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terça-feira, 31 de maio de 2022
"O GRITO DO BICHO" - Boletim Informativo do dia 31.5.2022
Queridos leitores do Blog "O Grito do Bicho”
Publicamos matérias superinteressantes e selecionadas que levam vocês a terem conhecimento das questões ligadas aos animais e meio ambiente no mundo todo. Podem ler no nosso blog www.ogritodobicho3.com ou diretamente nos títulos abaixo.
• Uma semana sem o amor da minha vida... Saudades, Gudy querido
• 'Não vou abandonar': Moradores de rua rejeitam ir a abrigos sem seus cães
• Japonês gasta R$ 75 mil para se ‘transformar’ em cachorro
• Socorro a animais abandonados no Rio de Janeiro – RJ
• Protetores pedem para cuidar de cachorro doente, mas tutor optou pela eutanásia
• Mobilização resgata cães ilhados em áreas alagadas por cheia que dura 2 meses no sul do Amapá – AP
• Europa prestes a por fim à era do abate de animais para consumo de carne
• Brasil irá produzir córnea humana reconstruída para substituir testes de cosméticos em animais
• Presos suspeitos de tráfico de armas, caça ilegal e crueldade contra animais no RS
• Retrospectiva de 09 até 17/05/2022
• Plufl: a primeira cama de cachorros para humanos do mundo
• Em Belém, homem pula dentro de canal para resgatar gato e vídeo viraliza
• Vídeo de garoto balançando com força gato é alvo de denúncia - CE
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sheila moura
segunda-feira, 30 de maio de 2022
VOTAR, MAS EM POLÍTICAS PÚBLICAS - Dal Marcondes
Dal Marcondes –
Escrevi este texto em 2014 e, ao relê-lo hoje me dou conta de sua atualidade. Oito anos depois o Brasil encontra-se no mesmo dilema anterior à eleição de Dilma Roussef. Novamente as políticas públicas não encontram espaço na balança. O Brasil padece de preconceitos estruturais e de complexos que não permitem ampliar o diálogo em direção a um futuro menos desigual. Na época o texto foi publicado na revista Carta Capital, com quem a Envolverde manteve uma estreita parceria por mais de dez anos.
Boa leitura!
Nunca me filiei a nenhum partido político, justamente para ter independência em minhas opiniões e honestidade nas coisas que escrevo. Na eleição de 1989 o país teve opções das mais variadas para eleger o primeiro presidente da República pelo voto direto. O mandato era de cinco anos sem direito à reeleição. Eram candidatos Mário Covas (PSDB), Ulisses Guimarães (PMDB), Leonel Brizola (PDT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Paulo Bisol (PSB) e Fernando Collor de Mello (PRN). Todos os nomes eram conhecidos e tinham história na luta contra a ditadura e pela democratização do país, menos um, Collor.
Eu fiz à época minha escolha por Mario Covas, um político até então coerente com uma linha de social democracia de centro-esquerda. Para o segundo turno da eleição passaram Lula e Collor. A mídia fez sua escolha por Collor e a edição do debate entre os presidenciáveis feita pela Globo no Jornal Nacional tornou-se um case de estudos nos meios acadêmicos de jornalismo. A Veja, por sua vez, elevou Collor ao status de “salvador da pátria” com a Manchete “O Caçador de Marajás”. Outros veículos surfaram na mesma onda e Collor foi eleito.
Dois planos econômicos e um confisco da Poupança depois e com o país jogado em uma recessão, essas mesmas mídias decidiram que Collor “não servia” ao país. Houve o impeachment e ascendeu ao poder o vice Itamar Franco, que tentou fazer coisas importantes, mas foi sistematicamente ridicularizado pelos colegas jornalistas. Seu topete fez a festa entre os cartunistas. Itamar fez coisas importantes, quando defendeu a criação de “carros populares” a Volkswagen saiu com o ridículo relançamento do Fusca. A Fiat, mais atenta e solidária ao presidente mineiro, inovou. Lançou o Uno Mille, um carro moderno (para a época) e que revolucionou o conceito de carro de entrada no Brasil, assim como tirou a indústria automobilística de um marasmo de décadas. Itamar também lançou o Plano Real, erroneamente creditado ao ex-presidente Fernando Henrique, que apesar de ministro da Fazenda, é sociólogo e entende de economia tanto quanto a média dos bem informados. Os verdadeiros pais do Plano Real foram Edmar Bacha, Rubem Ricúpero, Ciro Gomes, Pedro Malam e Pérsio Arida, um grupo de estudiosos que buscou na âncora cambial e ajustes em preços relativos a estabilidade monetária.
Após o final do mandato de Itamar veio Fernando Henrique Cardoso, eleito em uma aliança com o Partido da Frente Liberal (PFL), partido sucessor da ARENA (Aliança Renovadora Nacional), base política civil que sustentou a ditadura militar desde 1964. Quando o PSDB se aliou naquele momento à elite do coronelato nordestino morreu o sonho da social democracia. Fernando Henrique foi eleito para um mandato de cinco anos, sem direito à reeleição. Durante seu primeiro mandato o presidente Fernando Henrique e boa parte de seu staf saiu a campo para conseguir uma mudança constitucional e estabelecer a reeleição para cargos majoritários, ou seja, presidente da República, governadores de Estado e prefeitos.
A história desse período está impressa em jornais e livros e os custos dessa reeleição em termos de dinheiro e corrupção de deputados rendeu manchetes nos principais jornais brasileiros. Na época muitos setores da economia brasileira eram estatais (e eu sou um dos que acredita que os serviços privatizados são melhores hoje) e foram privatizados em favor de empresas nacionais e multinacionais. Nada de errado nisso, mas há um ponto nunca explicado: onde e em que foi aplicado o dinheiro obtido na venda das empresas do Grupo Telebras, do Grupo Siderbras e tantas outras? Por que nunca foi apresentado um balanço dos valores reais das vendas e um descritivo minucioso de onde o dinheiro foi aplicado?
O PSDB se perdeu quando se aliou ao PFL, hoje conhecido como DEM. A democracia não pode ser construída sobre a demagogia de políticos que se perpetuam no poder, seja ele exercido por militares de direita, sociólogos de centro ou de sindicalistas de esquerda.
A opção de reeleição não foi feita pelos atuais governantes, e sim é uma herança de ambições antigas. Agora é constitucional, os eleitores podem reeleger e os políticos se aferram a isso. Um velho dizer da política: “o poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente”. Não é possível voltar atrás com essa questão da reeleição, assim como não é possível, pelo menos nessa geração, retomar o debate sobre o parlamentarismo, emenda derrotada em plebiscito em que Fernando Henrique também renegou vocação por um regime baseado em uma estrutura de poder mais flexível, com um primeiro ministro, forma de governo que defendeu antes de se tornar presidente.
Quando Lula foi eleito presidente da República a diferença factual não foi haver ou deixar de haver corrupção. FHC teve Sergio Mota, o trator que cuidou para que a reeleição fosse um fato e Lula teve José Dirceu, que garantiu a aprovação das políticas do PT no Congresso. Qual a real diferença entre os dois?
