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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

The Lab lança instrumentos financeiros sustentáveis

A iniciativa The Lab lança uma nova classe de instrumentos financeiros sustentáveis 
Investidores e representantes de governos se reuniram às margens da Assembleia Geral da ONU e da Semana do Clima de Nova York para lançar uma nova classe de negócios e iniciativas que irão mobilizar financiamento para questões climáticas.
Fundado em 2014, o the Lab incuba instrumentos financeiros para a área climática todos os anos. Instrumentos de anos anteriores já mobilizaram U$ 822 milhões até hoje. Entre eles, está a iniciativa Climate Investor One, um fundo que oferece financiamento inicial para projetos de energia renovável em países em desenvolvimento, e recentemente alcançou U$ 412 milhões na sua primeira rodada de investimentos; e a Energy Savings Insurance, que securitiza os custos reduzidos de investimentos em eficiência energética, e está desenvolvendo pilotos em sete países da América Latina.
Em 2016 o Lab, sob os auspícios do Grupo de Trabalho EUA-Brasil sobre Mudança do Clima, lançou uma nova linha de trabalho focada no desenvolvimento de instrumentos financeiros que tenham o potencial de canalizar investimentos para ajudar o Brasil a alcançar suas Contribuições Nacionais Determinadas com as quais o país se comprometeu no Acordo de Paris. O governo brasileiro se comprometeu a reduzir 37% das emissões do país até 2025, principalmente através de mudanças no uso da terra e no setor energético; entretanto, como em muitas economias emergentes, o financiamento para se atingir tais metas é um grande desafio.
Ao longo do ano, o Brasil Lab desenvolveu três instrumentos financeiros que podem ter grande impacto em canalizar financiamento para setores que podem ajudar o Brasil a atingir suas metas climáticas. Cada um desses instrumentos foi desenvolvido e examinado cuidadosamente por um grupo de investidores e formuladores de políticas que incluem representantes da Caixa, Santander, BNDES, Bando Mundial, Climate Investment Funds, FEBRABAN, Global Environmental Facility, Ministério da Fazenda, Agencia de Comércio e Desenvolvimento dos EUA, entre outras.
Os instrumentos do ciclo 2017 do Brasil Lab são:
  • Climate Smart Cattle Ranching:, irá oferecer assistência técnica e financeira para pecuaristas adotarem práticas de pecuária sustentável. A ideia foi proposta pela Naturevest e The Nature Conservancy e consiste em uma companhia que pretende co-investir em 30propriedades rurais nos próximos dois anos, e em até 100 propriedades até 2022, de forma a cobrir até 300,000 hectares nos primeiros cinco anos, e mobilizando 200 milhões de dólares para práticas de pecuária sustentável na região de São Felix do Xingu, no Pará.
  • Distributed Generation for Cooperatives: instrumento que irá aumentar a oferta de geração distribuída de energia renovável através de parcerias com cooperativas agrícolas. Proposta pela Renobrax, esse fundo irá providenciar energia renovável entre 10% e 20% mais barata que outras opções existentes. O piloto será um projeto de 23MW no Rio Grande do Sul, que mobilizará cerca de U$ 50 milhões e envolverá a implementação principalmente de energia eólica em nove cooperativas.
  • Green FIDC: adapta um instrumento financeiro existente no Brasil para oferecer capital a longo prazo, com custo reduzido, para projetos de eficiência energética e energias renováveis. Proposta pela Albion Capital e Get2C, o instrumento está considerando dois pilotos iniciais – um projeto de eficiência energética para iluminação pública no Rio de Janeiro, e uma planta de energia solar fotovoltaica de 90MW no Ceará.
Mais informações em cada um dos instrumentos, incluindo breves vídeos, sumários e relatórios completos podem ser encontrados em: www.ClimateFinanceLab.org.
O Lab também lançou hoje a nova chamada para enviar ideias para o ciclo 2017-2018. Interessados podem visitar o site www.ClimateFinanceLab.org para obter mais informações e enviar propostas de ideias.
CITAÇÕES DE MEMBROS DO LAB SELECIONADOS:
Dra. Barbara Buchner, Diretora Executiva de Financiamento Climático, Climate Policy Initiative, Secretariado do Lab: “Apesar do financiamento privado ter crescido para energias renováveis e eficiência energética, recursos financeiros ainda são um desafio para projetos, tecnologias e mercados em um período inicial. A nova classe de instrumentos do Lab é extremamente promissora para responder a alguns dos problemas mais críticos das mudanças climáticas”
Embaixador J. Antonio Marcondes, Sub-Secretário Geral para o Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia, Ministério das Relações Exteriores do Brasil: "Financiamento é um ponto crítico para a implementação dos objetivos do Brasil em energias renováveis, eficiência energética, e uso sustentável da terra. Ao desenvolver iniciativas financeiramente viáveis e de rápida implementação, que podem rapidamente aumentar o financiamento disponível, os novos instrumentos do Brasil Lab serão ferramentas adicionais para a conquista de nossos objetivos climáticos e de desenvolvimento sustentável ".
O Lab identifica, desenvolve e lança instrumentos financeiros sustentáveis que podem canalizar bilhões para uma economia de baixo carbono. É composto de diversos programas regionais e setoriais: o Global Innovation Lab for Climate Finance, o Brasil Lab for Climate Finance, o India Innovation Lab for Green Finance, e o Fire Awards for Sustainable Finance. Os programas do Lab foram financiados pela Bloomberg Philanthropies, Fundação David and Lucile Packard, Ministério do Meio Ambiente da Alemanha, Nature Conservation, Ministério de Relações Exteriores dos Países Baixos, Building and Nuclear Safety (BMUB), Fundação Oak, Fundação Rockefeller, Fundação Shakti Sustainable Energy, Departamento de Energia e Mudança do Clima (DECC) do Reino Unido, e Departamento de Estado dos EUA. A Climate Policy Initiative serve como Secretariado do Lab.
CONTATO:
Elysha Davila 
Head of Communications, Climate Policy Initiative
+1 415 728 3613
elysha@cpisf.org

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