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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

MANCHETES SOCIOAMBIENTAIS - 14/fev/2013

Obama mira republicanos com discurso agressivo
O presidente dos EUA, Barack Obama, usou o discurso sobre o Estado da União, feito na terça-feira à noite no Congresso, para confrontar os republicandos em busca de apoio às reformas que ele prometeu para seu segundo mandato. Um dos pontos mais enfáticos foi a defesa de uma lei de mudanças climáticas. Obama se manifestou a favor da aprovação de um projeto bipartidário, mas ressaltou que, se o Congresso fracassar, adotará ações executivas para reduzir a poluição e intensificar o investimento em fontes sustentáveis de energia - O Globo, 14/2, Mundo, p.33; OESP, 14/2, Internacional, p.A7.

As cinco principais questões do discurso do presidente
"No início do discurso, Obama deixou claro que se o Congresso não agir, ele agirá na questão climática. Sua fala foi dura. 'Podemos acreditar que a supertempestade Sandy e a seca mais severa em décadas e os piores incêndios que já foram vistos em alguns Estados foram uma estranha coincidência. Ou podemos acreditar no julgamento avassalador da ciência - e agir antes que seja tarde demais'. Esse é o apelo mais direto à ação do Congresso sobre a questão da mudança climática que jamais se ouviu de um presidente americano", artigo de Chris Cillizza - OESP, 14/2, Internacional, p.A7.

Um novo clima
"O presidente Barack Obama deu nova ênfase ao combate à mudança climática, pediu leis sobre o tema e avisou: 'Se não fizerem, eu faço'. 'Se o Congresso não atuar em breve para proteger as futuras gerações, eu vou'. Ele pode agir muito através de órgãos de governo e da agência ambiental, e essa era a ameaça. 'O fato é que os 12 anos mais quentes da história aconteceram nos últimos 15 anos'. Ele defendeu o que seu governo fez em energia limpa. 'No ano passado, a energia eólica agregou quase metade da nova capacidade de geração de energia dos Estados Unidos. Então vamos gerar ainda mais. A energia solar fica mais barata a cada ano; vamos fazer com que fique mais barata'. E disse que se a China consegue avançar em energia limpa, os Estados Unidos também podem", coluna de Míriam Leitão - O Globo, 14/2, Economia, p.24.


Reforma Agrária

Disputa por lotes leva tensão a maior assentamento do RJ
A disputa pelo controle de lotes de assentamentos futuros ou já existentes tem produzido um clima de tensão e constantes ameaças no maior assentamento do Rio de Janeiro, relatam movimentos sociais e agricultores. É no Zumbi dos Palmares, em Campos dos Goytacazes (RJ), no norte fluminense, que viviam duas pessoas assassinadas em menos de duas semanas. Em ao menos um dos casos, a Polícia Civil concluiu que o crime tem relação com a disputa por lotes da reforma agrária - FSP, 14/2, Poder, p.A9.

Ministro Gilberto Carvalho diz que foi mal entendido
Depois de afirmar que a política agrária federal criou "favelas rurais", ontem o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) tentou explicar que queria dar ênfase às políticas do governo para tornar assentamentos da reforma agrária autossuficientes. "Eu fui mal entendido por companheiros do movimento quando eu disse que há muito assentamentos que não estão em condições adequadas", justificou - FSP, 14/2, Poder, p.A9.


Geral

Operários de usina em MT ateiam fogo em 16 ônibus
Operários que trabalham na construção da usina hidrelétrica de Colíder, no rio Teles Pires, norte de Mato Grosso, depredaram veículos e instalações do canteiro de obras na noite de segunda-feira. As obras na usina estão paralisadas e e não há previsão de quando serão retomadas. Segundo a assessoria da UHE Colíder, atualmente há 2.100 funcionários trabalhando no canteiro. Destes, 1.100 estariam no local na noite de segunda-feira. Segundo a polícia, os trabalhadores relataram que se rebelaram porque a empresa não pagaria integralmente o trabalho extra realizado durante o feriado de Carnaval. A empresa nega - FSP, 14/2, Mercado, p.B6.

Tigre e Eufrates encolheram desde 2003
As bacias dos rios Tigre e Eufrates perdem suas reservas de água em ritmo acelerado. Ao longo de sete anos (2003-2010), desapareceram 144 quilômetros cúbicos de água - o equivalente ao volume do Mar Morto. Boa parte devido ao bombeamento de reservatórios subterrâneos. Segundo James Famiglietti, da Universidade da Califórnia, uma seca em 2006 foi determinante para que o Tigre e o Eufrates perdessem água de forma tão acentuada. "Durante a estiagem, as pessoas são forçadas a apelar para as águas subterrâneas". O governo iraquiano perfurou cerca de mil poços entre 2006 e 2010. "A política regional de gestão da água precisa ser revista para dar conta das mudanças globais, como alterações no clima e o crescimento da população", diz Famiglietti - O Globo, 14/2, Ciência, p.34.

Os peixes e a preservação
"Santuários marinhos são regiões onde é proibido pescar. Geralmente, a implementação dessas reservas é combatida pelas comunidades de pescadores, que se sentem prejudicadas. Agora, os ecologistas conseguiram um novo argumento para convencer os pescadores a permitir a criação de reservas: elas exportam peixes fáceis de pescar. Os ecologistas demonstraram que os animais que vivem nas reservas crescem mais; além disso, sua densidade populacional aumenta muito e, após alguns anos, isso provoca o transbordamento desses animais para fora das reservas, onde podem ser pescados, beneficiando a comunidade. Esses peixes grandes que transbordam não têm medo do ser humano, permitindo que os mergulhadores se aproximem bastante, facilitando o uso do arpão. São peixes gordos e 'inocentes', pois nunca foram perseguidos por pescadores", artigo de Fernando Reinach - OESP, 14/2, Vida, p.A17.

Mercúrio zero
"Depois de anos de negociações e debates em fóruns e congressos ao redor do mundo, representantes de 140 países reunidos em Genebra chegaram a um acordo. Bem, foi quase um acordo. Porque ninguém assinou documento algum. Mas está apalavrado. A decisão restringe uma das maiores ameaças do nosso tempo: o mercúrio. O acordo fechado em Genebra voltará a ser discutido em Minamata, em outubro. Se tudo der certo, ele será transformado na Convenção de Minamata das Nações Unidas. Mas para que tenha a força de lei internacional é preciso que seja assinado por pelo menos 50 países e ratificado internamente pelos seus congressos. E isso pode levar mais cinco, dez ou quinze anos", coluna de Agostinho Vieira - O Globo, 14/2, Economia Verde, p.28.

 
 





 
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