A real diferença entre os governos FHC e Lula/Dilma está na dimensão dos avanços econômicos e sociais, dos números do desempenho da economia, da redução da desigualdade, da construção de universidades e da oferta de políticas públicas para populações até então excluídas. Os sistemas de bolsas sociais foram criados para alavancar transformações na sociedade, não para eleger ou reeleger políticos. Infelizmente os benefícios para a sociedade são enegrecidos por uma visão estreita de setores da sociedade brasileira que enxergam políticas partidárias em todas as políticas públicas. E é bom lembrar aqui que essas políticas começaram no mandato de FHC sob a inspiração de dona Ruth Cardoso.
Não há diferença entre os políticos que apoiam o governo A ou o governo B, o que é uma infelicidade para o país. Qual a diferença entre políticos que receberam o mensalão e os antigos “anões do orçamento”, políticos que nos anos 80/90 se apoderaram da Comissão de Orçamento da Câmara Federal para vender emendas e roubar o dinheiro público? A diferença real é que nenhum anão foi preso.
Dentro de poucos meses haverá uma eleição para Presidente da República, governadores de Estado e deputados estaduais e federais. Tudo o que se está fazendo nas mídias e nas redes sociais é jogar um uma partida de preto ou branco, como se santos e demônios estivessem empunhando armas em um tabuleiro. Não sei você leitor, mas quanto aos demônios, tenho certeza, em relação a santos, não tenho visto muitos nestes quase 60 anos de vida no Brasil ou neste planeta.
É preciso colocar sobre a mesa as políticas públicas! O que queremos ser enquanto país, enquanto estado e enquanto cidade? Há uma confluência de crises assolando o mundo, o Brasil e as grandes cidades em quase todos os Estados. Crise climática global, crise do modelo políticos brasileiro, crise no modelo econômico baseado no consumo como vetor de desenvolvimento, crise nos serviços públicos das cidades… a lista é infinita.
O economista Ladislau Dowbor, um dos principais pensadores de uma economia de alto impacto social e baixo impacto ambiental, costuma dizer que estamos em uma crise de um modelo econômico que tende a se autoperpetuar. “É preciso que paremos de pensar que a economia pode ter um crescimento infinito em um ecossistema finito”, diz ele, e completa: “O único paralelo na natureza de um sistema que cresce até esgotar os recursos e morrer, é o câncer”.
Parece que os partidos políticos não respondem mais aos anseios de uma sociedade que está dividida. No entanto não há ainda uma alternativa posta a este modelo de representação política. Acredito que se, enquanto sociedade, dedicarmos mais tempo a pensar em soluções e em fazer avaliações coerentes das políticas públicas, ao invés de nos jogarmos de cabeça em um destrutivo jogo de acusações, na maioria simplesmente reproduzindo como fantoches coisas que lemos ou assistimos, teremos a chance de fazer das próximas eleições um passo relevante para o processo civilizatório brasileiro.
Cada fragmento que se formou na sociedade brasileira se comporta como se sua opinião fosse a única a valer. No entanto, o que realmente vale é retomar a construção do futuro do Brasil de forma coerente com as necessidades das atuais e das futuras gerações.
O conflito político é inerente à organização humana, não haverá um tempo sem ele. A história da humanidade e do Brasil, ano a ano, é uma sucessão de crises políticas cruciais. A deste tempo não é maior nem menor do que as crises de outros tempos. Em cada período da história, brasileiros buscaram fazer algo para superar as crises e garantir a existência do amanhã.
Meu pai comentava a crise que levou ao suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, dois anos antes de eu nascer. O país dividido e as mídias envolvidas em um jogo de preto ou branco. A morte de Getúlio dearticulou o golpe militar que estava por um fio. Café Filho e Juscelino Kubitschek conseguiram empurrar a crise por algum tempo, mas viveram tampos tumultuados. Jânio Quadros e João Goulart retomaram a crise. A renúncia de Jânio lançou o país na insegurança institucional, um golpe branco foi tentado com a nomeação de Tancredo Neves como primeiro-ministro, não deu certo, Goulart reassumiu seus direitos presidencialistas e o Golpe militar veio em 1964.
Um país cindido em preto ou branco apenas interessa àqueles que não acreditam na institucionalidade do voto e na segurança do Estado de Direito. Cabe à geração de eleitores de outubro de 2013 fazer sua parte, não em um jogo de inimigos, mas em um tabuleiro de possibilidades, de estratégias e de sonhos. Todas as gerações têm suas utopias e é preciso que esta geração volte a acreditar em um futuro onde as pessoas possam viver com qualidade. (Envolverde)
* Dal Marcondes é jornalista especializado em jornalismo econômico e ambiental, diretor e editor responsável da Agência Envolverde. Mestre em modelagem de negócios em jornalismo digital (ESPM). É presidente da Rede de Jornalismo Ambiental, Jornalista Amigo da Criança pela Agência ANDI, conselheiro de diversas organizações sociais e membro do Conselho de Especialistas em Sustentabilidade do Centro Sebrae de Sustentabilidade.
domingo, 29 de maio de 2022
Neoenergia destina cerca de R$ 29 milhões a programas de eficiência energética no país
Comunidades populares e instituições foram beneficiadas com trocas de lâmpadas por led, descontos na conta de luz e capacitação sobre consumo consciente de energia
Iluminação pública mais moderna; melhorias nas instalações elétricas de prédios comerciais, unidades industriais e de saneamento urbano; troca de lâmpadas; descontos na conta de luz; e até instalação de placas solares em organizações sociais. Com investimentos em torno de R$ 29 milhões no primeiro trimestre de 2022, as ações do Programa de Eficiência Energética da Neoenergia contribuíram para a melhoria da qualidade de vida de comunidades populares e do funcionamento de instituições nas regiões brasileiras onde a companhia atua em distribuição.
“Temos o compromisso de promover o uso eficiente de energia elétrica no país por meio de novas tecnologias e de equipamentos adequados, levando bem-estar às pessoas e desenvolvimento para diversas regiões. Estamos também seguindo uma das nossas premissas mais fortes, a conscientização ambiental: proporcionar o hábito aos consumidores de consumo consciente e de combate às mudanças climáticas”, afirma Ana Christina Mascarenhas, gerente de Eficiência Energética da Neoenergia.
Entre os resultados alcançados pelo programa na Bahia, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo, destacam-se a troca de cerca de 325 mil lâmpadas pelas do tipo LED; substituição de mais de 1.300 geladeiras e instalação de 232 sistemas solares, totalizando 1,4 MWp. Os refrigeradores novos foram entregues a famílias afetadas pelas chuvas, no extremo Sul da Bahia no fim do ano passado. No Distrito Federal, geladeiras antigas cederam lugar a 15 câmaras de vacina para melhoria do atendimento durante a vacinação contra Covid-19.
Em particular, o projeto Neoenergia Solar concedeu desconto de 50% para instalação de energia solar em 223 residências na Bahia, Pernambuco e São Paulo, totalizando 862 kWp instalados, além da troca de 453 lâmpadas dos clientes por LED. Já o projeto Vale Luz, que troca resíduos sólidos por desconto na conta de energia, reciclou mais de 380 toneladas de resíduos e garantiu o desconto de mais de R$ 166 mil na conta de luz de mais de 8 mil consumidores, nas três distribuidoras do Nordeste.
