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Povos Indígenas
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Com lançamentos em São Paulo e Brasília, série histórica do ISA chega a sua 12ª edição com depoimentos especiais de mulheres indígenas e retrospectiva fotográfica da Mobilização Nacional Indígena - Direto do ISA, 17/4. |
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O ISA lança nesta segunda, com debate, o livro "Povos Indígenas no Brasil 2011-2016". Às 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional - FSP, 17/4, Coluna de Mônica Bergamo, p.C2. |
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"Nesta segunda-feira (17), brasileiros serão confrontados com uma radiografia diante da qual têm preferido virar a cara: o volume 'Povos Indígenas no Brasil 2011/2016'. É a 12ª edição do livro apelidado de 'Pibão'. Compilada pelos antropólogos do Instituto Socioambiental (ISA), a obra reúne informações sobre as 252 etnias que restam no país. O volume radiografa a situação dos índios no país em 160 artigos e boxes inéditos, 745 notícias colhidas em 156 fontes, 243 fotos e 27 mapas. Já existem 480 terras indígenas no Brasil reconhecidas pelo Estado. Restam 224, porém, por demarcar e homologar, que acrescentariam ao usufruto de 252 povos mais 1,3% do Brasil. Contra isso se levantam nada menos que 189 iniciativas legislativas no Congresso, como registra o 'Pibão', a maioria contra os interesses dos índios", artigo de Marcelo Leite - FSP, 16/4, Poder, p.A11. |
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Acampados desde outubro do ano passado em um estacionamento ao lado do antigo Museu do Índio, no Rio, cerca de 15 índios, representantes de cinco etnias (Axaninca, Guajajara, Xukuru, Tembé e Puri), montaram no local sete ocas para marcar território. O grupo reivindica a recuperação do antigo museu e a criação de uma universidade indígena. O prédio deveria ter passado por reformas, sendo transformado no Centro de Referência da Cultura Indígena, conforme publicação no Diário Oficial de 2013. A decisão partiu do então governador, Sérgio Cabral, e do ex-prefeito Eduardo Paes. Enquanto não há qualquer solução do governo para a área, os índios acampados organizam encontros. Para este mês, o grupo planeja o "Abril Indígena", com atividades culturais e roda de conversa com pesquisadores da história indígena no Brasil. - O Globo, 17/4, Rio, p.10. |
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Mata Atlântica
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Uma ação de fiscalização nas principais áreas de desmatamento de mata atlântica no Paraná, realizada no fim de março, descobriu que desmatadores da região chegaram a enterrar árvores derrubadas para esconder o crime. A prática foi encontrada em duas fazendas na região central do Estado, onde estão os principais remanescentes da mata de araucárias, parte integrante da mata atlântica e ameaçada de extinção. O Paraná tem sido campeão no desmatamento da mata atlântica nos últimos 30 anos, segundo levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica e do Inpe. No ano passado, registrou aumento no ritmo de desmatamento. A maioria das áreas desmatadas deu lugar a lavouras de soja e milho - FSP, 15/4, Ciência, p.B5. |
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Em 2020, se tudo der certo, a indústria de cosméticos do Brasil terá à sua disposição uma matéria-prima de origem incomum: aromas produzidos por leveduras (micro-organismos semelhantes aos que fermentam bebidas) geneticamente modificadas, que carregam o DNA de orquídeas e outras plantas da mata atlântica e crescem "comendo" rejeitos agrícolas. Em síntese, esse é o plano da startup Bio Bureau, criada por pesquisadores da UFRJ. Graças a uma parceria com a Votorantim, a equipe da empresa de biotecnologia está analisando o material genético de mais de 50 espécies vegetais de uma floresta do Vale do Ribeira (SP) - FSP, 17/4, Ciência, p.B4. |
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Energia
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O ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, é acusado de ter recebido R$ 5,5 milhões em propina pela Odebrecht, com o propósito de rever o resultado do leilão da usina, para que a empreiteira de Marcelo Odebrecht assumisse o empreendimento. Lobão teria cobrado uma contrapartida após reunião com os executivos da empreiteira. "Ele sinalizava que iria nos ajudar. E que precisava de nossa ajuda, de propina", declarou o delator Henrique Serrano do Prado Valadares, ex-executivo da Odebrecht na área de energia. O caso se deu em 2008. A Odebrecht liderava um consórcio que disputava a usina e ameaçava ir à Justiça para questionar a proposta do consórcio vencedor do leilão, Energia Sustentável do Brasil, liderado pela empresa Suez - OESP, 14/4, Política, p.A10. |
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O executivo Henrique Valadares, um dos delatores da Odebrecht, relatou à Operação Lava Jato que a empreiteira fez pagamentos, via caixa 2, até a índios. Lideranças indígenas da etnia karitiana receberam depósitos em conta-corrente, disse Valadares. Ao Ministério Público Federal, Valadares relatou ainda pagamentos a representantes da CUT junto ao Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada em Porto Velho. A propina total no projeto da Usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, paga pela Odebrecht e a Andrade Gutierrez, chegou a R$ 80 milhões. Apesar de ser um empreendimento encampado pelo governo do PT, a maior parte dos pagamentos foi feita a políticos do PMDB, PSDB e PP, segundo os delatores da Odebrecht - OESP, 15/4, Política, p.A8. |
