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Reprodução revista Opiniões |
Coautor: José Maria Guzman Ferraz, professor de Agroecologia da Unicamp
A influência dos mercados e a pressão dos interesses econômicos açodam competições e vêm determinando rápida sucessão de itens oferecidos à sociedade, tanto bens de consumo intermediário como final. Implicando decréscimo no tempo de vida útil de tecnologias e mercadorias, esse fato pressiona os investidores a exigir rápida realização do capital aplicado em seus negócios. Na prática, resulta que a visão de curto prazo se torna dominante, com implicações óbvias.
O mais grave parece se relacionar ao fato de que muitas tecnologias e produtos são lançados no mercado antes que se obtenha conhecimento consolidado sobre possíveis efeitos colaterais, negativos, de médio e longo prazo. Em campos científicos recentemente abertos, como o da engenharia genética, a questão se torna alarmante porque a tecnologia derivada, geradora de seres vivos, tende a se descolar da ciência básica e, atuando como tecnociência, perde a sustentação que deveria fundamentar a segurança dos processos e seus produtos.
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