A iniciativa da Neoenergia também ajudou na melhoria da eficiência de energia em 331 prédios públicos e assistenciais, como escolas públicas, unidades de saúde (hospitais e postos médicos) e instituições filantrópicas nas áreas de concessão das distribuidoras. Os investimentos contribuem ainda para o desenvolvimento dos municípios e possibilitam uma economia na conta de energia dessas instituições atendidas.
O programa também é direcionado a outras ações para a conscientização de boas práticas do uso da energia. A execução de projetos educativos estimulou o consumo eficiente em residência, ajudou no combate ao desperdício e na promoção de dicas de segurança em escolas públicas. Com aulas a distância e práticas presenciais, foram capacitados mais de 2,3 mil professores e mais de 124,4 mil alunos das áreas de concessão das distribuidoras sobre o tema de uso eficiente da energia elétrica.
SOBRE A NEOENERGIA: Companhia de capital aberto com ações (NEOE3) negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo. Parte do grupo espanhol Iberdrola, a empresa atua no Brasil desde 1997, sendo atualmente uma das líderes do setor elétrico do país. Presente em 18 estados e no Distrito Federal, seus negócios estão divididos nas áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização. As suas distribuidoras, Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Cosern (RN), Neoenergia Elektro (SP/MS) e Neoenergia Brasília (DF) atendem a mais de 15 milhões de clientes, o equivalente a uma população superior a 37 milhões de pessoas.
A Neoenergia possui 4 GW de capacidade instalada em geração, sendo 88% de energia renovável, e está implementando mais 0,7 GW com a construção de novos parques eólicos e solar. Em transmissão, são 2,3 mil km de linhas em operação e 4,3 mil km em construção. Por meio do Instituto Neoenergia, fomenta o desenvolvimento sustentável a partir de ações socioambientais e, assim, contribui para a melhoria da qualidade de vida das comunidades onde a empresa atua, sobretudo, pessoas mais vulneráveis, visando sempre pelo desenvolvimento sustentável. A companhia é a primeira empresa no País a patrocinar exclusivamente a Seleção Brasileira de Futebol Feminino, dando nome à competição nacional, que passa a se chamar Brasileirão Feminino Neoenergia. Desde janeiro de 2021, integra a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão – que reúne companhias que possuem as melhores práticas de governança e sustentabilidade corporativa.4
#Envolverde
sábado, 28 de maio de 2022
"O GRITO DO BICHO" - Boletim Informativo do dia 28.5.2022
Queridos leitores do Blog "O Grito do Bicho”
Publicamos matérias superinteressantes e selecionadas que levam vocês a terem conhecimento das questões ligadas aos animais e meio ambiente no mundo todo. Podem ler no nosso blog www.ogritodobicho3.com ou diretamente nos títulos abaixo.
• Cachorro é resgatado ferido e nadando sozinho no mar de Vitória (ES)
• Polícia encontra 25 animais em situação de maus-tratos em Pato Branco (PR)
• Câmera registra homem atirando rojão contra cachorro em Cascavel (PR)
• Pele de burro vendida criminosamente em redes sociais
• Elefantas que viveram 2 décadas em ecoparque na Argentina chegam ao santuário em MT onde vão viver na natureza
• Pets agora “batem ponto” em empresas que incentivam presença de animais no trabalho
• Mulher é flagrada chutando cachorrinho e é denunciada em Presidente Figueiredo (AM)
• Filhote de onça é resgatado após ser encontrado por morador dentro casa em Tapira (PR)
• Família procura por gata idosa levada por casal enquanto descansava em calçada: 'deve estar desesperada'
• Girafinha de zoo de San Diego com problema nas pernas ganha aparelho ortopédico especial
• Vira-lata ‘mascote’ de emissora de rádio é atacado por pit bull ao defender funcionária grávida
• Brasileira na China relata temor de contrair Covid e ser separada dos seus cães e levada para isolamento
• ‘Eu os salvei, mas, em troca, eles me salvaram’: ucraniana que permaneceu em Bucha resgatou centenas de animais
• Confiram as ultimas postagens do mês
• Projeto sugere criação de canis em presídios para detentos trabalharem cuidando de animais abandonados, no Ceará
• Wrinkle the Duck corre outra maratona e desta vez ganha uma medalha
• Homem é preso por maus tratos a animais em Porteirinha - MG
• Abrigo de mais 2 mil gatos e cachorros, SUIPA pode fechar as portas
• STJ suspende aplicação da lei que proíbe fogos de artifício no DF
• Megaoperação transfere duas elefantas da Argentina para santuário no Brasil
• Guarda compartilhada de pets é realidade em separações e pode dar certo
• Com desmate recorde, Amazônia supera mil km2 de destruição em abril pela 1ª vez
• Projeto científico junta arte com recifes de coral ameaçados
• Animais explorados em laboratório são condenados a uma vida de escravidão
• Polícia Civil resgata animais em fazenda vítimas de maus-tratos em SC
• Família de casal achado morto coloca 35 gatos para adoção em Santa Bárbara (SP)
• Búfalas de Brotas: 60 filhotes nasceram e animais vão para santuário
• Gato preto é amor!
• Veterinário dá dicas para proteger gato preto na sexta-feira 13 e ajuda a desmitificar preconceitos
• Mulher é flagrada chutando filhote de cachorro e é denunciada no interior do AM
• Rio: moradores alimentam jacarés no Recreio e até fazem carinho
• Após a pandemia, cães também voltam aos escritórios no Canadá
• Bichinhos adoráveis? Veja o lado 'cruel' de animais como golfinhos e pandas
• Cavalo fica pendurado em carroça por excesso de carga no interior do Ceará
• Elefantas atravessam a fronteira da Argentina com o Brasil e mobilizam forças de segurança
• Bombeiros resgatam cachorro jogado de ponte em Guarapari (ES)
• Casal de idosos é resgatado de incêndio após cachorro alertar cuidadora na Bahia: 'Bob foi um herói'
• Sonar e explosivo: como golfinhos treinados na Rússia viram arma de guerra
• Ucrânia: gato recebe oxigênio e é salvo ao ficar preso em incêndio
• Chile estuda acabar com sofrimento de animais em esportes
• Exploração da carne de jumento se torna alvo de disputa jurídica
• Seis meses após morte de três animais, girafas importadas da África seguem em galpão de resort
• Mulher que foi flagrada abandonando gato em rua vai responder processo administrativo
• Ministério Público investiga abandono de cães em rua deserta em Caeté (MG)
• Justiça determina que empresa pague passagem de tutor e de cachorro, que foi impedido de viajar com o dono
• Projeto propõe a criação de delegacia especializada em proteção animal no Mato Grosso
• Ucraniana de 77 anos arrisca a vida para cuidar de 700 animais em abrigo
• Florianópolis (SC) ganha projeto contra o abandono de animais
• A situação da SUIPA é dramática. A solução depende de todos.
