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Energia
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A hidrelétrica de Belo Monte recebeu R$ 3,7 bilhões de financiamento a juros subsidiados do BNDES para a compra de máquinas e equipamentos. Deste total, R$ 1,6 bilhão (43,2%) será pago pelos contribuintes. A Norte Energia, concessionária que constrói a usina, terá quase 30 anos para pagar esse financiamento. Além do dinheiro para a Norte Energia, o consórcio de empreiteiras contratado para erguer a usina também teve crédito do programa. Foram R$ 361 milhões subsidiados para a empresa comprar os equipamentos da obra. De acordo com cálculo de Jorge Augustowski, da Anefac, esses empréstimos para a Norte Energia vão custar ao país R$ 1,6 bilhão, sendo R$ 1 bilhão somente nos próximos quatro anos - FSP, 3/1, Mercado, p.A13. |
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Ministério de Minas e Energia (MME) diz que vai fazer o leilão da Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós no segundo semestre de 2016. Em entrevista, o ministro do MME, Eduardo Braga, disse que a estatal Eletrobrás está se preparando financeiramente para entrar no leilão da usina, que tem custo estimado em pelo menos R$ 30 bilhões. “Nós estamos trabalhando para que São Luiz do Tapajós tenha sua licença ambiental prévia liberada no primeiro semestre do ano. A ideia é ter um leilão no segundo semestre”, disse Braga. São Luiz chegou a entrar nos planos de leilões ainda no ano passado, mas o governo acabou recuando da ideia, por causa da complexidade ambiental do projeto e de seu impacto em terras indígenas - OESP, 25/12, Economia, p.B1. |
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Ataques derrubaram doze torres de uma das duas linhas de transmissão de energia do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, que vai das usinas de Santo Antônio e Jirau, em Porto Velho (RO), até Araraquara (SP) e deve começar a operar em fevereiro. Os ataques, concentrados em Rondônia, começaram em novembro de 2014 e se estenderam até o fim de 2015. Presume-se que envolveram ferramentas especiais, como cortadores de disco diamantado, para serrar parte da sustentação das estruturas. As últimas ocorrências foram em 2 de dezembro. Na ocasião, três torres foram derrubadas. Não há oficialmente informações que levem aos autores dos ataques, nem às suas motivações, nem se os casos têm conexão - OESP, 1/1, Economia, p.B3. |
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A última radiografia feita pela Aneel nas obras de linhas de transmissão de energia em andamento no Brasil é desanimadora: 62% dos 363 empreendimentos de expansão da rede básica monitorados se encontram atrasados. A principal razão para o estouro no prazo é a demora no licenciamento ambiental, mas há problemas também de projeto, na compra de materiais e de execução das obras. A transmissão virou um gargalo para o setor. Em Belo Monte, por exemplo, o atraso preocupa. Segundo fiscais, considerando o andamento atual, é "bastante provável que haja restrição de geração no período de novembro de 2016 a julho de 2017". A usina até poderia gerar energia, mas não teria como distribuí-la - FSP, 4/1, Painel, p.A4. |
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Biodiversidade
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Grandes animais têm papel fundamental em frear as mudanças climáticas, segundo um estudo liderado por pesquisadores da Unesp de Rio Claro. Ao circular entre as árvores, aves e mamíferos frugívoros (que comem frutos) de grande porte transportam as maiores sementes por toda a floresta e garantem espaço para árvores de madeira nobre, aquelas com maior capacidade de capturar gases estufa da atmosfera. Animais responsáveis por tal tarefa, no entanto, são os mais visados por caçadores. Se eles forem extintos, a distribuição das sementes caberá às pequenas espécies, que conseguem carregar apenas as sementes menores que dão origem a árvores de madeira "mole". Isso diminui o poder da floresta de armazenar carbono - O Globo, 30/12, Sociedade, p.26; FSP, 2/1, Ciência, p.B7. |
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Sumiço de onça expõe risco da Mata Atlântica
Por quatro meses, os pesquisadores acompanharam os passos de uma onça-pintada via satélite, vendo-a perambular por várias unidades de conservação do Vale do Ribeira e da Serra de Paranapiacaba, no sul do Estado de São Paulo. Até que ela desapareceu, misteriosamente, em 21 de outubro de 2014. Ainda não se sabe o que aconteceu, mas a suspeita é que ela tenha sido morta por palmiteiros. A caça e a extração ilegal de palmito são problemas crônicos na Mata Atlântica, até nas Unidades de Conservação do Estado - OESP, 29/12, Metrópole, p.A15. |
