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Direto do ISA
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Ataque pode ser retaliação depois da retomada de duas fazendas pelos indígenas nos últimos dias -Direto do ISA, 3/12. |
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Documento solicita a aplicação efetiva das convenções já existentes em matéria de direitos humanos e direitos dos povos indígenas. Lideranças lutam por inserção de reivindicações em novo acordo climático - Direto do ISA, 3/12. |
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Metas para a Conferência do Clima de Paris (COP 21) não levam em conta indígenas e povos tradicionais. Saiba mais sobre as atividades do ISA na Conferência. Confira a coluna Entre no Clima- Direto do ISA, 3/12. |
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Mudanças Climáticas
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Nos últimos 20 anos, cerca de 525 mil pessoas morreram no planeta em 15 mil eventos extremos. As catástrofes resultaram em um prejuízo de US$ 2,97 trilhões. O cálculo foi divulgado ontem pela ONG Germanwatch. Em seu novo relatório, "Índice global do risco climático", a instituição avalia dois panoramas: um sobre a média dos estragos provocados pelo aquecimento global nas últimas duas décadas (de 1995 a 2014) e outro dedicado somente aos eventos extremos registrados no ano passado. Eventos extremos são mais comuns nos países em desenvolvimento. Entre 1995 e 2014, os países mais afetados pelas catástrofes climáticas foram Honduras, Mianmar e Haiti - O Globo, 4/12, Sociedade, p.34. |
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Oitenta e duas megacidades farão esforço conjunto de reduzir as emissões de carbono (CO2) em três bilhões de toneladas até 2030. Trata-se do equivalente ao carbono produzido em toda a Índia ao longo de um ano. O grupo, que ficou conhecido como C40 - criado há uma década pelo prefeito de Londres, Boris Johnson, e do qual participa o Rio de Janeiro -, reuniu-se ontem em Paris. Hoje, os prefeitos devem anunciar um fundo com US$ 5 milhões, que poderá chegar a US$ 20 milhões, destinado a iniciativas de combate à mudança do clima, além de novas medidas para redução das emissões - O Globo, 4/12, Sociedade, p.34. |
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Cientistas brasileiros, ingleses e americanos querem recuperar regiões de mangue em Santos (SP) e espessar faixa de areia da praia, entre outras medidas, para conter o avanço do mar. Eles estimam que impactos de uma possível inundação trariam prejuízos no valor de R$ 1,2 bilhão, caso não sejam feitas adaptações na cidade para lidar com os efeitos das mudanças climáticas e do aquecimento global. Segundo o estudo, até 2050, o nível do mar pode subir 36 cm na região, chegando a 45 cm em 2100. - FSP, 4/12, Ciência, p.B11. |
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Steve Cohen, diretor-executivo do maior centro de pesquisa da Universidade Columbia, o Instituto da Terra, não acredita que a Conferência do Clima em Paris obterá um acordo para evitar que o aquecimento global supere 2oC - e não está preocupado com isso. "A mudança do clima é uma questão importante, mas não é a única", diz Cohen sobre a missão do instituto. O leque de temas de pesquisa inclui água, alimentos, pobreza, urbanização, resolução de conflitos. As questões ambientais agora têm de se tornar uma parcela rotineira da tomada de decisões, como contabilidade, marketing ou planejamento estratégico, diz Cohen - FSP, 4/12, Mundo, p.A17. |
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"Do lado mais otimista, Carlos Nobre, do Inpe, lembra que estamos com emissões de 7,5 toneladas por pessoa/ano, mas poderemos chegar a 4 toneladas anuais em 2030 e 2 toneladas em 2050. A própria presidente da República tem afirmado que temos condição de recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e replantar florestas em 5 milhões de hectares. É importante que tudo isso se concretize, que se detenha a progressão de temperaturas em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, que se implante de fato um Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima em 11 setores. Muito tem de ser feito. Não é por acaso que se reúnem em Paris os chefes de governo", artigo de Washington Novaes - OESP, 4/12, Espaço Aberto, p.A2. |
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"A questão mais importante é se os países alcançarão suas metas de 2030 de uma forma que os ajude a chegar a emissões zero até 2070 (descarbonização total). Se eles se limitarem a implementar medidas destinadas a reduzir as emissões no curto prazo, se arriscam a atrelar suas economias a altos níveis de emissões depois de 2030. A questão fundamental para Paris, portanto, não é se os governos conseguem obter reduções de 25% ou de 30% até 2030, e sim como eles pretendem fazer isso. O acordo de Paris deveria estipular que todo governo apresente não apenas um INDC para 2030 como também um Caminho para a Descarbonização Profunda, não compulsório, para 2050. Estados Unidos e China já sinalizaram interesse por esse enfoque", artigo de Jeffrey D. Sachs, Guido Schmidt-Traub e Jim Williams - Valor Econômico, 4/12, Opinião, p.A15. |
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Mineração
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A tarefa mais difícil a partir de agora para os milhares de atingidos pelo desastre ambiental no rio Doce, o que inclui os pescadores na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo, será receber reparações pelas perdas financeiras que tiveram. Prejudicada pelo mar de lama que invadiu a bacia hidrográfica do Doce, a pesca ali está suspensa indefinidamente. Não há previsão de retomada: há quem garanta que o rio se recuperará em meses, enquanto outros apostam em décadas. Os pescadores conhecem bem o que os espera: há uma década que centenas deles, moradores de municípios como Ituêta, Resplendor, Aimorés e Baixo Gandu, aguardam reparação por danos causados à atividade econômica pela hidrelétrica de Aimorés - FSP, 4/12, Cotidiano, p.B8. |
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Atuando na ilegalidade há mais de 30 anos, o garimpeiro Carlos Alberto Domingos cobrou ajuda do prefeito de Mariana, Duarte Júnior (PPS), depois de ver seu equipamento e sua "mina de ouro" engolidos pela lama de rejeitos. Assim como ele, aproximadamente 40 garimpeiros que extraíam ouro do rio Gualaxo do Norte em Monsenhor Horta, distrito de Mariana (MG), querem reparação da Samarco, de propriedade da Vale e da anglo-australiana BHP Billiton, após terem equipamentos e áreas de extração destruídos pelo barro. "Eles dizem que fazemos estragos, mas estrago muito maior é o que a Samarco fez", critica Domingos - FSP, 4/12, Cotidiano, p.B9. |
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"Tome-se a suposta contaminação da lama de Mariana com metais pesados danosos à saúde, sobre a qual ainda paira um véu de opacidade. Brasília deu destaque para um laudo do CPRM e da ANA, que indicava não ter ocorrido aumento dessas substâncias tóxicas no rio Doce. Na mesma época veio a público análise do Instituto Mineiro de Gestão das Águas de Minas, atestando quantidades superiores ao recomendável de arsênio, cádmio, chumbo e até mercúrio. Trata-se de uma questão básica, que cabe ao poder público dirimir de vez. Permitir que a dúvida persista só vai agravar a angústia da população e turvar a perspectiva de que a recuperação da área se faça com eficiência e seriedade", editorial - FSP, 4/12, Editoriais, p.A2. |
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