• Organizadores de vaquejada são detidos por realizarem provas com animais após proibição da Justiça
• Homem é preso suspeito de dar marteladas na cabeça do próprio cachorro
• ‘É incabível que empresas aéreas considerem os animais como objetos’, diz juiz
• ONG denuncia maus-tratos e aumento de abandono de gatos no Aterro do Flamengo - RJ
• Tamanduá-mirim atacado por cães é salvo por moradores em Cajazeiras (PB)
• Uma nova realidade da pandemia no Brasil: animais selvagens infectados com coronavírus
• Dia das Mães
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sheila moura
TURISMO REGENERATIVO DA MATA ATLÂNTICA
No Dia da Mata Atlântica, conheça três destinos para realizar uma viagem regenerativa no bioma brasileiro
No dia 27 de maio é celebrado o Dia Nacional da Mata Atlântica, bioma que é considerado o mais ameaçado do país. Restando apenas 12,4% da floresta que existia originalmente*, a data busca conscientizar a população sobre a necessidade de proteger e recuperar o bioma brasileiro.
O turismo sustentável tem ganhado destaque com a retomada das viagens, após dois anos de pandemia. O termo ligado à preservação integra boas práticas de proteção ambiental e promove melhorias em uma área, local ou destino através das atividades turísticas.
Dentro dessa categoria está o turismo regenerativo que, além das noções de sustentabilidade, visa promover o envolvimento social, econômico e cultural, do viajante ao empreendedor.
A Mata Atlântica brasileira se estende por 17 estados do país* e oferece muitos destinos para viagens regenerativas.
O que é turismo regenerativo?
A proposta do turismo regenerativo é associar recuperação, resgate e regeneração dos efeitos negativos causados nos ambientes, culturas e indivíduos durante a viagem.
Valorizar os processos e relacionamentos em comunidade, promover a sabedoria coletiva, evoluir em conjunto com o meio ambiente, colocar a natureza no centro das ações e envolver toda a cadeia turística são alguns dos princípios do roteiro turístico regenerativo.
Turismo regenerativo na Mata Atlântica
A Chapada Diamantina, na Bahia, agrega a vegetação da Mata Atlântica, além da Caatinga e do Cerrado
Comuna de Ibitipoca (MG)
A Comuna de Ibitipoca teve início com a compra da Fazenda do Engenho, em 1984. O projeto socioambiental possui mais de 5 mil hectares e se estende pelos municípios mineiros de Lima Duarte, Bias Fortes e Santa Rita do Ibitipoca.
A propriedade é uma área de Mata Atlântica de recuperação da fauna e da flora, e atua como um cinturão de proteção ao Parque Estadual do Ibitipoca, em Minas Gerais. Alinhada aos valores sustentáveis e regenerativos, a Comuna trabalha com o resgate da cultura regional e da fomentação do empreendedorismo dos moradores.
O turista pode ficar hospedado na sede do projeto ou garantir uma acomodação na cidade de Juiz de Fora, localizada a 85 km de Ibitipoca. O Victory Business Hotel e o Nobile Express Juiz de Fora ficam próximos ao Aeroporto Regional Tancredo Neves, e a menos de 7 km da propriedade.
Turismo regenerativo na Mata Atlântica
Instituto Terra Luminous (SP)
O Instituto Terra Luminous é uma unidade de conservação ambiental que permite o contato com a vida selvagem em plena Mata Atlântica. A propriedade fica localizada em Juquitiba, a cerca de 70 km da capital de São Paulo.
Além disso, o programa de Ecovilas do Instituto Terra Luminous oferece cursos e consultorias para o desenvolvimento de comunidades rurais voltadas ao cuidado de pessoas e proteção de áreas ecológicas importantes.
Quando um visitante se torna apoiador do projeto, uma muda de Palmeira Juçara, espécie nativa em extinção do bioma, é plantada para celebrar.
O viajante pode se hospedar no local ou aderir ao sistema Day Use e passar a noite na capital paulista para conhecer a cidade de São Paulo. Os hotéis Staybridge Suites e Ibis São Paulo Paulista ficam localizados a menos de 10 km do Aeroporto de Congonhas.
#Envolverde
Reflexão sobre a necessária proteção da Mata Atlântica
Por Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno e Camila Schlodtmann –
O Dia Nacional da Mata Atlântica, 27 de maio, é uma data instituída pelo Decreto Presidencial de 21 de setembro de 1999, criado com o intuito de conscientizar a população sobre a preservação e proteção da Mata Atlântica.
Esse bioma é um dos mais ricos em biodiversidade e um dos mais ameaçados do planeta. Está presente tanto na região litorânea, como nos planaltos e serras do interior, correspondendo a aproximadamente 15% do território nacional, passando por 17 estados, concentrando 70% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Sua riqueza se deve aos altos níveis de endemismo: por volta de 20 mil espécies vegetais existem no território, 850 espécies de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 espécies de peixes habitam a região. Além disso, encontram-se nesse bioma inúmeras nascentes de rio que atuam no fluxo dos mananciais hídricos, assegurando a fertilidade do solo, além de minimizar as mudanças climáticas globais, influenciando, por consequência,a vida de mais de 70% da população brasileira que vive em seu domínio.
Ante o crescimento populacional e a exploração irracional, criou-se aparatos legislativos objetivando preservar a Mata Atlântica. A Constituição Federal de 1988 reconhece a sua importância ambiental e social ao categorizá-la como Patrimônio Nacional, conforme dispõe o §4º, do artigo 225.
Em 1965, surge a Lei Federal n. 4.771/1965, sendo revogada pela Lei n. 12.651/2012, atualmente conhecida como Código Florestal, a qual estabelece normas gerais para proteção da vegetação e assuntos correlatos. Não obstante, a Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n. 6.938/1981), dispõe normas que visam garantir o desenvolvimento socioeconômico e a proteção ambiental.
Todavia, a fim de conceder um maior amparo ao Bioma Mata Atlântica, entra em vigor a Lei n. 11.428/2006, responsável por deliberar sobre a utilização e proteção da vegetação nativa desse conjunto de ecossistemas e, posteriormente, o Decreto 6.660/2008, que regulamenta a referida Lei.
Nesse sentido, ao olharmos pela perspectiva do Direito Ambiental, vislumbra-se que o Código Florestal de 2012 e a Política Nacional do Meio Ambiente são normas gerais e, consequentemente, menos protetivas do que a Lei da Mata Atlântica.
A Lei da Mata Atlântica regulamenta a proteção e uso da biodiversidade e recursos para todo o território de abrangência dessa floresta. Seu objetivo principal é assegurar direitos e deveres dos cidadãos e de órgãos públicos no que se refere à exploração consciente dos recursos desse bioma, considerando critérios sustentáveis, para não prejudicar os ecossistemas que fazem parte da biodiversidade da floresta.
Além da proteção legislativa que se dá a esse bem jurídico relevante, deve-se contemplar formas inovadoras de incentivos para a conservação e uso sustentável da biodiversidade, sendo de extrema relevância para se garantir uma sadia qualidade de vida para a nossa e as futuras gerações. Essa proteção se torna ainda mais premente pelo fato de que atualmente restam apenas 12,4% da floresta que existia originalmente. Sendo assim, é fundamental que se articulem ações para a recuperação da mata, proteção das espécies e medidas para redução da falta de água, sendo possível a coexistência da preservação ambiental e do desenvolvimento humano.
*Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno é advogada especialista em Direito Ambiental e Regulatório.
*Camila Schlodtmann é advogada especialista em Direito Ambiental e Regulatório do escritório Renata Franco.
