Especialista em economia criativa propõe uso mais racional e reaproveitamento de produtos como alternativa para mudar modelo de consumo predominante
Em evento realizado pelo Núcleo de Estudos do Futuro (NEF) da PUC/SP no último dia 31/10 que reuniu cerca de 60 participantes, Lala Deheinzelin, especialista mundial em economia criativa, destacou a necessidade de se modificar a lógica de produção e consumo que temos hoje para alcançar um futuro mais sustentável. Lala afirma que hoje carecemos de processos inteligentes para tornar o que já temos mais sustentável.
Um dos caminhos propostos pela especialista é o melhor uso ou reaproveitamento dos produtos e infraestrutura disponíveis. Por exemplo, no caso do transporte, nenhuma inovação será suficiente se o modelo não for modificado para priorizar a locomoção em vez da propriedade do automóvel. “Não precisamos ter um carro, precisamos usar um carro”, apontou. Já o problema habitacional das grandes cidades pode ser resolvido por meio de um melhor uso dos imóveis vazios, que nem sempre precisa estar atrelado à sua posse. “Não são as coisas que faltam. A questão não é mudar o produto, mas o processo”, analisou.
Até mesmo o tempo se encaixa na filosofia apontada por Lala, que entende o recurso como sendo “não-renovável” e de vital importância para a sustentabilidade no futuro. “Gastamos 1 trilhão de horas por ano assistindo à televisão no mundo e 100 milhões de horas somente em comerciais em um país como os EUA”, ilustrou. Para Lala, para trilhar um caminho de transformação para uma vida de mais bem-estar e com mais qualidade seria necessário repensar essa dinâmica, o que possibilitaria o uso do excedente de horas para atividades como o exercício da cidadania e a participação política, por exemplo.
Otimista, Lala concluiu afirmando que a sustentabilidade será inerente ao futuro: “Iremos viver a abolição do insustentável”. Ideias como cidades inteligentes, com sistemas de caronas e compras coletivas, aproveitamento da infraestrutura já existente nos espaços construídos e a popularização do uso de papel virtual serão realidade em alguns anos.
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FONTE : * Publicado originalmente no site Akatu.
Em evento realizado pelo Núcleo de Estudos do Futuro (NEF) da PUC/SP no último dia 31/10 que reuniu cerca de 60 participantes, Lala Deheinzelin, especialista mundial em economia criativa, destacou a necessidade de se modificar a lógica de produção e consumo que temos hoje para alcançar um futuro mais sustentável. Lala afirma que hoje carecemos de processos inteligentes para tornar o que já temos mais sustentável.
Um dos caminhos propostos pela especialista é o melhor uso ou reaproveitamento dos produtos e infraestrutura disponíveis. Por exemplo, no caso do transporte, nenhuma inovação será suficiente se o modelo não for modificado para priorizar a locomoção em vez da propriedade do automóvel. “Não precisamos ter um carro, precisamos usar um carro”, apontou. Já o problema habitacional das grandes cidades pode ser resolvido por meio de um melhor uso dos imóveis vazios, que nem sempre precisa estar atrelado à sua posse. “Não são as coisas que faltam. A questão não é mudar o produto, mas o processo”, analisou.
Até mesmo o tempo se encaixa na filosofia apontada por Lala, que entende o recurso como sendo “não-renovável” e de vital importância para a sustentabilidade no futuro. “Gastamos 1 trilhão de horas por ano assistindo à televisão no mundo e 100 milhões de horas somente em comerciais em um país como os EUA”, ilustrou. Para Lala, para trilhar um caminho de transformação para uma vida de mais bem-estar e com mais qualidade seria necessário repensar essa dinâmica, o que possibilitaria o uso do excedente de horas para atividades como o exercício da cidadania e a participação política, por exemplo.
Otimista, Lala concluiu afirmando que a sustentabilidade será inerente ao futuro: “Iremos viver a abolição do insustentável”. Ideias como cidades inteligentes, com sistemas de caronas e compras coletivas, aproveitamento da infraestrutura já existente nos espaços construídos e a popularização do uso de papel virtual serão realidade em alguns anos.
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FONTE : * Publicado originalmente no site Akatu.
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