalidade do ataque desferido contra o animal, apesar de sua vasta experiência tratando animais selvagens feridos por seres humanos.
O veterinário queria muito salvar o filhote e acionou o alarme para resgate de elefantes enquanto tratava as feridas expostas que cobriam o corpo do animal. Um time de resgate foi organizado na capital Nairóbi e, em menos de uma hora, estava a caminho do local. Tendo resgatado 180 elefantinhos em situações similares, a equipe esperava poder fazer o mesmo pelo filhote em questão, mas não foi o caso: o animal morreu antes que a equipe aterrissasse.
Foto: The David Sheldrick Wildlife Trust
Foto: The David Sheldrick Wildlife Trust
No continente africano, um elefante é assassinado a cada 15 minutos para extração de marfim. A demanda por esse produto está dizimando os elefantes selvagens do mundo.
Governos e políticos no mundo inteiro precisam banir as vendas domésticas de marfim, e investir recursos para acabar com a caça de elefantes, combatendo as redes de criminosos que vêm lucrando com a dizimação da espécie.
A entidade David Sheldrick Wildlife Trust, que possui diversas equipes de ativistas atuantes no Quênia, relata os horrores perpetrados por seres humanos contra elefantes e outras espécies. Os animais normalmente são agredidos por pessoas em busca de ganhos financeiros com o tráfico de animais selvagens, ou em retaliação à avaria de rebanhos ou plantações, nas áreas em que o contato entre humanos e vida selvagem é mais intenso.
Segundo esses voluntários, algumas das cenas que presenciam são desoladoras demais para serem descritas. As pessoas evitam saber do verdadeiro impacto e das consequências causadas pelo estilo de vida que levam.
A carnificina de elefantes é uma realidade. Está acontecendo nesse exato momento, e, sem um esforço coletivo de preservação, presenciaremos a extinção dessa espécie num futuro próximo.

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