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Povos Indígenas
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Leia o artigo de Luís Donisete Benzi Grupioni, representante da sociedade civil na Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena do Ministério da Educação, sobre o veto de Dilma Rousseff a um projeto de lei que previa que as avaliações educacionais respeitassem as particularidades das comunidades indígenas - Blog do ISA, 11/1. |
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Projeto foi aprovado pelo Congresso em novembro de 2015 e permitiria ampliar o uso de línguas indígenas e de processos diferenciados de avaliação escolar, restritos ao ensino fundamental, em outros níveis de ensino. Veto do governo veio em dezembro e preocupa lideranças indígenas e especialistas - Direto do ISA, 8/1. |
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Em julho, os Kaingang do oeste de Santa Catarina vão trocar a festa do terceiro aniversário de Vitor Pinto por um rito em homenagem aos mortos. Até lá, seus pais, Sônia e Arcelino, esperam ver a condenação de um assassino. Mas a morte do menino de 2 anos, degolado com uma lâmina no pescoço no dia 30, por um homem que fingiu afagar seu rosto enquanto sua mãe o amamentava na rodoviária de Imbituba, é vista pela comunidade indígena como mais um marco em sua trajetória de perdas e de abandono pela sociedade - OESP, 10/1, Metrópole, p.A18. |
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"Embora estarrecidos, temos de admitir que pertencemos à mesma família humana do jovem que degolou o bebê kaingang de dois anos na rodoviária de Imbituba (SC). Compartilhamos, envergonhados, a mesma identidade nacional do suspeito do crime, Matheus Silveira, o Teto, 23 anos, que está preso. Já para a polícia, esse é apenas o caso de um 'usuário de drogas, que sofre de distúrbios mentais'. Será? O delegado ouviu familiares e ex-colegas do Colégio Caic. Não concluiu o inquérito, mas já adiantou não ter visto conotação racista no crime, embora admita que o assassino estava 'incomodado com a presença dos indígenas no local'", artigo de José Ribamar Bessa Freire - OESP, 10/1, Aliás, p.E5. |
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Unidades de Conservação
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Se a mancha de lama que foi observada na região do Arquipélago de Abrolhos for mesmo a resultante do rompimento da barragem de minérios da Samarco, o impacto sobre a biodiversidade que vive ali pode ser catastrófico. Essa é a avaliação de cientistas que trabalham no local. O alerta de que a pluma de resíduos poderia ter atingido uma das áreas de maior diversidade de corais do Atlântico Sul foi feito pelo Ibama, com base em imagens de satélite e observações aéreas. O secretário estadual do Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, encomendou análises de amostras do material paralelas às que também estão sendo feitas pela Samarco, por determinação do Ibama - OESP, 9/1, Metrópole, p.A16; FSP, 9/1, Cotidiano, p.B6; O Globo, 10/1, País, p.11. |
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Saneamento
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A universalização de serviços de saneamento básico no Brasil, coleta de esgoto e rede de água, só será alcançada no atual ritmo após 2050, mais de 20 anos depois do prazo previsto no plano oficial do governo federal. É o que aponta estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria) com base em dados oficiais sobre andamento de obras do setor. Os gastos para cumprir a meta estabelecida pelo próprio governo no Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico) são insuficientes -teriam que ser dobrados para alcançá-la. Mas é a burocracia para fazer as obras de canalização de esgoto e implantação de rede de água a principal vilã do baixo desempenho do setor, segundo o levantamento - FSP, 11/1, Folhainvest, p.A11. |
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Energia