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Biodiversidade
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O engenheiro florestal alemão Peter Wohlleben é autor de "A vida secreta das árvores", que entrou na lista dos mais vendidos do "New York Times". Na obra, Wohlleben defende que as árvores se comunicam, mantêm relacionamentos e cuidam de doentes. "Árvores da mesma espécie apoiam-se através de uma rede, construída por conexões de raízes. Há uma constante troca de nutrientes que fortalece os membros mais fracos", diz em entrevista - O Globo, 16/4, Sociedade, p.38. |
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Não existem muitas plantas carnívoras; estima-se que só 0,2% das plantas que dão flores sejam comedoras de insetos. Elas estão disseminadas em quase todos os continentes, e usam métodos variados para capturar suas presas. Mas uma pesquisa com o material genético de quatro espécies representativas revelou uma surpresa: elas usam praticamente o mesmo arsenal bioquímico para digerir suas vítimas. Apesar da distância -biológica e geográfica-, quatro plantas carnívoras adaptaram os genes associados a respostas ao estresse em outras plantas para produzir as proteínas do suco digestivo que consome suas presas - FSP, 17/4, Ciência, p.B4. |
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Na avaliação de Robert T. Fraley, criador dos transgênicos, melhoramento, produtividade, redução de custos, controle de ervas daninhas e insetos, ligar ou desligar genes de plantas e até a associação de gigantes, como a da Bayer com a Monsanto, serão os passos da próxima década. "A ciência caminha para a união de várias ferramentas, como dados climáticos, melhoramento nas sementes, edição gênica ou sensores e satélites que indicam como e quando plantar, além de monitorar a safra", diz em entrevista - FSP, 15/4, Mercado, p.A20. |
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Geral
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A Odebrecht pagou R$ 5,1 milhões em suborno e caixa 2 a quatro políticos nordestinos para destravar as obras do Canal do Sertão Alagoano, trecho da Transposição do Rio São Francisco. Conforme depoimentos de seis delatores, os valores foram repassados ao ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela Filho (R$ 2,8 milhões), do PSDB; ao senador e ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (R$ 1,05 milhão), do PSB; e ao senador Renan Calheiros (R$ 500 mil), do PMDB - OESP, 15/4, Política, p.A7. |
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"Propõe-se aqui uma nova unidade orçamentária para o Brasil: R$ 8 bilhões = 1 odebrecht. É o valor que a mega-empreiteira deixou de recolher aos cofres públicos graças a três medidas provisórias sugeridas ao ministro petista Guido Mantega. Com menos de 2 odebrechts seria possível recompor todas as florestas que precisam ser recuperadas no Estado de Minas Gerais, calcula estudo da UFMG. O cálculo abarca estimativas de todos os gastos privados e públicos para alcançar esse objetivo em 20 anos. Inclui ainda o custo de oportunidade dos proprietários, ou seja, o que perderiam no preço das terras se fossem revertidas de pastagens para matas. O trabalho saiu quarta-feira (12) no periódico 'Environmental Research Letters'. O objetivo do grupo foi começar a pôr números nas obrigações assumidas pelo país com recuperação florestal", artigo de Marcelo Leite - FSP, 16/4, Ciência, p.B6. |
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"Há poucos dias o Senado aprovou a Medida Provisória 756, que põe em situação vulnerável mais de 660 mil hectares de unidades de conservação na Floresta Nacional do Jamanxim, já alvo de especulação imobiliária e grilagem. Outra área prejudicada é a Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo, também no Pará: ali as reservas já ocupadas poderão ser regularizadas. São apenas uns poucos casos, embora muito relevantes num país que deveria dar prioridade à preservação de seus biomas e de seu futuro. Mas basta olhar para o Cerrado, berço de grande parte das águas brasileiras, para ver que ali já se devastaram mais de 50% do bioma, que chegou a concentrar 5% de todas as espécies do planeta. São urgentes e precisam ser muito rigorosas novas políticas para o território brasileiro", artigo de Washington Novaes - OESP, 14/4, Espaço Aberto, p.A2. |
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"Dados da ANA mostram que, no ano de 2015, os pagamentos recebidos pelos comitês de bacias no Estado de São Paulo somaram apenas R$ 78 milhões. Desse montante, a Sabesp desembolsou R$ 43 milhões para nove comitês, valor que se manteve em 2016. Dessa forma, o valor destinado às ações de conservação, recuperação e manutenção dos mananciais utilizados pela Sabesp no ano passado representou 0,3% da receita líquida de R$ 14,1 bilhões obtida pela empresa na venda de água deles retirada. Ou seja, a água que sai das torneiras vale ouro. Aquela que brota nas minas e nascentes, não vale nada. Não é preciso ser especialista para constatar que a Política Nacional de Recursos Hídricos não está sendo cumprida na renovação da outorga do Sistema Cantareira", artigo de João Paulo Capobianco e Guilherme Checco - Valor Econômico, 17/4, Opinião, p.A20. |
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