O Corpo de Bombeiros confirmou o desaparecimento de 200 pessoas após o rompimento da barragem em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Rejeitos de lama atingiram a cidade na tarde desta sexta-feira. Segundo os bombeiros, 51 oficiais e seis aeronaves estão empenhados no local. Os helicópteros estão realizando o resgate de inúmeras pessoas ilhadas em diversos pontos a todo momento.
Vários órgãos, principalmente de segurança pública, estão no local e em reunião neste momento definindo as estratégias de atendimento. O campo de futebol próximo ao local do rompimento está sendo utilizado como área de avaliação e triagem das vítimas para atendimento médico.
A barragem da Mina Feijão, administrada pela Vale, atingiu a cidade de Brumadinho e causou destruição. Aeronaves do Corpo de Bombeiros, Exército e Polícias Civil e Militar foram encaminhadas ao local para resgate e atendimento das vítimas.
Novo rompimento
Este é o segundo grande rompimento de barragem em Minas Gerais em pouco mais de três anos. Em novembro de 2015, uma barragem da mineradora Samarco se rompeu liberando rejeitos de mineração no ambiente e causou a morte de 19 pessoas. Além disso, comunidades foram destruídas e houve poluição da bacia do Rio Doce e devastação de vegetação.
Passados três anos, a Justiça Federal ainda ouve testemunhas no processo criminal que envolve a tragédia de Mariana. Entre os réus estão o então presidente da mineradora Samarco, Ricardo Vescovi, e o então diretor-geral de Operações da empresa, Kleber Terra. Também respondem pelo crime 11 integrantes do conselho de administração da empresa, que são representantes da Vale e da BHP Billiton. As duas mineradoras são acionistas da Samarco.
Ao todo, 21 são réus pelos crimes de inundação, desabamento, lesão corporal e homicídio com dolo eventual, que ocorre quando se assume o risco de matar sem se importar com o resultado da conduta. Um 22º réu responde por emissão de laudo enganoso. Trata-se de um engenheiro da empresa VogBr que assinou documento garantindo a estabilidade da barragem que se rompeu. A Samarco, a Vale, a BHP Billinton e a VogBR também são julgadas no processo.
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