Estudos feitos em vários países mostram que os escorpiões estão se adaptando ao ambiente urbano com grande facilidade, tendendo ao aumento populacional da espécie, dada sua biologia e comportamento. Causando pânico e risco de morte às pessoas, o aracnídeo peçonhento tem potencial para causar graves acidentes por picadas e envenenamento da vítima. Atualmente as grandes cidades vivem um dos maiores problemas com o crescimento do ataque de escorpiões.
Duas mortes recentes de crianças após ataque de escorpião vêm alarmando o Estado de São Paulo. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, mais de 124 mil pessoas foram picadas por escorpião em 2017 em todo País e 187 morreram. As ocorrências vêm crescendo a cada ano. E diferente do que se pode imaginar, a maioria dos casos não ocorre em zonas rurais, mas sim nas áreas urbanas. Segundo o biólogo e vice-presidente executivo da Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (Aprag), Sérgio Bocalini, o aumento das cidades ocupando as áreas rurais, a construção de moradias irregulares, terrenos baldios com lixos e entulhos, passam a ser locais propícios para o aparecimento dessas pragas. E São Paulo vive hoje um dos maiores problemas de escorpiões.
Predadores noturnos e carnívoros, durante o dia permanecem escondidos em locais protegidos. Com seus pedipalpos (pinças), seguram suas presas e com o ferrão injetam o veneno que afeta o sistema nervoso central. “É possível identificar a picada devido à vermelhidão, inchaço e dor intensa no local, casos mais graves podem até levar à morte”, afirma o biólogo. Em caso de ataque, deve-se procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo, em busca do tratamento com soro. Se possível, capturar o animal e leva-lo para a identificação do soro específico.
Segundo o Manual de Controle de Vetores e Pragas Sinantrópicas da APRAG, o quadro de envenenamento humano causado pela toxina escorpiônica é chamado de escorpionismo. Atualmente, são relatados casos de escorpionismo em todos os estados brasileiros, podendo algumas espécies serem mais ativas nos meses quentes, porém em boa parte do Brasil em geral são ativas durante todo o ano. O principal responsável por ataques é a espécie tityus serrulatus, conhecido como escorpião-amarelo, encontrado em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul e nos Estados do Sul. (#Envolverde)
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