Em comunicado divulgado esta semana, a BP anunciou a decisão de não prosseguir com o programa de exploração na Grande Baía Australiana (GAB), no mar ao Sul da Austrália.
“Essa decisão mostra que é muito caro estabelecer a infraestrutura necessária para gerir o risco e fazer a limpeza da área de forma a proteger devidamente nossas comunidades contra os enormes riscos de derramamento associados com a perfuração em alto mar”, destacou Lyndon Schneiders, diretor nacional da ONG australiana Wilderness Society. "Se a BP, com toda a sua experiência, não pode produzir um plano de perfuração aceitável, as outras empresas de petróleo que exploram a Baía estão desperdiçando o dinheiro dos seus acionistas", alertou.
Para Andrew Grant, analista sênior de petróleo e gás da Carbon Tracker Initiative, "Esta decisão faz sentido tanto do ponto de vista econômico como do clima, do ponto de vista dos investidores. Mais companhias de petróleo e gás devem seguir o exemplo da BP e evitar desperdiçar recursos em projetos que são desnecessários à medida que o mundo faz a transição para abandonar os combustíveis fósseis. As empresas devem alinhar suas carteiras e planos de investimento à meta de manter o aumento da temperatura média do planeta em 2 graus centígrados, priorizando o retorno para os acionistas e adotando uma abordagem de valor ao invés de volume."
“As águas da Grande Baía Australiana são mais profundas, mais traiçoeiras e mais remotas do que as do Golfo do México, onde a BP foi responsável por um vazamento de 800 milhões de litros de óleo no Golfo durante 87 dias em 2010. As ondas na Baía no inverno são seis vezes maiores do que as ondas no Golfo do México em torno da hora do desastre da BP. Mesmo no verão as ondas da Baía são quatro vezes maiores”, explica Peter Owen, diretor da Wilderness Society South Austrália. "As águas cristalinas da Grande Baía Australiana são um paraíso para 36 espécies de baleias e golfinhos, incluindo berçário mais importante do mundo para a ameaçada baleia franca austral, bem como muitas baleias jubarte, azul e baleias bico. Também é mais importante viveiro de leões-marinhos da Austrália e abriga focas, orcas e alguns dos mais importantes da pesca da Austrália", explica Lyndon. Ele também questiona a necessidade de abertura de novos poços de petróleo: "Nós não deveríamos estar perfurando novos poços de petróleo e gás, já que aqueles que estão sendo explorados, junto com as explorações de carvão e gás, são suficientes para elevar a temperatura média global acima de 2 graus Célsius e muito mais que a marca de 1.5oC estabelecida no acordo climático de Paris que acaba de ser ratificado."
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Para mais informações, imagens e filmagens da baía australiana e Golfo do México visite http://bit.ly/23Cwu37
Para outras informações, entre em contato com a assessoria da Wilderness Society: Alex Tibbitts - 0416 420 168
“Essa decisão mostra que é muito caro estabelecer a infraestrutura necessária para gerir o risco e fazer a limpeza da área de forma a proteger devidamente nossas comunidades contra os enormes riscos de derramamento associados com a perfuração em alto mar”, destacou Lyndon Schneiders, diretor nacional da ONG australiana Wilderness Society. "Se a BP, com toda a sua experiência, não pode produzir um plano de perfuração aceitável, as outras empresas de petróleo que exploram a Baía estão desperdiçando o dinheiro dos seus acionistas", alertou.
Para Andrew Grant, analista sênior de petróleo e gás da Carbon Tracker Initiative, "Esta decisão faz sentido tanto do ponto de vista econômico como do clima, do ponto de vista dos investidores. Mais companhias de petróleo e gás devem seguir o exemplo da BP e evitar desperdiçar recursos em projetos que são desnecessários à medida que o mundo faz a transição para abandonar os combustíveis fósseis. As empresas devem alinhar suas carteiras e planos de investimento à meta de manter o aumento da temperatura média do planeta em 2 graus centígrados, priorizando o retorno para os acionistas e adotando uma abordagem de valor ao invés de volume."
“As águas da Grande Baía Australiana são mais profundas, mais traiçoeiras e mais remotas do que as do Golfo do México, onde a BP foi responsável por um vazamento de 800 milhões de litros de óleo no Golfo durante 87 dias em 2010. As ondas na Baía no inverno são seis vezes maiores do que as ondas no Golfo do México em torno da hora do desastre da BP. Mesmo no verão as ondas da Baía são quatro vezes maiores”, explica Peter Owen, diretor da Wilderness Society South Austrália. "As águas cristalinas da Grande Baía Australiana são um paraíso para 36 espécies de baleias e golfinhos, incluindo berçário mais importante do mundo para a ameaçada baleia franca austral, bem como muitas baleias jubarte, azul e baleias bico. Também é mais importante viveiro de leões-marinhos da Austrália e abriga focas, orcas e alguns dos mais importantes da pesca da Austrália", explica Lyndon. Ele também questiona a necessidade de abertura de novos poços de petróleo: "Nós não deveríamos estar perfurando novos poços de petróleo e gás, já que aqueles que estão sendo explorados, junto com as explorações de carvão e gás, são suficientes para elevar a temperatura média global acima de 2 graus Célsius e muito mais que a marca de 1.5oC estabelecida no acordo climático de Paris que acaba de ser ratificado."
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Para outras informações, entre em contato com a assessoria da Wilderness Society: Alex Tibbitts - 0416 420 168
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