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terça-feira, 18 de outubro de 2022

Entre 2000 e 2020 a vegetação natural diminuiu 513 mil km²

De 2000 a 2020, a Vegetação campestre do país teve redução 10,6% (192,5 mil km²) enquanto a Vegetação florestal diminuiu 7,9% (320,7 mil). Somados, esses dois tipos de cobertura perderam 513,1 mil km² entre 2000 e 2020, o equivalente a 6,0% do território do país. No mesmo período (2000/2020), a área da Silvicultura no país cresceu 71,4% (36 mil km²), a Área agrícola cresceu 50,1% (229,9 mil km²) e a de Pastagem com manejo, 27,9% (247 mil km²). As mudanças mais intensas foram nas bordas da Amazônia, no MATOPIBA, no sul do Rio Grande do Sul e na área que vai do Oeste Paulista ao leste de Mato Grosso do Sul e Goiás. As Áreas agrícolas tem destaque especialmente nos estados do Mato Grosso (18,1%), São Paulo (14,9%), Rio Grande do Sul (14,3%) e Paraná (10,5%) com os maiores percentuais de terras nessa classe, em relação ao total Brasil. Os estoques de Áreas agrícolas tiveram expansão no Maranhão (2,8 p.p.), Tocantins (4,4 p.p.), Piauí (3,8 p.p.) e Bahia (2,7 p.p), no período de 2000 a 2020. O Pará foi a Unidade da Federação com a maior expansão de Pastagem com manejo: 87,8 mil km²; e com maior redução de vegetação natural, 123,2 mil km² De 2018 a 2020, 70 mil km² do país sofreu alguma mudança de cobertura e uso da terra, correspondendo a 0,7% do território nacional, ou uma área equivalente à de Alagoas e do Rio de Janeiro. Neste período (2018/2020), as principais conversões foram de Pastagem com manejo para Área agrícola (14,9 mil km²), de Mosaico de ocupações em área florestal para Pastagem com manejo (12,3 mil km²) e de Vegetação florestal para Mosaico de ocupações em área florestal (11,8 mil km²). O IBGE divulgou as Contas Econômicas Ambientais da Terra: Contabilidade Física, pesquisa inédita que demonstra as mudanças dos estoques do recurso no país de 2000 a 2020. A publicação parte dos resultados do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra, realizados e divulgados neste período. Entre os principais resultados está a redução das áreas de vegetação natural no país. A Vegetação campestre retraiu 10,6% (192,5 mil km) enquanto a Vegetação florestal viu reduzir seu território em 7,9% (320,7 mil km²). Somadas, ambas reduziram 513,1 mil km² entre 2000 e 2020. distribuição de vegertação florestal no Brasil Entre as expansões, destaque para a Silvicultura, o processo de mudança com maior crescimento percentual nesses 20 anos, com 71,4% de expansão (36 mil km²). Logo após vem a Área agrícola, que apresentou crescimento de 50,1% (229,9 mil km²). Ainda entre as expansões, a Pastagem com manejo cresceu 27,9% no período, um incremento de 247 mil km². distribuição da área agrícola no Brasil Em que pese as mudanças neste período, a Vegetação florestal segue sendo a maior classe em extensão de cobertura da terra no país, embora sua participação tenha reduzido de 46,2% para 42,5% da área total. Já a área de Vegetação campestre reduziu de 20,8% para 18,6%. As duas maiores classes seguintes cresceram: Pastagem com manejo foi de 10,1% para 12,9% e a área agrícola saiu de 5,2% em 2000 para 7,9% em 2020. distribuição de pastagem com manejo no Brasil Já no que diz respeito a participação nas conversões entre estoques de terra, destaque para a Vegetação florestal (40,4% do total) e para Vegetação campestre (24,3%), o que permite dizer que a vegetação natural representou 64,7% do total das conversões em 20 anos. Nesse período, aproximadamente 98,4 mil km² (18,2%) de vegetação natural foi convertida em Área agrícola. Logo em seguida aparece Mosaico de ocupações em área florestal, com 19,2% do total. Considerando essa classe, 41,6 mil km² (20,5%) de terra foi convertido em Área agrícola. Ainda em relação às conversões de terra no período (2000/2020), 72,5 mil km² de Vegetação campestre e 85,3 mil km² de Pastagem com manejo foram convertidos em Área agrícola. O montante, 157,7 mil km² de terras, corresponde a 65,6% do total de terra convertida em Área agrícola. Adicionalmente à dinâmica agropecuária, 149,3 mil km² de Vegetação florestal foi convertida em Pastagem com manejo no período, o que representa 43,8% do total das conversões so-bre a Vegetação florestal. “A pesquisa mostra uma tendência de conversão de uso: destacando-se a expansão de áreas agrícolas sobre a vegetações campestres e pastagem com manejo, além de um crescimento da pastagem com manejo sobre as vegetações florestais”, desenvolve a gerente da pesquisa, Ivone Lopes Batista. As análises da publicação apresentam a dinâmica de mudanças, com destaque importante nas bordas da Amazônia, no MATOPIBA, no sul do Rio Grande do Sul e no trecho que engloba o Oeste Paulista e o leste do Mato Grosso do Sul e de Goiás. “Essas conversões