Golfinhos fluviais estão diminuindo acentuadamente na bacia amazônica
Populações de golfinhos de água doce na bacia amazônica estão em declínio, caindo pela metade a cada década nas taxas atuais, de acordo com um estudo publicado em 2 de maio de 2018 na revista PLOS ONE, de Vera da Silva, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Amazônia, Manaus, Amazonas, Brasil e colegas.
A bacia amazônica abriga duas espécies de botos – o boto ( Inia geoffrensis ) e o tucuxi ( Sotalia fluviatilis ) – que já foram considerados abundantes em alguns lugares. No entanto, o desenvolvimento da caça de golfinhos para fornecer iscas de peixe por volta do início deste milênio e um status de conservação da Lista Vermelha com Deficiência de Dados da IUCN sugerem que são necessárias mais informações sobre os números e tendências atuais da população.
Para avaliar o status desses golfinhos de água doce, da Silva e colegas analisaram dados de 22 anos de pesquisas na Reserva Mamirauá, Brasil. Os golfinhos foram pesquisados por barco mensalmente de 1994 a 2017.
A análise revelou que as populações de golfinhos botânicos boto e tucuxi estão caindo rapidamente. Nas taxas atuais, as populações de boto estão diminuindo a cada 10 anos, e as populações de tucuxi estão diminuindo pela metade a cada nove anos. Estas taxas de declínio são algumas das mais severas das conhecidas pelos cetáceos desde os primeiros anos da caça à baleia moderna.
Os pesquisadores concluíram que, se os critérios da Lista Vermelha da IUCN fossem aplicados com base neste trabalho, ambas as espécies seriam classificadas como Criticamente Ameaçadas. Os golfinhos-do-rio são legalmente protegidos na bacia amazônica e, dados esses achados, os pesquisadores pedem uma maior aplicação dessas leis.
Referência:
F. da Silva VM, Freitas CEC, Dias RL, Martin AR (2018) Both cetaceans in the Brazilian Amazon show sustained, profound population declines over two decades. PLoS ONE 13(5): e0191304. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0191304
*Tradução e edição de Henrique Cortez, EcoDebate.
Da PLOS ONE in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 03/05/2018
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