Os desequilíbrios ambientais estão causando sérios problemas para a saúde dos europeus. Um a cada cinco mortos na Europa falecem por conta de doenças associadas ao meio ambiente. Na média, cada cidadão do Velho Continente perde 8,6 meses de expectativa de vida devido aos altos níveis de poluição do ar.
Esses dados alarmantes fazem parte do novo relatório “Desigualdades Ambientais e de Saúde da Europa” do Centro Europeu para o Meio Ambiente e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Um dos casos mais recentes ocorreu na última onda de frio que afetou a Europa no começo de fevereiro desse ano. Mais de 300 pessoas morreram na Ucrânia, Polônia, França e Itália devido às baixas temperaturas em todo o continente.
A porcentagem de mortes por doença devido a causas ambientais varia de acordo com o país, região do país e grupo social. Entre as variações do grupos sociais estão sexo, idade, renda, ocupação, emprego e educação. “Precisamos de ações preventivas hoje, para que as próximas gerações tenham um mundo saudável amanhã”, afirmou o Ministro da Saúde alemão, Daniel Bahr
Cerca de 80 milhões de cidadãos europeus vivem na pobreza de acordo com o relatório. As principais deficiências apontadas são as péssimas condições de moradia, que matam cem mil pessoas por ano no continente, a falta de aquecedores (indisponível para 16 milhões de europeus) e a carência de saneamento básico adequado.
Os 14 indicadores utilizados no estudo foram: abastecimento de água inadequado; falta de vasos sanitário com descarga; falta de uma banheira ou chuveiro; superlotação; umidade em casa; incapacidade de manter a casa adequadamente quente; acidentes de trabalho; acidentes no trânsito; intoxicações fatais; quedas fatais; exposição a ruídos em casa; falta de acesso a áreas verdes de lazer; exposição à fumaça em casa; e exposição à fumaça no trabalho.
EcoDebate, 16/02/2012
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