são desiguais no território. Em algumas áreas, avançam bastante e, em outras, são contidas por áreas especiais, como Unidades de Conservação e Terras Indígenas “, explica Ivone. Pará teve maior expansão de pastagem com manejo e maior redução de vegetação nativa Entre as Unidades da Federação, a maior expansão das áreas de Pastagem com manejo foi no Pará: mais 87,8 mil km² em 20 anos. Em seguida vem o Mato Grosso (45,9 mil km²) e Rondônia (35,9 mil km²). Os três estados, na mesma ordem, tiveram as maiores reduções de vegetação natural, 123,3 mil, 97,8 mil e 40,8 mil km², respectivamente. estados com maiores reduções de vegetação florestal No Pará, houve retração de vegetação natural de 123,2 mil km², enquanto no Mato Grosso a redução foi de 97,8 mil e em Rondônia, 40,9 mil. “Nota-se uma expansão das Pastagens com manejo se estendendo da Região Centro-Oeste para a Região Norte”, explica Ivone. Já nas áreas agrícolas, as maiores expansões foram em Mato Grosso (56 mil km²), São Paulo (23,8 mil) e Goiás (21,3 mil). A Silvicultura avançou, principalmente, sobre as áreas de Vegetação campestre, Mosaico de ocupações em área florestal e Pastagem com manejo. As maiores expansões foram em Mato Grosso do Sul (7,8 mil km²), Minas Gerais (6,6 mil km²) e Rio Grande do Sul (4,8 mil km²). Entre 2018 e 2020, uso da terra foi alterado em área equivalente à de Alagoas e do Rio de Janeiro Também foi divulgada hoje a atualização do “Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra do Brasil”, que abrange as mudanças territoriais do país entre 2018 e 2020. Neste período, 70 mil km² da área nacional sofreram alguma mudança, correspondendo a 0,7% do território nacional, ou uma área equivalente à dos estados de Alagoas e Rio de Janeiro, somados. A principal alteração foi o avanço das atividades agropecuárias sobre a vegetação natural. Neste período (2018/2020), as principais conversões foram da Pastagem com manejo para a Área agrícola (14,9 mil km²), do Mosaico de ocupações em área florestal para Pastagem com manejo (12,3 mil km²) e de Vegetação florestal para Mosaico de ocupações em área florestal (11,8 mil km²), o que representa uma fragmentação da paisagem. Algumas regiões do país se destacaram: o centro-norte de Mato Grosso; o leste sentido nordeste do Pará; as divisas de Rondônia, Acre e Amazonas; a região da savana de Roraima; o MATOPIBA; o Oeste Paulista, o recorte que abarca o leste do Mato Grosso do Sul, Goiás e Triângulo Mineiro; além do sul do Rio Grande do Sul. estados com maiores expansões de áreas agrícolas Em dois anos, as maiores expansões de Pastagem com manejo foram registradas no Pará (4,5 mil km²), Rondônia (2,6 mil km²) e Amazonas (1,2 mil km²). Já as Áreas agrícolas ganharam mais espaço no Mato Grosso (5,5 mil km²), Mato Grosso do Sul (3,3 mil km²) e Goiás (1,7 mil km²). A Silvicultura expandiu mais nos estados do Mato Grosso do Sul (329 km²), Maranhão (230 km²) e Bahia (138 km²). O levantamento também captou as reduções nas Vegetações florestal e campestre, de 2018 a 2020. Na primeira, destaque para Pará (4,7 mil km²), Mato Grosso (2,4 mil km²) e Rondônia (2,1 mil km²). Na segunda, Tocantins (1,8 mil km²), Mato Grosso (1,4 mil km²) e Rio Grande do Sul (1,1 mil km²) lideraram. Interpretação visual de imagens de satélite e campanhas de campo O Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra tem como objetivo espacializar e quantificar a cobertura e uso da terra do Brasil, em períodos regulares, a partir do mapeamento sistemático. A metodologia envolve interpretação visual de imagens de satélite, campanhas de campo e consulta a informações complementares. Os dados são divulgados em Grade Estatística, que cobre o território brasileiro com células de 1km². Como subprodutos, são disponibilizados os mapas, gráficos e tabelas com estatísticas que compõe as Contas Físicas e a Matriz de Mudanças ocorridas nos períodos analisados. IBGE atualiza base de dados das “Contas de Ecossistemas: o Uso da Terra nos Biomas Brasileiros” O IBGE também disponibiliza hoje a atualização da base de dados das Contas de Ecossistemas: o uso da terra nos biomas brasileiros em mais uma etapa do projeto de incluir os indicadores ambientais do país nas Contas Nacionais. O estudo, realizado a partir de uma síntese dos dados do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra”, apresenta uma análise da extensão das áreas naturais e antropizadas nos biomas, considerando as conversões de uso da terra no período 2018-2020. Está sendo disponibilizada, ainda, toda a série história ajustada. Consultas interativas aos dados e subprodutos podem ser realizadas através do Banco de Dados e Informações Ambientais e da Plataforma Geográfica Interativa. Fonte: IBGE in EcoDebate, ISSN 2446-9394

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