O foco é a recuperação da bacia hidrográfica do Rio Doce,
afetada pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), em
novembro de 2015.
Ação conjunta entre entidades federais e estaduais irá gerar
conhecimento para buscar soluções concretas às conseqüências de
desastres ambientais como o ocorrido no município de Mariana, em Minas
Gerais, no final do ano passado.
A iniciativa reúne o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e
Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes), a Agência Nacional de Águas (ANA), a Fundação de
Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e a Fundação de Amparo à
Pesquisa do Espírito Santo (Fapes) e prevê o lançamento de um edital no
valor de R$ 2 milhões.
Para isso, nesta quarta-feira, 27, foi assinado um acordo de
cooperação entre os órgãos, momento que o presidente do CNPq, Hernan
Chaimovich, avaliou como uma evidência da a capacidade das agências e da
comunidade cientifica de trabalharem juntos na busca de soluções para
problemas concretos. “Essa conjunção de esforços entre agências
federais, agências estaduais e problemas reais, demonstra que o Brasil é
capaz de enfrentar crise”, completou.
“O Brasil precisa, não só por esse caso (desastre em Mariana),
incorporar ciência, tecnologia e inovação como política de estado, tal
que, as políticas públicas sejam baseadas em evidências consensuais e
não em opiniões individuais”, finalizou Hernan.
O presidente da Capes, Carlos Afonso Nobre, falou sobre a importância
dos desastres naturais acontecidos nos últimos anos para a criação das
políticas públicas relacionados ao tema. “No Brasil, nesta área de
desastres naturais, nos estamos começando a construir alguns caminhos em
que o conhecimento cientifico consegue de fato orientar políticas
públicas”.
O edital
O edital, que deve ser lançado até o fim de fevereiro, prevê a
contratação de propostas de estudo de pesquisadores abrangendo as áreas
de solo, água, vegetação e fauna. Além, de estudos na área social como
as consequências do desastre para agricultura, abastecimento, economia
regional da bacia do rio e a população afetada.Também as áreas como
hidrologia, engenharia de barragem, química, química ambiental,
ecologia, biologia, oceanografia, mineralogia e meteorologia.
Entre outras ações, o edital irá oferecer bolsas de mestrado,
doutorado e pós-doutorado, abrangendo cientistas nacionais e
estrangeiros. A expectativa é que os estudos sejam feitos ao longo dos
próximos quatro anos.
Estavam presentes na assinatura do acordo o presidente do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), Hernan
Chaimovich, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (Capes), Carlos Afonso Nobre, o presidente em exercício
da Fundação de Amparo a pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Paulo Sérgio
Lacerda Beirão, o presidente da Fundação de Amparo a Pesquisa do
Espírito Santo (Fapes), José Antônio Bof Buffon, e o presidente da
Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo.
Fonte: CNPq
in EcoDebate, 29/01/2016
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