Comunidades tradicionais estão em alerta devido a altura do rio Paraguai
“Eu
acho que vai ter uma grande cheia. A água vai chegar e não teremos
espaço”, alerta Elizete Soares, catadora de iscas e moradora da
comunidade tradicional de Porto da Manga, localizada no encontro do rio
Paraguai e a Estrada Parque Pantanal, 60 km a jusante da cidade de
Corumbá. Através da observação das lagoas e corixos, além de escutarem
os informativos divulgados pelo rádio, ela e o esposo chegaram a
conclusão que haverá uma grande inundação em 2016.
Daniel
de Moraes, morador do São Francisco, comunidade localizada a montante
de Corumbá - aproximadamente 3 horas de barco - , descreve que nos
últimos dez dias o rio Taquari subiu assustadoramente e próximo à sua
residência, o nível da água está próximo de atingir os índices máximos
observados anteriormente.
“A gente tá esperando uma enchente grande e acredito que será igual a
de 2014. O lado do Taquari está tudo cheio, eu fui pra lá e tem muita
água vindo”, destaca Daniel. Ele ainda revela que os ribeirinhos já
estão se preparando para saírem de suas casas e buscarem abrigo nas
regiões mais altas.
A
Ecoa tradicionalmente trabalha com as comunidades para identificar
antecipadamente possibilidades de eventos extremos como as chamadas
“cheias extraordinárias”, ou seja, aquelas que promovem danos aos
moradores e provocam sua saída das regiões onde vivem.
Para
tanto leva em consideração os conhecimento direto que tem de cada
região; dados científicos; informações distribuídas por agencias
governamentais e o conhecimento tradicional das populações ribeirinhas.
Em anos anteriores, a organização trabalhou com a Prefeitura de Corumbá
na assistência para famílias desalojadas.
Nos acompanhe também pelas redes sociais: |
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário