Na primeira edição do Prêmio Agapan de Ecologia, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan) entregou o troféu Padre Balduíno Rambo aos familiares do geneticista e ambientalista Professor Flávio Lewgoy (1926 - 2015).
Entrevista concedida à historiadora Naida Menezes/Ufrgs. |
Leia mais aqui sobre o texto escrito pelo amigo amigo e também ex-presidente da Agapan Celso Maques sobre o homenageado.
A homenagem foi realizada na noite desta segunda-feira (25/09) no Colégio Anchieta, em Porto Alegre, durante a VII Mostra Científica Anchietana, que divulga até quarta-feira (27/09) 39 trabalhos científicos dos alunos. Durante a Mostra, a Agapan vende livros e canecas, arrecadando recursos para a instituição, cuja atuação, desde sua fundação, em abril de 1971, é 100% voluntária.
“O sonho deste prêmio se realiza”, destaca, emocionado, o presidente da Agapan, Francisco Milanez, ao agradecer à gestão anterior da entidade, que iniciou o Prêmio, e à artista plástica Zorávia Betiol, que idealizou o troféu. Ex-anchietano, Milanez falou do legado que o Professor Lewgoy deixou para a ciência e para a ecologia, “mantendo a curiosidade que o atualizou em diversos temas até o final de sua vida”, disse.
Representando a família Lewgoy, os filhos Bernardo, Henrique e Suzete receberam o troféu idealizado por Zorávia. Orgulhoso, Bernardo ressaltou que seu pai aliou ética e ciência, lutas e ideais, e que deixa o legado do protagonismo ambiental desde os anos 70, quando ingressou na Agapan, mantendo a luta contra o carvão, as termelétricas e os transgênicos e defendendo a redação e aprovação da primeira lei brasileira contra os agrotóxicos, uma referência ao país. “Ao final da vida, nosso pai acompanhava com preocupação os retrocessos ambientais e o aquecimento global, sendo um exemplo de luta, cidadania e de valorização do conhecimento”, disse Bernardo.
Autora da obra, Zorávia avalia que “às vezes o artista programa algumas características e aparecem outras depois”. Segundo ela, “este troféu está iluminado pelas cores verde e amarelo, o que dá para associar à pessoa iluminada científica e espiritualmente como foi o Padre Balduíno Rambo e também o homenageado Professor Lewgoy, por sua grandeza de caráter”. E finaliza dizendo que “o verde é esperança, é renovação, e nesse sentido permite várias associações”.
No início da solenidade, o irmão de Padre Balduíno Rambo, o professor Arthur Rambo, defendeu o permanente estudo da natureza, “extremamente importante para a vida, por ser onde estamos inseridos”, citando o Papa Francisco, com sua Encíclica sobre o Meio Ambiente, “na qual considera a natureza nossa casa, nossa querência, e seu irmão, Padre Rambo que, sentado à beira do precipício do canyon Fortaleza, nos Aparados da Serra, defendeu que a natureza não é só ciência, mas humanismo, considerando a natureza, como Albert Einstein considerou, mãe e pátria aqui na terra”.
Sem data definida, a próxima edição do Prêmio Agapan de Ecologia, troféu Padre Balduíno Rambo, homenageará personalidades, projetos, indivíduos ou instituições que expressam, nos conjuntos de suas ações, importantes contribuições ecológicas para a nossa sociedade.
Assessoria de Imprensa da Agapan
Jornalistas Adriane Bertoglio Rodrigues e Heverton Lacerda
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