Ganho de eficiência se deve em função do resfriamento da temperatura dos equipamentos instalados no espelho d’água
Estudos feitos em usinas solares flutuantes da Europa e Ásia, locais onde o nível de irradiação é bem menor do que no território brasileiro, mostram que a tecnologia de geração solar no espelho d’água gera aproximadamente 14% a mais de eletricidade do que a geração solar em terra ou no telhado.
De acordo com os estudos realizados pela fabricante francesa Ciel & Terre International, detentora do Hidrélio®, tecnologia aplicada de estruturas plásticas flutuantes e utilizada em mais 40 usinas no mundo, o aumento de geração de energia se deve em função do resfriamento da temperatura dos painéis fotovoltaicos instalados no espelho d’água.
“Os painéis fotovoltaicos funcionam a partir da irradiação solar, mas a incidência de calor em um terreno ou em um telhado pode comprometer a eficiência energética. Quando instalado em um reservatório ou em um curso d’água, o sistema tem um ganho significativo de geração de energia”, afirma Orestes Gonçalves, diretor da Ciel & Terre Brasil.
“Outra vantagem de gerar energia solar na água é possibilitar um uso mais nobre da terra, seja para a agricultura ou outras atividades primordiais do ser humano”, acrescenta Gonçalves. O diretor da Ciel & Terre Brasil informa que a tecnologia aplicada de estruturas plásticas flutuantes será produzida ainda este ano no Brasil.
A própria Cesp, de forma inovadora, fez estudos na usina solar flutuante instalada no reservatório de Porto Primavera e os resultados de eficiências dos painéis ficou acima dos 14% verificados na Europa e na Ásia.
Colaboração de Thiago Nassa, in EcoDebate, 19/10/2016
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