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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Proteção animal pede fim do uso de cavalos em confrontos

Por Olhar Animal – No primeiro dia de janeiro de 2023, a cadelinha vira-lata Resistência subiu a rampa do Planalto ao lado do seu tutor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Tal imagem circulou o país e o mundo e emocionou aqueles engajados na causa animal porque, para eles, essa foi uma mensagem clara de que o governo estará atento aos direitos dos animais. Uma semana depois, nesse domingo, 8 de janeiro, outra cena circula pelas redes sociais: um policial foi derrubado de um cavalo e agredido por bolsonaristas que invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF em ato antidemocrático. O animal também foi atingido por pedaços de ferro. Além do vídeo das agressões, há uma fotografia do cavalo do profissional sendo atendido, com machucados próximo a um dos olhos. Isso revoltou os leitores do Folha, nas redes sociais. “Falta de respeito!”, bradou um internauta. “Um absurdo! Esses criminosos têm que pagar pelos seus atos”, disse uma leitora. “Tem que apurar, identificar e punir”, sustentou outro leitor. “Covardes!”, enfatizou um seguidor. Ignorância e covardias foram as duas palavras mais usadas por quem se manifestou. A reportagem, tal qual quando a cadelinha Resistência se tornou um símbolo de esperança no que diz respeito a causa animal, ouviu protetores, como a presidente do Núcleo Bageense de Proteção aos Animais, Patrícia Coradini. “Fiquei muito chocada”, confessou. “Todo e qualquer ato de extremismo, de vandalismo, não representa a livre manifestação”, completou, ao lembrar que os cavalos foram envolvidos em uma situação de stress. “E o cavalo é um animal extremamente sensível. Fiquei muito mal pensando na situação de stress desse pobre animal”, destacou. Patrícia revelou que uma mobilização nacional ocorre para que os cavalos sejam retirados desse tipo de situação, que não sejam mais usados nesse tipo de enfrentamento. “Saem machucados, estressados e não sabem porque estão ali. São alvo de bomba, de objetos pontiagudos, e, como ontem, de barras de ferro”, justificou. A vereadora Beatriz Souza, bastante engajada, há anos, na causa animal, garantiu que, diante de tudo, o sentimento é de tristeza profunda. “Porque parece que vivemos em um processo de loucura coletiva. Temos a bandeira do Brasil que diz ‘Ordem e Progresso’ e assistimos ao vivo pessoas usando a bandeira fazendo desordem e os cavalos desesperados no meio de uma batalha campal”, pontuou. Ela reiterou que a rede de proteção animal solicita, a partir do episódio de agressão ao cavalo, o fim do uso de animais em patrulhamento. “Me sinto em luto, pelos animais, pelo patrimônio histórico e cultural que perdemos ontem”, enfatizou. Fonte: Folha do Sul #Envolverde

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