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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O grande desafio da Causa dos Animais, artigo de Vininha F. Carvalho

O grande desafio da causa dos animais é construir uma nova mentalidade
Proteger os animais é compreender suas necessidades
Os cães são muito mais inteligentes do que pensam os humanos. É o que afirmam cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Em uma reportagem da revista “New Scientist”, os pesquisadores afirmam que o melhor amigo do homem sabe contar e que tenta passar mensagens usando diferentes tipos de latidos.
Em geral, os cães latem alto quando são separados de seus donos. Já quando estranhos se aproximam ou a campainha toca, emitem latidos baixos e secos, explica a especialista em comportamento animal da universidade, Sophia Yin. Quando brincam, os sons são altos e espaçados.
Por isto, acredito que não existem raças “problemas” e sim humanos que cuidam de cães, de raças ou não, de forma inadequada. Numa sociedade cada vez mais urbana e distante da natureza, poucas pessoas conseguem compreender a “linguagem” do seu animal e, por isto, acabam abandonado-o a própria sorte.
O grande desafio da causa dos animais é construir uma nova mentalidade, conduzindo as ações para que haja um amadurecimento no relacionamento entre as pessoas e os animais. Para que isto se torne possível , se faz necessário diferenciar responsabilidade social de caridade.
A responsabilidade social enfoca a busca da solução do problema, agindo diretamente na causa. A caridade investe na consequência, dificultando que o problema seja resolvido, pois não estimula a união de esforços para descobrir a verdadeira causa do problema. O assistencialismo é imediatista. A responsabilidade social é um atitude que envolve determinação e persistência, que garante um futuro muito melhor.
A meu ver, o ideal não é apenas lutar para combater as crueldades. É preciso educar as pessoas para que não ocorra os maus tratos, tornando cada cidadão responsável pelo seu animal.
Precisamos dar futuro aos animais, e isto com certeza, não se faz através de esmolas, e sim, através da conscientização de seus direitos, incidindo no adestramento adequado, que propiciará um convívio harmonioso.
Precisamos despertar a criatividade, através de novas idéias, ecoar nos corações sensíveis, conseguindo instalar nas mentes o desejo de amar e respeitar os animais .Agindo assim, formaremos uma legião de educadores, capazes de promover a posse responsável e o controle de natalidade, onde a vontade de fazer o bem será o elo forte entre o cidadão e o cumprimento das leis.

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FONTE : Vininha F. Carvalho – ambientalista e presidente da Fundação Animal Livre ( www.animalivre.org.br)
EcoDebate, 27/01/2012

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