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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

ANAIS DO ENCONTRO DE DIÁLOGOS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Laguna dos Patos, Rio Grande/RS. Foto: Antonio Soler/CEA.
Laguna dos Patos, Rio Grande/RS. Foto: Antonio Soler/CEA.
Já se encontra disponível, aqui no Blog do CEA, os ANAIS_VII_EDEA – Encontro de Diálogos em Educação Ambiental (https://www.facebook.com/groups/492941664195082/?fref=ts), evento que ocorreu em novembro de 2015, em Rio Grande/RS, foi promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental – PPGEA, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG, teve como temática Os desafios da Educação Ambiental: quem faz, como, para quê e para quem?
Integrantes de ONGs, de universidades, pesquisadores e colaboradores do PPGEA participaram da organização e da realização desse importante e já tradicional espaço de debates sobre a Educação Ambiental no Brasil.
Nessa edição, além de da participação brasileira, o EDEA contou com a colaboração de outros países da América Latina (Uruguai, Colômbia, Venezuela, Nicarágua e México). Segundo os organizadores o EDEA esta “constituindo-se como um espaço de reflexões e debates em torno da temática ambiental que, com a sua multiplicidade de enfoques, ultrapassa a dimensão local, regional e nacional para encontrar interlocutores por toda a América Latina.”
A título de exemplo citamos: William Manuel Mora Penagos, da Colombia, que tratou da Educación Ambiental y La Formación De Educadores Ambientales: Algunos Desafíos Actuales; Edgar González Gaudiano, do México, que refletiu sobre o tema dos Desafíos De La Educación Ambiental: Quién, Cómo, Para Qué Y Para Quién?; Sirio Lopez Velasco, da FURG, que falou sobre Os Desafios Da Educação Ambiental. Quem Faz, Como E Para Que? Um Olhar Ecomunitarista; e Nila Pellegrini, da Venezuela, abordando a Formación De Educadores Ambientales: Perspectivas Y Desafíos.
O CEA também participou do evento, dentre outras formas, aportando suas experiências e perspectivas na reflexão e na prática da Educação Ambiental, enfocando questões de gênero, licenciamento ambiental e desenvolvimentismo, com Eugênia Dias, Antonio C. P. Soler, Cintia P. Barenho e Maicon Bravo.
Os presentes ao EDEA também elaboraram a CARTA VII EDEA. A seguir um trecho, cuja íntegra pode ser lida no documento ora disponibilizado.
“Nossos olhos falam das injustiças ambientais, da opressão, da negligência para com os saberes, do fatalismo expresso na palavra e, portanto, na ação, e da falsa generosidade do opressor. Denunciamos a criminalização dos movimentos sociais, das comunidades populares e das mulheres e homens que são alijados diariamente das condições à vida, assim como a denúncia também se faz nas dores que não se transformam em crimes – oficiais – e, consequentemente, em punições e mudanças. Entre tantas, Mariana, cidade mineira, no hoje materializa-se e desvela a radicalidade da ganância do capital e dos humanos que o retroalimentam. Além desta, o vazamento de óleo na Baía de Guanabara no ano 2000 provocou uma catástrofe no ecossistema local, afetando as vidas humanas e não humanas da região. Também o advento da PEC 215 e a transferência no poder de demarcação das terras indígenas para as mãos do legislativo federal. A dificuldade imposta aos educadores da educação básica que buscam espaços de formação continuada para qualificação da sua prática pedagógica. Os retrocessos intensamente vivenciados no Brasil e no mundo: a tentativa da definição de família incorporada à constituição brasileira; o avanço da privatização da educação pública; as quebras de impedimentos legais aos licenciamentos de grandes empreendimentos econômicos; os muros que se erguem em diferentes nações com o fim de segregar as vidas violentadas por diferentes conflitos; as reinvenções das estratégias de terrorismo; a permanente impulsão do consumo que mantém a superprodução, as drásticas consequências ambientais, as fomes e as angústias.”

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