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segunda-feira, 17 de junho de 2013

PORTO ALEGRE : Extração ilegal de areia no Rio dos Sinos será investigada

Secretaria de Meio Ambiente de São Leopoldo apurou erosão causada pelo excesso na retirada do material


Bookmark and ShareA Secretaria de Meio Ambiente de São Leopoldo (Semamm), no Vale dos Sinos, instaurou processo administrativo que apontará penalidades para quem for flagrado retirando areia do Rio dos Sinos. A decisão foi adotada depois que um relatório identificou trechos de erosões nas margens das águas.

De acordo com o titular da Pasta, Henrique Prieto, em decorrência da extração excessiva de areia do leito, há danos à mata ciliar do manancial. “Fizemos quatro vistorias em uma extensão de 23 quilômetros do Sinos e constatamos a degradação da margem, a partir das erosões”, explica.

Uma reunião com as empresas que utilizam dragas no manancial deve ocorrer ainda nesta semana. O objetivo do encontro é delimitar como a atividade poderá ser realizada, sem prejudicar a margem do rio.

Prieto afirma que existem seis pontos críticos de erosão, do bairro Vicentina até a foz do rio, em Portão. “As dragas chegam muito próximo da margem nesta extensão e isso ocasiona a erosão”, salienta.

Atualmente, a retirada de areia é permitida em 10 quilômetros do Sinos, sendo que três quilômetros ficam na direção da cidade de Sapucaia do Sul e os outros sete no sentido de Novo Hamburgo. Cinco dragas têm autorização da prefeitura e da Fundação de Proteção ao Meio Ambiente (Fepam) para realizar as operações.

No último dia 7, uma das empresas licenciadas foi autuada, por meio de infração, porque extraía areia muito próximo da margem do rio. A companhia ainda dispõe de prazo para se manifestar, caso contrário, pagará multa, cujo valor pode variar de R$ 500 a R$ 2 mil.

O rio, que abrange 32 municípios, tem sido alvo de ações, como limpeza, plantio de mudas e educação ambiental com a comunidade. Toda vegetação ao longo dos cursos d’água, em largura mínima de 30 metros de cada lado, é considerada de preservação permanente. A mata ciliar protege o rio do acúmulo de resíduos, que, se não coletados, provocam seu assoreamento.

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Fonte: Stephany Sander / Correio do Povo

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