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terça-feira, 1 de dezembro de 2015




Resumo diário de notícias selecionadas
dos principais jornais, revistas, sites especializados e blogs,
além de informações e análises direto do ISA
 
 
HOJE:
Água, Amazônia, BNDES, Energia, Mineração, Mudanças Climáticas, Povos Indígenas
Ano 15
01/12/2015

 

Direto do ISA

 
  Dados oficiais preliminares confirmam que grandes obras de infraestrutura do governo são fatores determinantes no aumento da taxa de derrubada da floresta na Amazônia Direto do ISA, 1/12.
  Na manhã do último sábado, indígenas vindos de várias partes do mundo reuniram-se em um pequeno teatro na capital francesa para debater propostas em defesa da natureza e dos territórios indígenas, sob o comando do cacique Kayapó Raoni Metuktire, do Brasil Direto do ISA, 30/11.
  Mais de 700 mil pessoas em 170 países foram às ruas de maneira pacífica e festiva, entre ontem e anteontem, pedindo um compromisso firme na luta contra a mudança climática por parte dos 150 chefes de estado e de governo que se reúnem na COP 21. Em Paris, manifestação foi pacífica, mas houve distúrbios após polícia interferir Direto do ISA, 30/11.
  Leia a nota do Observatório do Clima sobre o discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura da Conferência do Clima de Paris (COP 21) Direto do ISA, 30/11.
  
 

Mudanças Climáticas

 
  O primeiro dia da COP21, a Conferência de Clima da ONU que acontece em Paris até o dia 11 de dezembro, serviu para confirmar discursos positivos dos líderes globais. Mas esses mesmos discursos também expuseram o impasse para tornar o acordo final "legalmente vinculante", ou seja, com força para obrigar os países a cumprirem as metas que declararam. A polêmica sobre o financiamento de nações ricas para ajudar países pobres a reduzirem as emissões de gases causadores do efeito-estufa também deve se acirrar nos bastidores. Os líderes globais partiram da França e deixaram para seus negociadores uma missão nada fácil: garantir que as boas intenções proferidas nos discursos se convertam em um consenso FSP, 1/12, Mundo, p.A10.
 
No rascunho do documento de 20 páginas, sobre o qual os negociadores deverão se debruçar em longas reuniões que devem entrar noite adentro nas próximas duas semanas, ainda há 231 colchetes - sinal usado para deixar em evidência onde não há consenso. São os mesmos velhos vilões das últimas tentativas de se estabelecer um acordo. O financiamento às medidas de combate ao aquecimento global é considerado uma das questões mais sensíveis. Outra questão que deve causar polêmica é em quanto ficará a meta de aumento da temperatura do planeta até 2100 O Globo, 1/12, Sociedade, p.24.
  A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, defendeu em discurso um entendimento que resulte em obrigações a serem cumpridas pelos países signatários. Dilma cobrou a adoção de um tratado justo, universal e ambicioso e "legalmente vinculante", ou seja, com caráter obrigatório. "Não é (legalmente vinculante) em um sentido intrusivo, nem punitivo, mas para verificar as condições pelas quais os países estão desenvolvendo suas políticas", disse posteriormente à imprensa. Dilma também defendeu que o acordo de Paris inclua um mecanismo de revisão a cada cinco anos. "Isso pode propiciar uma convergência ao longo do tempo" OESP, 1/12, Metrópole, p.A14.
  Os governos brasileiro e norueguês decidiram ontem prorrogar a sua parceria nas áreas de clima e florestas até 2020, aumentando a ambição de redução do desmatamento e da degradação florestal. A primeira fase da parceria, que é baseada em resultados, está em vigor desde 2008 e já representou uma contribuição de US$ 1 bilhão por parte da Noruega ao Fundo Amazônia brasileiro. Agora, serão mais US$ 600 milhões. Cortar as emissões de carbono resultantes do desmatamento pela metade nos países dos trópicos pode evitar o lançamento de 1,135 bilhão de carbono na atmosfera O Globo, 1/12, Sociedade, p.24.
  O governo vai lançar um selo para indicar a pegada de carbono de produtos fabricados no país. A ideia é informar consumidores domésticos e importadores sobre a quantidade de gases de efeito estufa que é gerada no processo de produção. O objetivo do projeto, que está sendo tocado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em parceria com uma empresa britânica, é estimular empresas a adotar políticas mais ambientalmente sustentáveis e, ao mesmo tempo, permitir que a indústria tire partido de uma vantagem competitiva natural do país. Como a matriz energética brasileira tem um participação importante de energia renovável, os indicadores tendem a ser relativamente favoráveis na comparação internacional FSP, 30/11, Folhainvest, 30/11, p.A22.
  
 

Energia

 
  O cofundador da Microsoft, Bill Gates, lançou ontem uma fundo bilionário dedicado à pesquisa e ao desenvolvimento de tecnologias de energia limpa. O anúncio da Breakthrough Energy Coalition (coalizão para revolução na energia) foi feito durante a COP-21, ao lado de líderes de Estado de todo o mundo. A coalizão nasce com US$ 7 bilhões em investimentos, feitos por investidores privados e países desenvolvidos e em desenvolvimento. Gates disse que irá contribuir pessoalmente com US$ 2 bilhões. "Biocombustíveis, energia eólica, fissão, fusão, captura de carbono: não temos preferência por qualquer tipo de energia, mas tem de ser limpa e fácil para poder ganhar escala de forma rápida e barata", disse Gates OESP, 1/12, Economia, p.B15.
  Bastaram poucas horas para que o colapso financeiro de um dos maiores grupos empresariais da Espanha fizesse vítimas em Barreiras, no oeste da Bahia. Logo após o anúncio de que a empresa entrara em pré-recuperação judicial, os primeiros empregados da obra da linha de transmissão que levará energia de Belo Monte para o Nordeste começaram a ser demitidos. Ao todo, 1,5 mil foram dispensados. Fornecedores já contam alguns meses de atrasos nos pagamentos. Resultado: as obras do linhão que cruza quatro Estados foram interrompidas. O problema se repete em outros projetos que envolvem a multinacional espanhola no Brasil OESP, 1/12, Economia, p.B13.
  
 

Mineração

 
  Em seu discurso na COP-21, a presidente Dilma fez questão de mencionar o rompimento da barragem em Mariana (MG). "A ação irresponsável de umas empresas provocou o maior desastre ambiental na História do Brasil, na grande bacia hidrográfica do Rio Doce. Estamos reagindo ao desastre com medidas de redução de danos, apoio às populações atingidas, prevenção de novas ocorrências e também punindo severamente os responsáveis por essa tragédia", disse O Globo, 1/12, Sociedade, p.24; OESP, 1/12, Metrópole, p.A15.
  O governo federal e os Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo ajuizaram ontem uma ação civil pública na Justiça Federal para que a mineradora Samarco abasteça um fundo com R$ 2 bilhões ao ano, pelo período de uma década. O dinheiro deve ser utilizado para revitalizar a bacia do Rio Doce e reparar danos socioeconômicos causados às famílias atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana OESP, 1/12, Metrópole, p.A15.
  Vinte e dois dias após o rompimento da barragem de rejeitos da Samarco em Mariana (MG), integrantes da diretoria da mineradora Vale (associada da empresa, com a anglo-australiana BHP Billiton) reafirmaram sexta-feira que as sócias não têm responsabilidade direta pelo acidente. Em raro pronunciamento público desde a tragédia, os executivos anunciaram a criação de um fundo voluntário para a recuperação do Rio Doce, sem valor definido OESP, 28/11, Metrópole, p.A20.
  
 
Imagens Socioambientais

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