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Direto do ISA
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A partir desta segunda (29/5), “Fogo na Floresta", filme em realidade virtual lançado pelo ISA e produzido pela Academia de Filmes, está disponível na Internet e também em aplicativos gratuitos, na Google Play Store e Apple Store. Baixe e viva essa experiência! - Direto do ISA, 29/5. |
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Povos Indígenas
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O primeiro e último índio na Câmara foi Mário Juruna, eleito deputado nos anos 1980, pelo PDT. Um quadro que o Partido Nacional Indígena (PNI) quer reverter, diz o índio kaingang Ary Paliano. Advogado formado pela Unochapecó (SC), ele preside a sigla em formação, que precisa de 487 mil assinaturas para ser aceita pelo Tribunal Superior Eleitoral. O lema: "Colocar os índios no Congresso pela porta da frente". O secretário-geral do partido, Francisco de Oliveira Lima Tabajara foi ao Acampamento Terra Livre, que juntou 4 mil indígenas na capital entre 24 e 28/4. No segundo dia, vários tentaram entrar no Congresso pela porta da frente -à força. Conseguiram furar o bloqueio policial até o espelho d'água em frente à entrada. Reagiram com arco e flecha às bombas de gás da polícia - FSP, 27/5, Poder, p.A15. |
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Os índios da aldeia Kamaiurá do Parque do Xingu programaram para o dia 5 de agosto a cerimônia fúnebre Quarup em homenagem ao médico Roberto Baruzzi, morto no ano passado. É esperada a presença de cerca de 1.500 índios de aldeias vizinhas. O ritual marca o fim de um ano de luto e é realizado ao longo de três dias. O Projeto Xingu de atenção à saúde dos índios começou em 1965 quando Orlando Villas Boas convidou um grupo de médicos da Escola Paulista de Medicina para avaliar as condições de saúde dos povos indígenas de lá. A primeira caravana médica foi coordenada pelo professor Baruzzi, que continuou a coordenar, de 1965 a 1996, o Projeto Xingu, permanecendo depois como consultor do projeto. De 1970 até 2005, a população indígena local passou de 1.220 índios para cerca de 5.000 e continua crescendo - FSP, 27/5, Ciência, p.B7. |
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Cogumelo yanomami dá novos sabor à culinária de Boa Vista
Há pratos exclusivos, muitos de origem indígena, que fazem a fama da culinária de Boa Vista, capital de Roraima. Além das receitas tradicionais, chefs locais e de fora têm descoberto o potencial gastronômico da cidade para fazer novas receitas utilizando cogumelos yanomami, pimentas de todos os tipos e cores, caxiri e tucupi. A grande vedete deste momento é o cogumelo yanomami, descoberto quase por acaso. Pesquisadores do Instituto Socioambiental costumavam levar cogumelos desidratados para preparar seus pratos. Foi quando descobriram que os índios também produziam, e comiam, cogumelos semelhantes àqueles. Foi o passo inicial. "O cogumelo yanomami tem tudo para ser a grande iguaria roraimense", diz o chef Beto Bellini, que busca trabalhar uma cozinha moderna com uma pegada local - FSP, 28/5, Caderno Especial, p.5. |
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Painéis solares substituem diesel e levam eletricidade a indígenas
Os indígenas da comunidade Darora já não dependem mais do óleo diesel para ter garantido o seu suprimento de energia elétrica. Localizada a cerca de 80 km ao norte de Boa Vista (RR), na porção sul da Terra Indígena São Marcos, a comunidade foi escolhida para ser o projeto- piloto de um programa que vai levar energia limpa e sustentável a várias áreas remotas da região. Os quatro enormes painéis foram instalados em meados do ano passado e começaram a funcionar parcialmente em setembro. Em março deste ano, começaram a operar com força total. Com eles, o posto de saúde, as duas escolas (uma estadual e uma municipal) e várias casas têm energia 24 horas por dia. Antes, a eletricidade vinha de um gerador, que funcionava apenas algumas horas por dia e consumia 1.500 litros de diesel por mês - FSP, 28/5, Caderno Especial, p.4. |
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Violência no Campo
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Todos os dez mortos na operação policial na fazenda Santa Lúcia, no município de Pau D'Arco, no Pará, já foram identificados pelo Centro de Perícias Científicas. De acordo com um dos laudos periciais, uma das vítimas foi baleada pelas costas. Apesar disso - e de nenhum policial ter saído ferido -, a versão oficial mantida pelo governo é de que "com a resistência e reação do grupo" houve "tiroteio" - O Globo, 27/5, País, p.10. |
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Em depoimento sigiloso obtido pela Folha, um sobrevivente do massacre que deixou dez mortos no sudeste do Pará, na última quarta (24), disse que os sem-terra já estavam dominados quando foram mortos a tiros por policiais. Segundo relato ao Ministério Público, a testemunha escutou uma sequência de xingamentos e aparentemente chutes seguidos por disparos. "Logo tudo era repetido com outra pessoa". Por vezes, ainda de acordo com a versão do sem-terra, um policial perguntava antes de disparar: "Vira pra cá, vagabundo. Cadê os outros?". A ação teria durado cerca de duas horas. Ao final, teria ouvido "gritos e gargalhadas, como se estivessem festejando". Ele prestou depoimento sob a condição de anonimato e foi encaminhado ao programa de proteção a testemunhas - FSP, 27/5, Poder, p.A14. |