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Cinquenta e quatro elefantes morrem, em média, por dia na África, segundo o Pnuma, que elegeu Angola como a sede do próximo Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de junho, justamente por causa do pacote de ações do país para conservar e reconstruir a população desses animais. Hoje, estima-se que a população de elefantes seja algo entre 420 mil e 650 mil espécimes. Em 1980, eram 1,3 milhão. Uma das razões desse encolhimento está no mercado negro: um quilo de marfim vale cerca de US$ 3 mil. - O Globo, 30/12, Sociedade, p.26. |
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Clima
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O maior produtor mundial de soja, o município de Sorriso (MT), está com sérios problemas. Os produtores da região, que sempre tiveram o clima como um grande aliado, são vítimas de uma intensa seca, o que vem comprometendo a produtividade. Sorriso tem 620 mil hectares plantados com soja, e pelo menos 20% dessa área tem lavouras em estágio ruim. Nesses 20%, a produção deverá ficar abaixo de 40 sacas por hectare - FSP, 30/12, Mercado, p.A16. |
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O mundo dos esportes já vive a realidade das intensas transformações na natureza provocadas pelas mudanças climáticas. Tanto as competições de inverno como as realizadas em alguns dos locais mais quentes do planeta estão sendo obrigadas a se adaptar aos novos tempos. Nos Alpes, berço da Olimpíada de Inverno, o impacto é cada vez maior a cada inverno. Em 100 anos a região perdeu metade de sua cobertura de gelo e neve. Desde 1980, essa queda se acelerou, com um quinto da redução da neve. Já há 19 mil canhões para produzir neve, e ainda assim cresce o número de competições canceladas, modificadas ou adiadas por falta de condições ideais - OESP, 3/1, Esportes, p.A16. |
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Mineração
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As águas do Rio Doce, depois do maior desastre ambiental da História do país, estarão sujeitas a novos picos de turbidez, quedas de oxigênio, aumentos na concentração de metais e prejuízos para os dependentes da bacia por períodos "indeterminados e imprevisíveis". Por essa razão, o abastecimento de água em 12 cidades de Minas Gerais e Espírito Santo dependerá de "novos mananciais, implantação de poços profundos e sistemas de adução". Essas 12 cidades concentram mais de 550 mil moradores. É o que sustenta um laudo da Agência Nacional de Águas, que foi utilizado para embasar ação civil pública da União que pede indenização de R$ 20 bilhões por conta do rompimento da barragem em Mariana (MG) - O Globo, 5/11, País, p.5. |
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A barragem da mineradora Samarco que ruiu em 5 de novembro, em Mariana (MG), causando ao menos 17 mortes, começou a apresentar problemas apenas quatro meses após o início de sua operação, em dezembro de 2008. Segundo o último relatório de inspeção, elaborado a pedido da Samarco em julho de 2015 pela empresa Vogbr, a estrutura tinha histórico de infiltrações e de entupimentos no sistema de drenagem. Essas vistorias precisam ser realizadas todo ano, pois a barragem era classificada como de alto potencial de dano ambiental. A Samarco é controlada pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton - FSP, 1/1, Cotidiano, p.B1. |
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Geral
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O líder comunitário Antônio Isídio Pereira da Silva, encontrado morto no Maranhão no dia 24/12, teve seu pedido de proteção recusado há um ano pela Secretaria de Direitos Humanos. Sua inclusão no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, mantido pelo governo federal, foi rejeitado sob a alegação de que as ameaças sofridas diziam respeito a uma "disputa familiar". Silva foi encontrado morto no povoado de Vergel, na cidade de Codó, no Maranhão - local de um intenso conflito por terras. Segundo ONGs, ele combatia a extração ilegal de madeiras na região e vinha sendo ameaçado havia meses - OESP, 30/12, Metrópole, p.A16. |
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Segundo o Atlas das línguas do mundo em perigo, editado pela Unesco, a língua umutina, dos indígenas umutina-balatiponé, encontra-se extinta desde anos 1950. Os umutina-balatiponé são um grupo indígena que se mantém ainda hoje, numa reserva em Barra do Bugres, em Mato Grosso. Como o Serviço de Proteção ao Índio enviou outras etnias à região, a língua majoritária passou a ser o português. Porém o jovem balatiponé Ariabo Kezo diz que a língua umutina não morreu, mas manteve-se viva no âmbito familiar, transmitida por alguns anciãos. Ariabo decidiu que era preciso resgatar e difundir o idioma umutina e sua cultura. Como parte desse processo, Ariabo está lançando a narrativa Boloriê: A Origem dos Alimentos - OESP, 28/12, Caderno 2, p.C5. |
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