Como a Envolverde vem alertando em seu noticiário, novamente São Paulo está sob risco de ter uma crise hídrica. Os primeiros sinais surgiram no verão pouco chuvoso e no outono praticamente seco que ainda está em vigor.
O nível de água do sistema Cantareira, principal manancial da região metropolitana de São Paulo, está em 45,8% sem considerar a reserva do chamado “volume morto”. Esse valor é um dos mais baixos que o registrado antes da crise de 2014 e 2015 e chama a atenção de especialistas. Registrar menos de 50% da capacidade antes da entrada oficial na temporada seca — entre junho e outubro –, está longe do cenário ideal. Em abril, o Cantareira recebeu um nível de chuva de 22,4 mm, quando a média para abril é de 86,6 mm, segundo medições da Sabesp.
Marco Aurélio Teixeira é especialista em técnicas de medição de água há mais de dez anos. Implantou o projeto de medidores individualizados de água homologado pela Sabesp em São Paulo, que já foi instalado em mais de 40 mil pontos na cidade.
O especialista também esclarece que faz parte da cultura do brasileiro que mora em grandes metrópoles sempre utilizar mais água do que o necessário. “De acordo com a ONU, cada pessoa necessita de 110 litros de água para consumo e higiene, porém no Brasil, o consumo ultrapassa 200 litros para cada pessoa. O desperdício é muito grande e, se os brasileiros conseguissem reduzir em 10% o consumo de água, o país economizaria cerca de R$1,3 bilhão em recursos”, garante.
Teixeira também dá consultoria de como economizar água. Por exemplo, qual tipo de chuveiro é ideal para cada tipo de família, quais as novas tecnologias que podem ser implantadas, quais hábitos devem ser mudados, a instalação de caldeira de água em prédios com aquecimento a gás e como um medidor individual é importante para entender o gasto de água. (#Envolverde)
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