#Envolverde
sexta-feira, 27 de maio de 2022
O Brasil não precisa da educação domiciliar (homeschooling)
O Brasil não precisa da educação domiciliar (homeschooling), artigo Francisco Borges
O projeto de lei que regula o chamado homeschooling nada mais é que uma pauta histórica de grupos religiosos e ideológicos
A Câmara terminou de analisar nesta semana o projeto de lei que regulamenta a prática da educação domiciliar, ou homeschooling, no Brasil. O texto, que agora segue para o Senado, muda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação para incluir a possibilidade de pais serem os responsáveis centrais pelo ensino dos filhos, sem necessidade de frequentar a escola. O tema é considerado prioridade do governo Bolsonaro, apesar do aumento dos desafios da alfabetização durante a pandemia. E, sem o crivo da Comissão de Educação, onde poderia e deveria haver um aprofundamento da discussão.
Uma análise é necessária se for levada em conta que o projeto altera dispositivos da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional; e da Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente
Levantamento do Todos pela Educação mostra que, entre 2019 e 2021, aumentou 66,3% o total de crianças de 6 e 7 anos no Brasil que, segundo os responsáveis, não sabem ler nem escrever. O número subiu de 1,4 milhão, em 2019, para 2,4 milhões, em 2021. O percentual de crianças de 6 e 7 anos que não foram alfabetizadas passou de 25,1%, em 2019, para 40,8%, em 2021. Em 2020 e 2021, houve um aumento expressivo na taxa, que alcançou os maiores valores em dez anos de acompanhamento.
Se o necessário isolamento tivesse realmente melhorado o desempenho desse indicador o debate até poderia ser viável. Mas o projeto de lei que regula o chamado homeschooling nada mais é que uma pauta histórica de grupos religiosos e ideológicos. Por isso, a pergunta que deve ser feita é se este deve ser o foco de formulação de uma política pública. E especialistas são unânimes em responder que não.
Num país em que o modelo de ensino é sempre tido como único e as diferenças de ofertas são marginais, é fazer o rabo balançar o cachorro. Deixa-se de lado o debate principal que envolve a busca pelo melhor modelo educacional para só depois replicá-lo na rede pública e privada.
Outro ponto que coloca o homeschooling em xeque é que são pouquíssimas as famílias que estariam preparadas para deixar os seus filhos fora da escola a fim de lhes dar uma formação melhor em casa. A realidade de uma parte significativa dos estudantes é a de que muitos vão para a escola porque não têm com quem ficar no período em que os pais precisam trabalhar.
Nos casos em que existe a possibilidade de um dos pais ou algum responsável dedicar tempo de acompanhamento do processo de aprendizado dos filhos ou tutelados, a proposta pode fazer sentido e ser significativa. Mas é fato que o tempo para isso é escasso devido à rotina de atividades domésticas dos responsáveis. E há de se ter também, além de horas disponíveis, condições intelectuais.
Não é à toa que a maior queixa das escolas de educação básica é a de que os pais entregaram para as escolas o papel de educar, de orientar o bem e o mal, e de preparar para a realidade da vida. O que vai muito além de transferir conhecimento.
Embora hoje o conteúdo seja commodity e muitos professores se formem com escancarada defasagem no processo pedagógico, os recursos coletivos de que as escolas dispõem possibilitam troca de informações com outros alunos da mesma faixa etária e uma formação que os prepara para conviver com cidadãos diferentes, para lidarem com a diversidade do mundo. É algo que vai além do preparo para o mercado de trabalho ou para a interpretação de texto.
Por isso, debater homeschooling é tornar a exceção o tema central. Não estamos preparados socialmente, financeiramente e intelectualmente para lidar com isso. As novas metodologias, os recursos tecnológicos de apoio e o material didático não dão conta de substituir a orientação do professor e a idealização do cidadão presente.
*Francisco Borges é mestre em Política Pública de Ensino e consultor da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT).
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 25/05/2022
Por mais invenções ecológicas e produtos sustentáveis
Por mais invenções ecológicas e produtos sustentáveis, artigo de Berenice Gehlen Adams
Fato é que precisamos de mais inventos, bem como novas tecnologias e produtos que sejam – comprovadamente – sustentáveis e que estejam à disposição de todos
Periodicamente nos alegramos quando acessamos informações que tratam de inventos chamados “ecológicos”, dos mais variados tipos, que possam trazer algum alívio ao planeta quanto à questão do lixo, poluição, energia, qualidade ambiental. Porém, algumas destas notícias apresentam, apenas, o lançamento destas ideias inovadoras, e não temos conhecimento se elas estão, ou não, sendo colocadas em prática.
O que se percebe é que não há interesse de investir em tecnologias que sejam menos agressivas, ou em produtos que são menos nocivos, tanto à saúde quanto ao ambiente – pelos modos de produção, consumo e descarte das embalagens -, pela lógica do mercado capitalista. Para esta lógica, o que vale é a obsolescência dos produtos e as facilidades de seguir produzindo cada vez mais, com eficiência e lucratividade.
No dia a dia, pela percepção do que encontramos nas prateleiras, do que vemos ao circular pelas cidades, dos produtos que são anunciados nas mais diversas mídias eletrônicas e impressas, podemos concluir que muitos destes maravilhosos inventos, ou ficam disponíveis para um universo muito pequeno de pessoas – que normalmente têm um bom poder aquisitivo -, ou acabam sendo engavetados.
Um levantamento sobre notícias e matérias que apresentam invenções que minimizam os impactos ambientais, veiculadas ao longo das últimas décadas – algumas bem recentes – , pode nos apontar que uma luz no fim do túnel da sustentabilidade começa a brilhar, mesmo que timidamente.
O levantamento realizado em alguns websites que tratam deste assunto (após cada listagem se apresenta o link para a devida fonte), aponta os seguintes produtos:
– Pranchas de surf feitas com redes de pesca abandonadas – A empresa chilena BUREO foi fundada por três amigos. Eles fabricam pranchas de surf sem plástico com matéria prima secundária abundante no mar: redes de pesca. Eles também fazem óculos de sol, camisetas e outros produtos ecológicos.
– Cortina de ducha sustentável – Essa cortina inflável se chama Spiky. Você tem 4 minutos para tomar banho, depois ela vai te assustar e empurrar. Isso é importante para evitar o desperdício de água.
– Cozinhas solares – Com o Cozinhas Solares Internacional você pode cozinhar apenas com a luz do sol.
– Móveis ecológicos – A empresa alemã Manufract fabrica móveis a partir de peças de madeira quebradas, usando uma resina ecológica para fixar a forma final. Hoje, muitos artesãos fazem o mesmo e apresentam móveis muito bonitos.
– Lar com baixo consumo de energia – A Ecocápsula é uma casa compacta de baixo consumo de energia para adultos. Ela é alimentada por meio de uma turbina eólica e painéis solares.
– Plástico / Não plástico – O ágar é uma espécie de plástico natural alternativo ao plástico sintético. Esse material pode ser usado em muitas embalagens.
– Dispositivo para economizar água – O Altered é um dispositivo colocado em torneiras. Ele ajuda a economizar 98% de água na hora de lavar as mãos e escovar os dentes.
– Sistema de reciclagem de resíduos orgânicos – O Homebiogas é um sistema para reciclar alimentos e outros resíduos orgânicos. Além disso, ele gera energia limpa.
– Bolsa inteligente – A PaqSule é uma bolsa inteligente com um sistema de auto-refrigeração, desodorização e desinfecção. Você pode ativar o ciclo especial livre de químicos pressionando um botão na bolsa ou no seu smartphone. Com a PaqSule você pode manter a sua bolsa limpa e livre de germes.
– Cesta de lixo inteligente – A TetraBIN é uma cesta de lixo com uma superfície interativa que dá ao usuário pontos como prêmio por cada artigo jogado no lixo, desde que com a correta destinação. Toda a superfície interna está equipada com sensores de movimento. Quando o lixo entra no cesto, uma coxa de galinha aparece no painel exterior, e ela é jogada para a boca de um cachorro faminto. O objetivo é motivar as pessoas a usarem os cestos de lixo.
Fonte: https://bitlybr.com/yJEdvXHR
– Embalagem feita a partir de fungos – Se o exemplo anterior te fez pensar na quantidade de garrafas e copos de plástico que utilizamos só para o consumo de água, pense agora na variedade de embalagens que são feitas do mesmo material e com os mais diversos fins. Ainda que o plástico possa ser reciclado, já sabemos que nem todos os países e cidades do mundo possuem essa cultura ou contam com sistemas capazes de lidar com o volume de lixo produzido. Por isso, a Ecovative se destaca por apostar no uso de materiais biodegradáveis para a produção de diversos produtos. Dentre eles, embalagens feitas a partir da combinação de fungos e subprodutos agrícolas. A empresa ainda oferece materiais para um “faça você mesmo” ou, como referem, “grow it yourself”. No inglês, a prática remete à ideia de fazer com que os fungos se desenvolvam e se transformem no material desejado.
– Sistema de fotossíntese artificial – Desde crianças, aprendemos que as árvores e plantas estão entre os seres responsáveis pela purificação do ar do planeta. E isso acontece por meio da fotossíntese. Com o passar dos anos e o crescimento das sociedades, muitas áreas verdes simplesmente deixaram de existir e, por isso, um sistema de fotossíntese artificial aparece como uma solução tão promissora. Cientistas da Universidade Estadual da Flórida encontraram um meio de transformar gases poluentes em ar puro, o que pode contribuir para a redução dos gases responsáveis pelo efeito estufa e pelas mudanças climáticas. Além disso, o sistema de fotossíntese artificial também é capaz de produzir energia, que pode ser utilizada em residências ou indústrias, por exemplo.
– Drone polinizador (ou drone inseto / abelha) – Você já deve saber que as abelhas estão em extinção. Apesar do medo que elas causam em função da dor de suas picadas que podem até desencadear processos alérgicos, as abelhas são fundamentais para a vida no planeta. Isso porque, além de produzir mel, abelhas fazem a polinização e são responsáveis por 35% das colheitas do mundo ou ⅓ daquilo o que comemos. É muita coisa! Para ajudar a resolver o problema, cientistas japoneses desenvolveram um drone que tem o tamanho de um inseto e que já teve sucesso na polinização de tulipas e lírios. O equipamento conta com uma “barriga” viscosa, capaz de capturar grandes quantidades de pólen e transportá-la a outras plantas. Grandes invenções ! Obviamente, o drone inseto não vai substituir as abelhas, mas está sendo aprimorado com o objetivo de ajudar no processo de polinização, atendendo às demandas crescentes da agricultura moderna mundial.
– Air ink (tinta feita com poluição) – A tinta tradicional que usamos nos mais diversos tipos de caneta, em nosso dia a dia, é feita de combustíveis fósseis, num processo danoso ao Planeta. Já tinha imaginado que algo tão simples e utilizado em larga escala pudesse causar problemas ao meio ambiente? Para solucionar essa questão, a invenção criada foi a air ink. Um dispositivo chamado Kaalink pode ser instalado nos canos de descarga dos veículos ou em chaminés e, então, coletar o material para a produção da tinta. Ao aproveitar a poluição para a produção de tintas, a air ink contribui para tirar do ar partículas cancerígenas e se responsabiliza por destinar corretamente todos os resíduos gerados no processo, para que sejam classificados e reciclados!
Fonte: https://bitlybr.com/py53Gp
– Lixeiras flutuantes – Com os mesmos ideais da Bureo, o Projeto Seabins surgiu com a missão de livrar os oceanos da poluição. Afinal, lugar de lixo não é na terra, muito menos no mar. Então, seguindo achados de uma extensa pesquisa sobre tecnologia e educação, o projeto desenvolveu a Seabin V5. Trata-se de uma lixeira flutuante que, portanto, “desliza” pela superfície da água. Assim, ela pode interceptar detritos, macro e microplásticos e até microfibras com um filtro adicional. Além disso, a Seabin V5 é capaz de limpar a água de material orgânico contaminado (folhas, algas marinhas e afins). Equipada com absorventes de óleo, consegue ainda captar os óleos de superfície e detergentes à base de petróleo.
– Plástico sustentável – Obtido a partir de algas marinhas vermelhas, o ágar é muito utilizado em estudos biológicos e até mesmo na culinária. Porém, o AMAM, um coletivo de designers de Tóquio, tem explorado as potencialidades do material como alternativa ao plástico sintético. Afinal, ele é largamente utilizado em embalagens dos mais diversos produtos que, tão logo desembalados, resultam neste resíduo descartável. Apesar de haver reciclagem – um processo, também, custoso – boa parte do plástico vai parar nas ruas e nos oceanos. Dessa forma, entope bueiros e provoca inundações, bem como prejudica o desenvolvimento da vida marinha. Porém, a partir do projeto do AMAM, o ágar pode servir como alternativa biodegradável ao plástico comum.
– Tijolos ecológicos para a caixa de descarga – Produzido a partir de borracha 100% reutilizada, o Drop-A-Brick nada mais é do que um truque caseiro repaginado. Afinal, antes das válvulas de duplo acionamento, para economizar água, muitos colocavam um tijolo dentro dos reservatórios dos vasos sanitários. Essa prática ajudava a poupar até dois litros por descarga. No entanto, o tijolo comum pode facilmente danificar a estrutura do tanque. Além disso, as novas válvulas podem representar um custo que muitas famílias preferem postergar. Logo, o Drop-A-Brick apresenta-se como uma solução barata e inovadora. Macio, flexível e não tóxico, o tijolo de borracha é leve como uma esponja quando está seco. Já quando entra em contato com a água, fica pesado e afunda. Assim, ocupa espaço na caixa da privada e diminui a quantidade de água usada na descarga. A invenção faz parte de uma campanha de financiamento coletivo no Indiegogo.
Fonte: https://bitlybr.com/kJ3J
– Canetas de garrafas plásticas – Essas canetas reutilizáveis são feitas de garrafas plásticas recicladas. E o fabricante oferece ainda diversas cores. […] Um cartucho é colocado nos canos de escape dos carros para recolher a fuligem. Em seguida, os metais pesados são retirados e é produzida uma tinta de alta qualidade. Uma caneta contém o volume de emissões poluidoras geradas por cerca de 40 minutos.
– Tênis de plástico – Os fabricantes garantem que os tênis mostrados na foto acima são feitos 95% com plástico retirado dos oceanos. Os outros 5% são de poliéster reciclado. Para produzir um par, são usadas cerca de 11 garrafas plásticas. A Adidas tem a intenção de aplicar o mesmo método para produzir roupas esportivas, o que possibilitaria a reciclagem de 11 milhões de garrafas.
– Embalagem reutilizável – A empresa Bee’s Wrap encontrou a solução para reduzir o uso de plástico ao desenvolver uma embalagem para alimentos à base de algodão, cera de abelha, óleo de jojoba e resina vegetal. O material é lavável e pode ser usado várias vezes.
– Couro ecológico de bananas – Depois de cada colheita de bananas, os fazendeiros precisam cortar a árvore para estimular o crescimento de novas frutas. E isso faz com que uma grande quantidade de resíduos em forma de fibra de madeira acabe apodrecendo no solo. Sendo assim, a empresa Green Banana Paper enxergou nisso a oportunidade de construir um negócio promissor, tanto do ponto de vista econômico quanto ecológico e social. Foi assim que surgiram essas carteiras, que não apenas reduzem os resíduos após a poda das bananeiras, como também ajudam os produtores locais, que sofriam com a baixa renda.
– Luminárias para cultivo de plantas em espaços internos – As luminárias da Nui Design Studio são, na realidade, um ecossistema totalmente autossustentável. Dentro delas, as plantas podem crescer sem luz solar.
– Relógios feitos com barris de whisky – A Original Grain produz relógios com materiais ecologicamente corretos. Muitos dos produtos são fabricados em madeira reciclada anteriormente usada em barris de whisky. Para cada relógio vendido, a empresa planta uma árvore frutífera e hortas no Senegal. Isso ajuda no combate à pobreza e aumenta a renda da população local.
– Plástico vegetal – Um empresário indonésio criou um plástico à base de mandioca. Com o material, é possível substituir praticamente tudo que vem afetando o meio ambiente: sacolas, embalagens para alimentos, tecidos e outras coisas. O produto leva poucos meses para se decompor, sem deixar resíduos tóxicos no solo nem na água.
– “Couro” à base de fibra de abacaxi – A Ananas Anam é uma empresa filipina que transforma folhas de abacaxi em uma alternativa ecológica para o couro. Além de isso garantir uma renda extra aos moradores locais, dá aos estilistas a chance de trabalhar com um material totalmente novo, perfeito para o desenvolvimento de vários objetos ligados ao mundo da moda. Os animais agradecem!
Fonte: https://bitlybr.com/gQ68s
– Tampas reutilizáveis de silicone – Estas tampas de silicone ajustáveis são feitas de silicone de platina, Um dos materiais mais recorrentes na cozinha. Todos esses utensílios de silicone de platina são antiaderentes, higiênicos e resistentes e são 100% reutilizáveis e recicláveis. Podemos selar cada recipiente firmemente sem precisar recorrer aos filmes plásticos típicos. Além disso, eles oferecem uma resistência à temperatura entre -30 e 230 ° C, o que permite o uso em geladeiras. e para cozinhar com microondas ou fogões elétricos.
– Palhas reutilizáveis – Perfeito para ecoar uma cafeteria ou restaurante, e por que não em casa. Esses canudos são feitos principalmente de papel, além de um composto de materiais recicláveis, Eles são a solução perfeita para evitar o uso de versões plásticas. Além disso, eles são igualmente baratos e não exigem muito esforço.
– Talheres descartáveis para massas de milho – Feitos de pasta de milho, oferecem grande durabilidade e pode ser jogado na lata de lixo de resíduos orgânicos com total calma. Vamos lá, o que era talheres ecológicos de qualidade.
– Geladeira sem eletricidade – Mitticool é um refrigerador que não requer uma fonte de alimentação. Este refrigerador foi projetado por um artesão indiano chamado Mansukhbhai Prajapati Pode frutas e vegetais frescos até 3 Armazenar por dias. Na Índia, já é conhecida como a geladeira dos pobres. Não é à toa que esta invenção se destina aos mais necessitados nas áreas mais carenciadas do país. Para iniciantes, o preço é significativamente mais baixo que o de uma geladeira normal. Além disso, ele não precisa estar constantemente conectado à rede elétrica, que é um luxo para milhões de pessoas neste país.
– Móveis com NEWPAPERWOOD – Este material é de jornais usados. Uma maneira útil de reutilizar jornais usados para transformá-los em madeira. Fabricados pela empresa holandesa vij5, os jornais são enrolados em uma espécie de corredor que imita o grão da madeira, como anéis de crescimento de uma árvore. A versatilidade é tão grande que os designers estão trabalhando para melhorar o sistema de fabricação, a fim de usar esse material para desenvolver outros produtos e objetos.
– Discos reutilizáveis para remover maquiagem – No mundo dos cosméticos, encontramos muitos componentes tóxicos, bem como uma variedade de resíduos na forma de embalagens e acessórios que precisamos para aplicar maquiagem e remover maquiagem, esponjas, pincéis, etc. Portanto, os discos reutilizáveis para remover maquiagem feitos de algodão orgânico são uma alternativa incrível para as toalhas típicas. Graças a este pequeno pano de algodão, não apenas economizamos, mas também evitamos os produtos químicos que surgem durante a limpeza diária e não há desperdício.
– Cápsulas de café recarregáveis – O sucesso das máquinas de café em cápsula Nespresso, está fora de controle. Enquanto muitos adoram o gosto e a conveniência de fazer uma xícara de café, também os altos custos ambientais para produção, distribuição e resíduos. Felizmente, existe uma alternativa sustentável que podemos usar não apenas para economizar dinheiro, mas também ajuda a preservar o meio ambiente. Existem muitos fabricantes (Waycap, Recaps, Seal Pod) que oferecem cápsulas reutilizáveis de aço inoxidável. Com eles, podemos criar suas próprias receitas com o seu café favorito e regular a quantidade e a pressão antes de filtrar.
– USB reciclável – Esta solução ecológica para pen drives é feita de papelão reciclável em vez de plástico sujo. A vantagem desse tipo de armazenamento é que podemos reciclá-lo facilmente quando ele parar de funcionar.
– Lápis de broto – Esta invenção não tem muito segredo. É um lápis de madeira normal, com recargas 9 cores diferentes para escolher e perfeitas para pintura e desenho. Mas quando o lápis chega ao fim de sua vida, ele pode ficar preso em um punhado de terra que encontramos em uma panela e de cabeça para baixo Depois de alguns dias, uma planta começará a brotar. Isso ocorre porque o Sprout Pencil contém um Cápsula discreta com sementes vegetais. Isso dá uma segunda vida ao produto e evita a geração de novos resíduos.
Fonte: https://bitlybr.com/9Jsf
– Gerador de energia movido a urina – Quatro garotas nigerianas desenvolveram um dispositivo que proporciona seis horas de uso de energia elétrica a cada litro de urina dispensado na máquina. O aparelho utiliza apenas um filtro de água, um botijão de gás e o dispositivo gerador, feito a partir de células eletrolíticas. O processo produz energia através da eletrólise da ureia, realizada no processo de filtragem da urina: depois de passar por uma célula eletrolítica, o líquido excretado é divido em moléculas de nitrogênio, hidrogênio e água. Quando esta etapa acaba, os elementos são filtrados novamente e absorvidos por um cilindro instalado no dispositivo, que empurra o hidrogênio para o interior de outro cilindro com líquido. Assim, a umidade é retirada e o composto gera eletricidade. A tecnologia ecológica e barata foi confeccionada pelas estudantes Duro-Aina Adebola (14), Akindele Abiola (14), Faleke Oluwatoyin (14) e Bello Eniola (15) para um trabalho escolar.
