País tem 340 cidades em situação de risco para dengue. Levantamento também mostra que 877 cidades estão em situação de alerta. Estudo serve para orientar ações de controle.
Foto: Anthony Érico Guimarães/Instituto Oswaldo Cruz.
Foto: Anthony Érico Guimarães/Instituto Oswaldo Cruz.

O ministro da Saúde brasileiro, Arthur Chioro, divulgou na última quinta-feira (12) o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), instrumento utilizado para orientar ações de controle da dengue e chikungunya. Os dados mostram que 340 municípios brasileiros estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias, 877 estão em alerta e 627 municípios apresentam índice satisfatório. A coletiva de divulgação dos dados contou com a presença do representante da Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil (OPAS), Joaquim Molina.
No total, 1.844 municípios brasileiros realizaram o levantamento de forma coordenada, entre janeiro e fevereiro deste ano, um significativo aumento na adesão de 26,38% em relação ao numero de municípios participantes do ano de 2014 (1.459 municípios).
O LIRAa é considerado um instrumento orientador das ações de controle da dengue e do chikungunya. O levantamento identifica as áreas com maior numero de focos de reprodução do mosquito transmissor das doenças (Aedes aegypti) fornecendo o Índice de Infestação Predial – porcentagem de imóveis que possuem criadouro com a larva do vetor – e os tipos de recipientes que caracterizam os criadouros.
Os indicadores resultantes da pesquisa fornecem informações qualificadas para atuação das prefeituras nas ações de prevenção e controle da dengue e do chikungunya, permitindo uma abordagem de enfrentamento multissetorial.
Compuseram a mesa da coletiva, além do ministro da Saúde e do representante da OPAS, a secretária substituta de Vigilância em Saúde, Sônia Brito; o secretário executivo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Jurandi Frutuoso; o representante do Conselho Nacional de Secretárias Municipais de Saúde (CONASEMS), Homero Nepomuceno Duarte; o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis, Cláudio Maierovitch Pessanha Henriques; e o coordenador-geral do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Evelim Coelho.
Durante a apresentação, Giovanini Evelin Coelho destacou a importância da cooperação técnica da OPAS no processo de ampliação da Rede Laboratorial do Chinkungunya. Além dos dados do LIRAa, foram apresentados dados epidemiológicos da dengue e chikungunya e ações do Ministério da Saúde de reforço ao enfrentamento dessas doenças. Um destaque foi a baixa no numero de óbitos por dengue nos últimos anos, apesar de um aumento no número de casos. Clique aqui para ver os casos notificados de dengue e aqui para os casos graves e óbitos por unidade da federação.
Neste contexto de enfrentamento da dengue e do chikungunya, a OPAS mantêm um Termo de Cooperação Técnica com o Ministério da Saúde visando à prevenção e controle no contexto da Estratégia de Gestão Integrada. Entre os objetivos específicos estão o fomento da implementação do manejo integrado de vetores nos estados e municípios e o fortalecimento da vigilância entomológica.
* Publicado originalmente no site ONU Brasil.
(ONU Brasil)