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Uma mudança na regra dos leilões de geração de energia vai permitir que empreendimentos já existentes vendam a energia descontratada no leilão A-5 que acontece no fim de março, competindo com projetos novos. A medida deve beneficiar a usina de Belo Monte, que poderá vender a garantia física descontratada a preços melhores e livre do risco hidrológico. Além de beneficiar hidrelétricas em construção, como é o caso de Belo Monte, a medida deve ajudar a reduzir os preços negociados, uma vez que esses projetos não vão exigir a remuneração dos investimentos. Na contramão, projetos novos que poderiam garantir a expansão da matriz energética do país podem não ser contratados, por terem preços menos competitivos - Valor Econômico, 11/1, Empresas, p.B2. |
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Usinas eólicas vão gerar 12% da energia do País
A força dos ventos mudou de vez a matriz elétrica nacional. Em 2016, as usinas eólicas entram de vez para a base do sistema de geração do País. Ao todo, serão adicionados mais de 2,7 mil megawatts de energia eólica ao parque elétrico, o equivalente a 36% de toda a capacidade já instalada pelas usinas de vento do País. O volume da geração eólica se amplia em 2017, com mais 2,9 mil MW. A expansão eólica só não será superior em relação à fonte hidrelétrica por conta do acionamento de Belo Monte, usina em construção no Rio Xingu, no Pará, que tem previsão de começar a ligar suas turbinas neste primeiro trimestre - OESP, 10/1, Economia, p.B6. |
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"A Alemanha quebrou a sua própria marca anterior de eletricidade de fonte solar. Foram 36,8 milhões de MWh em 2015, contra 34,9 milhões de MWh em 2014. Quase a metade da eletricidade de Itaipu (para ser exato, 41%), mas gerada sem alagar um centímetros terra alheia, sem desalojar ninguém. E, acima de tudo, sem originar o enorme potencial para corrupção das megaobras civis brasileiras. Como Belo Monte, que está pondo de pernas para o ar a vida de dezenas de milhares de pessoas e sobre a qual já respingam pixulecos da Operação Lava Jato", artigo de Marcelo Leite -FSP, 10/1, Ciência, p.B17. |
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Mudanças Climáticas
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O mundo financeiro se prepara para uma nova era econômica: a do clima. Bancos centrais e instituições incluíram a mudança do clima nas equações que medem os riscos para a estabilidade financeira global. O acordo de combate ao aquecimento global firmado no fim de 2015 abriu as portas para o que pode se tornar um Bretton Woods verde, com permissão para que o carbono se torne moeda de troca num futuro próximo. O acordo de Bretton Woods definiu o dólar como moeda de referência internacional com valor atrelado ao ouro. Enquanto se busca dar um preço para a captura de carbono, o mercado de green bonds, os títulos verdes, avança - O Globo, 10/1, Economia, p.26. |
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"Entre 1900 e 1983, a Groenlândia despejou no oceano 73,8 gigatoneladas de água por ano. No intervalo seguinte, entre 1983 e 2003, esse número subiu para 75,1 por ano. Entre 2003 e 2010, a descarga anual subiu para 186 gigatoneladas por ano, mais que o dobro dos intervalos anteriores. Quando você soma toda essa água, e a espalha como se fosse uma camada sobre todos os oceanos do planeta, o resultado é um aumento no nível dos oceanos de 2,5 centímetros. Ou seja, nos últimos 110 anos, somente o degelo da Groenlândia, que é nada perto do que aconteceu no Ártico e na Antártica, contribuiu para aumentar o nível do mar em 2,5 centímetros", artigo de Fernando Reinach - OESP, 9/1, Mettrópole, p.A16. |
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Feliz 2030!
"Podemos parar o desmatamento ilegal bem antes de 2030, se o governo retomar sua política de homologação de terras indígenas, investir em políticas rurais sustentáveis, inclusive para os pequenos produtores, e destinar quase 80 milhões de hectares de florestas públicas, hoje à mercê de grileiros, para uso sustentável ou proteção florestal. Uma ação que certamente reduziria a demanda por terra e, de quebra, a ilegalidade. Segundo, existem alternativas para reduzir o desmatamento legal. Sem questionar o direito de proprietários rurais de desmatarem dentro da lei, há um crescente espaço para compensar quem escolhe conservar", artigo de Paulo Moutinho - O Globo, 11/1, Opinião, p.13. |
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