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sexta-feira, 3 de junho de 2022
Mais de ⅔ dos paulistanos se dizem muito preocupados com o aquecimento global e as mudanças climáticas
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Pesquisa Viver em SP: Meio Ambiente revela percepção dos paulistanos sobre os maiores problemas ambientais e os impactos das mudanças climáticas na cidade
Em sua 4ª edição, a Pesquisa Viver em SP: Meio Ambiente apresenta a percepção da população paulistana acerca de diferentes aspectos relacionados ao tema, como os maiores problemas ambientais que afligem a cidade, seu grau de preocupação em relação às mudanças do clima e as medidas mais efetivas para combatê-las. O levantamento realizado pela Rede Nossa São Paulo, em parceria com o IPEC Inteligência, também abordou o papel da ação humana na piora dos problemas ambientais locais.
Os dados indicam que os paulistanos compreendem que as ações humanas são as maiores causadoras dos problemas ambientais e que já percebem efeitos negativos destes em sua qualidade de vida, constatação de ¾ dos entrevistados. Merece destaque também uma maior percepção de que é necessária uma articulação entre políticas municipais, estaduais e federais para dar conta dos desafios ambientais da cidade de São Paulo (86%). O índice chega a 93% na região central da cidade.
Confira mais destaques:
Questões ambientais na cidade de São Paulo
Em continuidade aos dados de 2021, a poluição do ar, dos rios e as enchentes permanecem como os problemas ambientais mais percebidos pela população. Dentre os nove itens avaliados, estes são mencionados por 57%, 57% e 42% das pessoas, respectivamente.
Analisando os dados por região, na comparação com o total da amostra, nota-se que a poluição do ar é mais percebida na Região Norte, a poluição dos rios é mais citada na Região Oeste e Centro, enquanto as enchentes ganham destaque para uma maior parcela os habitantes da Região Leste.
69% acreditam que os problemas ambientais de São Paulo são causados pelas ações humanas, percentual que chega a 80% na Região Norte. ⅕ da amostra geral afirma acreditar que são causados tanto pela ação humana, quanto por mudanças naturais.
Apesar do recuo em relação à 2021, 52% dos paulistanos continuam indicando que o aumento de doenças cardiorrespiratórias são as principais consequências individuais dos problemas ambientais da cidade. 44% dos entrevistados citam ainda o aumento na ocorrência de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Os responsáveis pelo combate aos problemas ambientais
Para a população paulistana, as três esferas do governo têm responsabilidade na busca por soluções para os problemas ambientais da cidade — governo municipal apontado por 88%; governo estadual por 87% e governo federal por 85% dos participantes da pesquisa. Para mais da metade destes, as empresas e indústrias (69%) e a população de maior renda (53%) têm muita responsabilidade na busca por soluções para os problemas ambientais.
Pensando nas soluções ambientais, a despoluição dos rios e córregos foi apontada por 41% dos entrevistados como medida mais eficiente, enquanto 36% citou uma maior fiscalização e aplicação de multas pelo Poder Público sobre o lançamento de esgotos nos rios e nos córregos de São Paulo.
Preocupados com as consequências dos problemas ambientais, 83% acreditam que seus impactos contribuirão para a falta de alimentos básicos, água, energia, etc; enquanto 81% enxergam ainda maiores riscos para a população mais pobres, os moradores de periferias e aqueles em situação de rua.
Aquecimento global e mudanças climáticas
Tema em alta por todo o mundo, as mudanças do clima também já estão na pauta dos paulistanos. ¾ dos moradores de São Paulo sentem que as mudanças climáticas afetam muito sua qualidade de vida (índice chega a 79% no Centro) e 68% declaram ter muita preocupação com o tema, um aumento de 6 pontos em relação ao último levantamento.
A percepção de que existem problemas efetivos em decorrência da crise ambiental, como as mudanças repentinas de temperatura, extinção de florestas, alagamentos/enchentes e a baixa umidade do ar, são citados por cerca de quatro em cada dez moradores da capital paulista. 76% afirmam ainda que o Brasil está perdendo credibilidade internacional por sua atuação em relação ao combate às mudanças do clima e ao aquecimento global.
4 em cada 10 entrevistados apontou ações relacionadas à preservação das florestas e áreas verdes como as ações mais efetivas para combater as mudanças climáticas, seguindo de perto pelo plantio de árvores (39%). Em proporção semelhante, a falta de recursos financeiros e de incentivo à instalação de sistemas de energia renovável seriam as principais barreiras para que a população contribua para a diminuição dos efeitos do aquecimento global (42% e 41%).
Analisando os dados por região da cidade, no Centro a principal barreira apontada foi a falta de um bom sistema de transporte público, enquanto na Região Oeste o destaque é para a ausência de coleta seletiva e na Zona Norte a maior parte dos entrevistados citou incentivos à indústria para a produção de embalagens menos poluentes.
Metodologia
A pesquisa foi realizada entre os dias 04 e 28 de dezembro de 2021. Foram 800 entrevistas online e domiciliares com questionário estruturado e o público foram pessoas maiores de 16 anos que moram na cidade de São Paulo. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A série histórica da pesquisa Viver em São Paulo: Meio Ambiente pode ser conferida no Link
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