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sábado, 18 de setembro de 2010

Candidatos do RS aderem à Plataforma Ambiental

Firmar compromissos da responsabilidade ambiental dos candidatos às eleições 2010 é o principal objetivo da Plataforma Ambiental, lançada na manhã desta terça-feira, dia 14, no Plenarinho da Assembleia Legislativa em Porto Alegre. Estiveram presentes 13 candidatos de diversos partidos políticos. “Todos assumiram o compromisso ambiental”, comemorou Mário Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica que, em parceria com a representação regional da Rede de ONGs da Mata Atlântica, promoveu a iniciativa. A ação está sendo realizada em diversas capitais do país. Amanhã, quarta-feira, dia 15, é a vez dos candidatos mineiros aderirem ao programa. Nas próximas semanas, a Plataforma Ambiental será apresentada em Fortaleza (21/09), Salvador (27/09) e Recife (29/09).

Para 2011, o desafio da SOS Mata Atlântica é provocar a criação de Frentes Parlamentares Ambientais nas Assembleias Legislativas dos estados com Domínio do Bioma Mata Atlântica. “A Plataforma Ambiental é um espaço para a sociedade interagir e fazer política pública de fato”, destacou Mantovani, que coordenou a atividade, que contou com expressiva participação de entidades da sociedade civil.

O espaço no legislativo foi aberto pelo deputado Adão Villaverde (PT), que esteve presente na mesa durante o evento juntamente com a representante da RMA Kathia Vasconcellos, integrante da ONG Mira-Serra. Ainda marcaram presença o deputado federal Vieira da Cunha (PDT), que integra a Frente Parlamentar Ambientalista no Congresso Nacional, Beto Grill (PSB), candidato a vice governador de Tarso Genro (PT), vários candidatos do PV, entre outros.

O encontro serviu para que os representantes da sociedade colocassem seus anseios e preocupações frente aos desafios atuais, como o desmantelamento da legislação ambiental e o aumento da destruição das áreas verdes das cidades. A representante do Núcleo Amigos da Terra, Clarissa Abreu, reclamou do não cumprimento da legislação e a falta de fiscalização no Estado. O despreparo técnico também foi criticado pelo funcionário da Secretaria Estadual de Meio Ambiente Luciano Menezes. Agente florestal e guarda parque, empossado há um ano, ele lamentou não ter tido qualquer treinamento e também não ter condições para trabalhar. “Nunca entrei na Mata Atlântica”, declarou.

Para o ambientalista José Truda Palazzo Jr., da Rede Costeira Marinha, é “inconsebível” que os parques brasileiros dêem prejuízos e não lucro. “O Rio Camaquã, por exemplo, tem uma beleza cênica que pode sustentar o desenvolvimento do ecoturismo”, comentou Truda, sobre a importante área da Metade Sul.

A situação dramática dos parques e mesmo da Mata Atlântica faz parte do desmonte, “trágico e proposital, mantido pelo projeto político em andamento no Estado e à nível nacional, motivados pelo lucro”, queixou-se Sylvio Nogueira, integrante do Movimento em Defesa do Morro Santa Teresa. Para ele, somente a pressão da população mobilizada pode mudar esse rumo.

Uma atuação mais forte da sociedade e um apoio maior às “formiguinhas”, como são carinhosamente chamados os voluntários ambientais, foram defendidos por Marly Cuesta, representante do Rio Grande do Sul na Comissão Nacional dos Pontos de Cultura. “É preciso que os políticos apoiem o trabalho de quem atua nos bairros, com as crianças e famílias carentes”, destacou a líder comunitária.
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FONTE : Mercado Ético/OngCea

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