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Unidades de Conservação
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Em meio à enxurrada de perdas ambientais dos últimos meses, o mais antigo parque nacional do país tem uma boa notícia. Satélites comprovaram que a existência da unidade de conservação, que completa 80 anos, não impediu o desenvolvimento urbano e econômico da região em que está localizada - pelo contrário, até o ajudou, por preservar recursos fundamentais para várias cidades, como nascentes de rios que as abastecem. Um levantamento feito pelo MapBiomas (Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil) revela que o Parque Nacional do Itatiaia protegeu a Mata Atlântica no mesmo período em que municípios fluminenses à sua volta aumentaram seus parques industriais - O Globo, 28/5, Rio, p.11. |
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Há um ano o Brasil era considerado líder mundial em áreas protegidas. Não mais. Virou cenário da maior ofensiva para eliminar ou reduzir unidades de conservação. Nos últimos meses, um projeto de lei e três medidas provisórias - duas já foram aprovadas pelo Senado e estão à espera de sanção pelo presidente Temer - ameaçam tirar de unidades de conservação da União uma área de 80 mil km2. "É o maior ataque contra áreas protegidas do país, afirma Jaime Gesisky, do WWF. Saem as florestas entram exploração de minério, o gado e as plantações. São terras no Pará, Amazonas e Santa Catarina que, somadas, equivalem ao tamanho de Portugal. "O Congresso, com o apoio do governo federal, tem transferido terras públicas para criadores privados de gado, para mineradoras", diz Gesisky - O Globo, 28/5, Rio, p.11. |
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Depois de passar pela portaria da parte baixa do Parque Nacional de Itatiaia, entre Rio e São Paulo, o visitante começa a se surpreender com a riqueza de uma mata atlântica saudável. O contraste visual para quem sobe ao mirante do Último Adeus ratifica a razão de ser do parque, o primeiro do país. Lá no alto, de um lado, o rio Campo Belo, cercado de um verde exuberante. De outro, um mar de pastos e de plantações de eucaliptos. Não é preciso nem mapa para saber os limites do parque. Em junho, a criação da área vai completar 80 anos. A agenda de comemorações prevê a inauguração de um novo centro de visitantes - FSP, 29/5, Ciência, p.B6. |
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Região registra menos de 10 graus Celsius em qualquer mês do ano e disputa o título de a mais fria do Brasil - O Globo, 29/5, Rio, p.8. |
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"Quanto desmatamento levaria esse ciclo hidrológico a erodir, trazendo à tona um ponto de inflexão que levaria à morte da floresta amazônica. Hoje sabemos que, além do desmatamento, o uso amplo de queimadas e as mudanças climáticas estão todos empurrando o sistema amazônico em direção a um ponto sem retorno. É difícil fazer uma estimativa precisa de onde se situa esse ponto, mas aqueles de nós que acompanhamos esses estudos pensamos que é provavelmente quando 20% da floresta tiver sido derrubada. No momento, interesses econômicos no Pará estão promovendo leis que vão degradar as áreas nacionais protegidas já existentes. Na semana passada, o Senado ratificou duas medidas provisórias que reduzem áreas de conservação na Amazônia. O momento atual exige liderança", artigo de Thomas Lovejoy - FSP, 28/5, Tendências/Debates, p.A3. |
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Mata Atlântica
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O ciclo de destruição da floresta atlântica, que começou em 1500 por causa dos europeus, volta a ficar ativo na Bahia, revelam dados de um mapeamento da SOS Mata Atlântica e do Inpe. Devido ao desmatamento no sul do Estado, a Bahia foi a campeã nacional de desmatamento da vegetação atlântica entre 2015 e 2016, segundo o atlas do desmatamento. No Estado, caíram 12.288 hectares de vegetação, um crescimento de 207% em relação à análise anterior, de 2014-2015. Três cidades do sul da Bahia -Santa Cruz de Cabrália, Belmonte e Porto Seguro- são responsáveis por metade desse total. Em todo o país, a derrubada aumentou 57,7% no período em comparação ao ano anterior. Houve uma redução de 29.075 hectares de floresta. Há dez anos não havia uma derrubada do bioma nessas proporções - FSP, 29/5, Ciência, p.B4. |
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Perdas consideráveis da cobertura florestal colocaram o Estado de São Paulo novamente na lista do desmatamento da mata atlântica no último ano. Foram 698 hectares desmatados entre 2015 e 2016, 15 vezes o desmatamento verificado entre 2014 e 2015, que atingiu 45 hectares. O Estado vinha reduzindo a área desflorestada desde 2010 e, em 2013, tinha atingido o "grau zero", que é atribuído quando há perda de menos de 100 hectares (1 km²) de mata nativa. Segundo o coordenador técnico do Inpe Flavio Ponzoni, especialista em vegetação, a maior parte do desmatamento no Estado foi causada por ventos muito fortes ocorridos em junho de 2016. Descontado o fenômeno natural, o desmatamento causado pela ação humana teria sido de 80 hectares, o que manteria o Estado fora da lista de desmatadores - FSP, 29/5, Ciência, p.B7. |
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