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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

MANCHETES SOCIOAMBIENTAIS - 22/11/2012

Emissão de CO2 supera meta de 2020
As promessas da comunidade internacional de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa para conter o aumento de temperatura em até 2o.C não estão sendo cumpridas, advertiu ontem a ONU em um informe elaborado por 55 cientistas. O relatório mostra que o nível atual de emissões já está cerca de 14% acima do que deveria estar em 2020. Em vez de cair, as emissões aumentaram em torno de 20% desde o ano 2000. O aumento de 2o.C é o máximo, segundo os cientistas, para evitar que o sistema climático comece a produzir efeitos que acelerariam fortemente o aquecimento do planeta. Para alcançar esta meta, seria necessário que o planeta emitisse até 44 gigatoneladas (Gt) de CO2 equivalente por ano até 2020. Entretanto, atualmente são emitidas aproximadamente 50 Gt (1,6 Gt pelo Brasil) - OESP, 22/11, Vida, p.A26; O Globo, 22/11, Ciência, p.40.

Europa diz que já sofre efeitos do aquecimento global
Os efeitos das mudanças climáticas já são evidentes na Europa, e a situação deve piorar, segundo alerta da Agência Europeia do Ambiente (AEA). Em seu novo levantamento, a instituição demonstrou que a última década foi a mais quente desde o início da medição de temperaturas no continente. Também de acordo com o documento, o prejuízo causado por extremos climáticos está aumentando. O custo destes eventos pulou de US$ 8,4 bilhões nos anos 80 para US$ 15,6 bilhões na década passada. Os números serão anunciados na próxima semana, durante a 18ª Conferência do Clima, em Doha, no Qatar - O Globo, 22/11, Ciência, p.40.


Povos Indígenas

Governo estuda dar proteção a meninas indígenas do AM
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência estuda incluir no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte meninas indígenas que dizem ter vendido a virgindade. A análise foi anunciada após a ministra Maria do Rosário visitar anteontem São Gabriel da Cachoeira (AM), onde ouviu relatos. Ali vivem garotas que contam ter trocado a virgindade por R$ 20, celulares e roupas. Algumas dizem que foram ameaçadas. A Polícia Civil investiga o caso há um ano, mas ninguém foi preso. O programa de proteção transfere para outros locais jovens ameaçados com suas famílias - FSP, 22/11, Cotidiano, p.C6.

Procuradoria apura morte de índio em aldeia
O Ministério Público Federal de Mato Grosso e do Pará abriu investigação sobre o conflito ocorrido no dia 7 entre policiais federais e índios Munduruku da aldeia Teles Pires, entre o PA e MT, que terminou com um índio morto e oito pessoas feridas. Em ofício à PF, o MPF solicitou informações sobre a morte do índio e cópia dos áudios e vídeos gravados durante a ação policial e, também, que seja apresentada a relação dos participantes da operação - OESP, 22/11, Nacional, p.A12.

Índios: pesquisa Datafolha/CNA
"A Folha produziu reportagem sobre pesquisa Datafolha cujo título encaminhou para uma conclusão tendenciosa sobre os indígenas brasileiros: 'Índios estão integrados ao modo de vida urbano, afirma pesquisa' (Poder 2, 10/11). Não fosse pela entidade que encomendou a pesquisa, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a reportagem deixaria o leitor intrigado. É claro que a CNA quer ter e alardear dados 'oficiais' para que, justificadamente, se possam exterminar índios, tomar-lhes as terras, porque, de resto, eles não seriam mais índios. Na minha visão, a Folha pode, sim, servir a uma trama, para dizer o mínimo, ardilosa", carta de José Newton de Sousa Mendonça - FSP, 22/11, Painel do Leitor, p.A3.

Resposta do Datafolha
"A pesquisa é representativa e abrange 45 etnias indígenas. A exemplo de outros trabalhos do Datafolha, tem por objetivo dar voz à população estudada, mostrando seu cotidiano, problemas e expectativas, além de permitir a discussão do tema a partir de dados concretos", Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha - FSP, 22/11, Painel do Leitor, p.A3.


Geral

Justiça proíbe licença para usina no Pará
A licença ambiental para a construção da hidrelétrica de São Luiz de Tapajós no Pará não poderá ser concedida enquanto não for feita a consulta aos índios afetados (Munduruku), a avaliação ambiental integrada (AAI) e avaliação ambiental estratégica em toda a bacia dos rios Tapajós e Jamanxim. A decisão é do juiz federal da 2ª Vara de Santarém, que acolheu ação civil pública proposta pelo MPF. De acordo com a ação do MPF, o licenciamento é irregular porque foi iniciado sem a consulta prévia aos povos indígenas e ribeirinhos afetados e sem as avaliações ambientais integrada e estratégica, obrigatórias porque estão previstas outras seis grandes hidrelétricas na bacia do Tapajós. As avaliações ambientais são exigências do Ministério das Minas e Energia desde 2009, mas não foram feitas para as usinas do Tapajós - OESP, 22/11, Economia, p.B4; FSP, 22/11, Mercado, p.B4.

Anvisa: devassa no setor de agrotóxicos
Após denúncia do ex-gerente-geral da área de agrotóxicos sobre aprovação de seis produtos de forma irregular, a Anvisa anunciou uma devassa em todos os processos dessa área que ingressaram na agência desde 2008. Serão submetidos à auditoria 120 processos. Luiz Claudio Meirelles, ex-gerente de Toxicologia Anvisa, foi exonerado na semana passada, após denunciar irregularidades na autorização de liberação de agrotóxicos. A direção da Anvisa sugeriu que a auditoria seja estendida ao Ibama e ao Ministério da Agricultura, que também analisam e aprovam liberação de agrotóxicos - O Globo, 22/11, País, p.13.                
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FONTE : Manchetes Socioambientais, boletim de 22/11/2012.

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