01 de julho de 2015
Por Augusta Scheer (da Redação da ANDA)
Um navio contendo aproximadamente 50 mil ovelhas e 3 mil bovinos partiu da Nova Zelândia e aportou no México no dia 26 de junho, depois de 16 dias de viagem em alto-mar. É a maior remessa de animais vivos já exportada da Nova Zelândia. As informações são do Their Turn.
Defensores de animais expressaram grande preocupação com o bem-estar dos bichos. Dada a longa duração da viagem, que teve início no dia 11 de junho, os animais estão sujeitos a fome e desnutrição, elevadas temperaturas, doenças respiratórias, cegueira devido à água do mar, além do estresse causado por 16 dias de intenso confinamento. O desembarque dos animais (alguns dos quais estão prenhes) deve durar vários dias.
Uma vez em terra, os animais serão colocados em caminhões e/ou trens e transportados por mais 10 a 15 horas, de acordo com ativistas. Nesse processo, estarão expostos a temperaturas que variam entre 32 e 49°C.
De acordo com a organização Animals Australia, que conduziu uma série de investigações, milhões de animais já morreram durante essas jornadas.
A empresa Livestock and Agricultural Products New Zealand, que exportou os animais, insiste que os 53 mil espécimes estão sendo tratados “humanamente”, ressaltando que o navio estava preparado com um veterinário e três tratadores experientes. Um porta-voz da empresa afirmou que o esterco bovino é limpado por marinheiros a cada três dias. As ovelhas, por outro lado, vivem em meio aos próprios excrementos durante toda a viagem.
O governo afirma que os animais enviados ao México serão usados para procriação. Em 2007, quando o último carregamento de animais vivos chegou ao país, vários bichos foram mortos assim que o navio aportou. Na ocasião, o governo mexicano teria dado as mesmas garantias, razão pela qual os ativistas permanecem céticos.
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