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sábado, 11 de junho de 2022
Desmatamento desacelera em maio, mas continua avançando sobre as florestas públicas da Amazônia
Por Greenpeace –
Apesar da desaceleração em maio, no acumulado do ano, houve elevação de quase 13% na área sob alerta de desmatamento
Dados do sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados hoje, evidenciam uma redução na área sob alerta de desmatamento na Amazônia em maio de 2022. Entretanto, apesar da pontual redução de 35,2% em comparação com o mesmo mês do ano passado, nada menos que 900 km² da Amazônia estiveram sob alerta de desmatamento em maio 2022, corroborando para que no acumulado de janeiro a maio deste ano, haja um acréscimo de quase 13% em relação ao mesmo período em 2022. Os dados evidenciam que a economia da destruição segue avançando na Amazônia, especialmente sobre as florestas públicas não destinadas, sobretudo no estado do Amazonas.
“Apesar da desaceleração para o mês de maio, A Amazônia não tem motivos para celebrar, afinal a curva do desmatamento segue apontada pra cima, sem perspectiva de redução, haja vista que quem deveria controlá-la segue ignorando a realidade e produzindo um faz de conta que coloca em risco o presente e o futuro dos mais de 30 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia, bem como dos demais brasileiros que indiretamente se beneficiam dos serviços ambientais prestados pela maior floresta tropical do mundo. Zerar o desmatamento deve ser o horizonte da política ambiental brasileira, não podemos mais conviver com essa economia que consome florestas e viola os direitos humanos na Amazônia.”, afirma André Freitas, coordenador da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil.
A destruição da Amazônia é resultado de um projeto político que, ao longo dos últimos três anos, vem promovendo e legitimando os recordes no desmatamento na Amazônia, a proliferação de garimpos ilegais, a invasão de terras públicas, Unidades de Conservação (UC) e de Terras Indígenas (TI). Soma-se a isso o alastramento da violência e do crime organizado. O recente desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips é um dos tantos exemplos que escancaram o descaso, a omissão e a ausência do Estado brasileiro na Amazônia, que atinge também àqueles que defendem a floresta.
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