por Juliana Gonçalves, do Brasil de Fato –
“Agrotóxico mata”, o mote da Campanha Permanente contra Agrotóxicos e Pela Vida, é mais do que uma frase de impacto. Há diversas pesquisas nacionais e internacionais que abordam os malefícios para a saúde do consumo de produtos cultivados com agrotóxicos.
Segundo dado da Organização Mundial da Saúde (OMS), citado pelo pesquisador Leonardo Melgarejo, membro da Associação Brasileira de Agroecologia e coordenador da Campanha, apenas um de cada 50 casos de intoxicação por agrotóxico é notificado. Estima-se que cerca de 300 mil casos permaneçam ocultos. O assunto foi debatido nesta sexta-feira (5), durante a 2ª Feira Nacional da Reforma Agrária, na capital paulista, no seminário “Agrotóxicos e Transgênicos: impactos sobre o alimentação, saúde e meio ambiente”.
Os casos notificados geralmente são decorrentes da intoxicação aguda, que rapidamente se agrava e pode levar ao óbito. A região Nordeste, por exemplo, foi cenário de 41,8% das mortes desse tipo. Porém, Melgarejo alerta que esses casos não são maioria. “A maior parte dos problemas com agrotóxicos são a longo prazo, vão aparecer em uma semana, um ano, dez anos e esses números não estão sendo identificados ou monitorados”, afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário