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domingo, 9 de fevereiro de 2020

1230 cientistas e ativistas pedem, em carta publicada na revista Nature, ação global para restaurar a política ambiental no Brasil

Por Mônica Nunes – 
O manifesto destaca que os ecossistemas brasileiros são fundamentais para a humanidade e que o enfraquecimento de nossa governança ambiental coloca o futuro de todos em risco. Portanto, não diz respeito apenas ao governo Bolsonaro
Uma das principais publicações cientificas do mundo, a Nature Ecology & Evolution, publicou ontem, 3/2, uma carta-manifesto assinada por 1.230 cientistas e ativistas que clamam por uma ação global com o intuito de ajudar a restaurar a política ambiental no Brasil devido as ameaças sistemáticas do governo Bolsonaro ao meio ambiente e aos povos tradicionais. Eis o link: Help restore Brazil’s governance of globally important ecosystem services.
Os signatários querem que o governo brasileiro seja pressionado a cessar sua “agenda destrutiva”, revertendo esse processo antes que seja tarde demais. “A administração do presidente Jair Bolsonaro está desmantelando as políticas socioambientais do país, comprometendo a governança de serviços ecossistêmicos de importância global”.
Para eles, a saúde ambiental do país é imprescindível para toda a humanidade, portanto, não diz respeito apenas ao governo. “O Brasil tem uma grande responsabilidade, pois seus ecossistemas são fundamentais para toda a humanidade. Recentemente, a governança ambiental brasileira tem sido enfraquecida, colocando nosso futuro em risco”.
O artigo ainda destaca que “as consequências globais do novo sistema de governança degradado no Brasil implicam que todas as partes interessadas compartilham um interesse comum: tornar os ecossistemas brasileiros resilientes” e ressalta a importância de apoiar as empresas e os governos que estão comprometidos com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pela ONU. Seja por meio do uso estratégico de incentivos ou, no caso de governos estaduais e municipais, do estímulo à produção da agricultura sustentável, que respeita a biodiversidade e, assim, atrai mais investimentos externos.
Com a colaboração de integrantes dos povos tradicionais – com destaque para os indígenas -, os cientistas e ativistas propõem três eixos de ação para tornar possível a restauração da governança ambiental em nosso país:
1) desenvolver agroindústria sustentável;
2) proteger e restaurar ecossistemas;
3) fortalecer os direitos dos povos indígenas e tradicionais. 
Esses foram os tópicos identificados, de forma bastante resumida, para integrar a mensagem de divulgação de seu manifesto em redes sociais.
Foto: ©Fábio Nascimento/Greenpeace
Jornalista com experiência em revistas e internet, escreveu sobre moda, luxo, saúde, educação financeira e sustentabilidade. Trabalhou durante 14 anos na Editora Abril. Foi editora na revista Claudia, no site feminino Paralela, e colaborou com Você S.A. e Capricho. Por oito anos, dirigiu o premiado site Planeta Sustentável, da mesma editora, considerado pela United Nations Foundation como o maior portal no tema. Integrou a Rede de Mulheres Líderes em Sustentabilidade e, em 2015, participou da conferência TEDxSãoPaulo.
#Envolverde

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