Alexandre Soares, da ONU News em Nova Iorque.
No fim do ano passado, a China decidiu parar de importar plástico para reciclar de outros países, deixando várias nações ocidentais à procura de soluções. A notícia foi celebrada num artigo de opinião da agência ONU Meio Ambiente, que foi assinado por Verena Balke.
Segundo ela, em nível global apenas 14% de todo o plástico é reciclado. As máquinas atuais não são capazes de separar o plástico, por isso muito deste material era comprimido e enviado para a China, onde era tratado manualmente.
Importações
Em 2016, o país asiático importou 8 milhões de toneladas de plástico.
Esta prática teve efeitos desastrosas na saúde das pessoas na China. E segundo o artigo, a nação asiática decidiu, em dezembro, terminar com estas importações. Países como os Estados Unidos e o Reino Unido têm agora de encontrar uma solução. Nestas primeiras semanas, algumas nações têm optado por enterrar o lixo ou queimá-lo, mas a agência da ONU acredita que devem ser usadas outras praticas.
Verena Balke diz que “a decisão da China não deve significar que o problema do desperdício de plástico é transferido para outros países ou enterrado em lixeiras.”
Mas este momento deve ser usado como um ponto de mudança para desenvolver práticas sustentáveis e aumentar as taxas de reciclagem em países que exportam lixo.
Políticas
Balke diz que os governos devem “usar a oportunidade para cortar o desperdício de plástico onde ele começa” e desenvolver um conjunto de políticas que ajudem a transformar as economias em motores de sustentabilidade.
A especialista diz que a investigação na área ainda é limitada, mas que a ONU Meio Ambiente e a Parceria Para a Ação pela Economia Verde, Page, lideram esta área, fornecendo dados concretos e conselhos sobre novas iniciativas.
Em 22 de fevereiro, a Page organiza um evento sobre este tema, lançando três novos documentos sobre políticas industriais ambientais.
Segundo o Worldwatch Institute, os cidadãos dos países da América do Norte e da Europa produzem, em média, 100 quilos de plástico por ano.
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 09/02/2018
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