Para Raquel Rolnik, é inadmissível que a cidade de São Paulo, centro econômico do Brasil, tenha de conviver com um sistema anacrônico de distribuição de energia, apesar dos lucros auferidos pelas empresas que dela fazem uso
Por Rádio USP
Chega a época chuvosa e o cenário se repete em São Paulo: árvores caídas sobre a fiação elétrica, escurecendo a cidade, como ocorreu na quinta-feira de 20 de outubro. A pergunta que não quer calar é a seguinte: por que não enterrar os fios elétricos, como já acontece em algumas regiões do município, como na Avenida Paulista, por exemplo ?
Novamente, os interesses econômicos se sobrepõem aos dos cidadãos, uma vez que a Eletropaulo aluga os postes para concessionárias que também usam fiação (telefonia, redes de banda larga e de TV digital etc.) e que pagam a ela por isso. Uma outra questão é a de que, quando a Eletropaulo foi privatizada, não foi incluído em contrato o compromisso para que a empresa enterrasse a fiação elétrica, razão pela qual se sente desobrigada a isso. Quem sofre é o cidadão, condenado a ficar às escuras por dias seguidos.
in EcoDebate, 28/10/2016
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