– Bola que produz energia – Duas alunas da Universidade Harvard, nos EUA, criaram a sOccket, uma bola de futebol que aproveita a energia cinética gerada enquanto rola em uma partida. A bola possui um mecanismo interno acoplado, que funciona como um motor. O aparelho gira, produz e captura a energia cinética. Em apenas meia hora de jogo, a bola já acumula energia suficiente para manter uma lâmpada de LED acesa por três horas ou carregar a bateria de um celular. A bola foi desenvolvida pelas amigas norte-americanas Jessica Matthews e Julia Silverman, quando ainda eram estudantes, e foi apresentada no Rio de Janeiro durante o TEDx Rio+20, que ocorreu em 2012.
– Roupas que aproveitam energia do sol – Uma estudante de vestuário da Universidade Cornell, em Nova York, utilizou fios de algodão condutores para criar uma coleção de roupas capaz de produzir energia a partir do sol. Com painéis solares ultrafinos para guarnição e um carregador USB localizado na cintura, a roupa capta os raios solares para carregar celulares, iPods e outros dispositivos portáteis. Essa é a invenção da norte-americana Abbey Rachel Liebman. O protótipo resultou em um tecido que transmite corrente como um fio de metal. Devido a isso, a estudante afirma que a tecnologia pode ser incorporada em camisetas para medir a frequência cardíaca ou analisar suor, costuradas em travesseiros para monitorar os sinais do cérebro ou aplicadas para criar têxteis interativos com aquecimento e capacidade de refrigeração.
– Máquina que decompõe resíduos orgânicos em 24h – Uma ferramenta que permite a decomposição e compostagem dos resíduos dentro de 24 horas, transformando-os em um líquido rico em nutrientes ou adubo, foi a aposta comercial de uma ex-profissional de marketing Renee Mison conheceu a máquina coreana “waste to water” (de resíduo a água) em estágio de desenvolvimento e comprou seus direitos. Apostou na ideia ao investir mais de 380 mil dólares em pesquisa e desenvolvimento para transformar o decompositor em uma ferramenta perfeita de gestão da água e resíduos. O produto pode ser usado como fertilizante para jardins, enquanto a água é limpa suficiente para ser usada na lavagem de pisos ou rega de plantas, por exemplo. O dispositivo pode produzir 267 litros de água a partir de uma tonelada de resíduos de alimentos.
– Louças que absorvem energia solar – Uma coleção de louças capazes de produzir energia fotovoltaica foi criada para alcançar níveis altos de eficiência para o aproveitamento da luminosidade interna de uma residência. Essa é a invenção da designer holandesa Marjan Van Aubel. A tecnologia aplicada consiste em usar uma camada de célula fotovoltaica com um corante sintetizante em cada um dos objetos de vidro. O processo é baseado na fotossíntese das plantas, em que o verde da clorofila ajuda a captação de energia. Dessa forma, um copo é capaz de produzir energia e depois transmitir esse potencial armazenado a um gabinete coletor, que o transforma em eletricidade e permite usos diversos. O gabinete não é apenas um suporte de louças, ele é também uma bateria, passível de se transformar em um carregador, por exemplo. O vidro utiliza a luz solar como fonte de energia, mas também pode funcionar sob a luz difusa. A eficiência do material varia de acordo com as cores que forem empregadas.
– Cinto transforma gordura do corpo em energia – A designer holandesa Emmy van Roosmalen criou uma tecnologia capaz de acabar com a dor de cabeça causada pela gordurinha extra. Muitas mulheres reclamam dos quilos a mais, porém com a ideia da designer holandesa Emmy van Roosmalen a gordurinha extra tem a utilidade de gerar energia. Chamado de “Cinturão de Energia”, o protótipo surge como mais uma alternativa à produção de energia limpa. O funcionamento consiste basicamente em utilizar protocélulas artificiais para produzir energia a partir da conversão da gordura natural em Adenosina-5’-trifosfato (ATP). A energia produzida é capaz de recarregar gadgets e celulares.
Fonte: https://bitlybr.com/nPx6JdH
– Iluminação de rua feita com garrafas plásticas reutilizadas – O movimento Liter of Light ajuda comunidades carentes a desenvolver suas próprias lâmpadas reutilizando garrafas de plástico. Um micro painel solar é colocado em garrafas plásticas velhas, durante o dia, a luz do sol carrega-os acumulando energia para poder gerar luz durante a noite.
– Shampoo “sem embalagem” e livre de parabeno – Benjamin Stern desenvolveu gotas de shampoo sustentáveis quando tinha apenas 14 anos. As NOHBO Drops, foram criadas para substituir garrafas plásticas. Cada gota, que vem dentro de um invólucro totalmente biodegradável, feito à base de plantas, contém 5 mililitros, o suficiente para ensaboar cabelos curtos e longos. Basta colocá-la na palma da mão sob a água do chuveiro e esperar que o revestimento se dissolva. Além de limpar e hidratar os cabelos, a invenção ainda é livre de parabenos e sulfatos, conservantes nocivos à saúde.
– Turbina que produz energia em águas lentas – Essa turbina é a primeira tecnologia a gerar economicamente eletricidade de maneira acessível por meio de águas em movimentos lentos, como rios, riachos, canais e correntes oceânicas. A turbina Waterotor converte mais de 50% da energia disponível em água em eletricidade na velocidade de até 3km/h. Fundada em 2011, a empresa responsável fez da turbina a solução para preencher os lugares sem eletricidade com energia renovável, atendendo mais de 1 bilhão de pessoas sem energia elétrica.
– Piscinas feitas de contêineres antigos – Piscinas estão sendo produzidas a partir de contêineres que não são mais utilizados. As peças são pré-montadas na fábrica tornando-as sustentáveis e acessíveis no mercado. São equipadas com sistema de filtragem, escada e deck, além de porta de segurança para crianças. O material utilizado dentro dos contêineres é de fibra de vidro, e a peça é entregue completamente montada pelo transporte de um caminhão.
– Embalagem de cerveja comestível para animais marinhos – De acordo com o Greenpeace, mais de 100 milhões de toneladas de plástico são produzidos ao ano. Dessa quantidade, 10 milhões acabam no mar, sendo ingeridos por tartarugas, aves marinhas, baleias e outros animais. Pensando nesse impacto, a cervejaria Saltwater, localizada na Flórida, criou uma embalagem de cervejas comestível para ajudar a salvar a vida marinha. Utilizando subprodutos do processo de fabricação da cerveja, como cevada e trigo, conseguiu criar anéis para as embalagens de 6 unidades que podem ser ingeridos com segurança por animais marinhos.
– Turbina portátil de energia hidráulica – Comparado a outras fontes de energia renováveis, os rios oferecem grande potencial energético. Essa turbina portátil desenvolvida para ser utilizada em rios pode fornecer energia 24 horas por dia, produzindo 12 kWh, o suficiente para atender às necessidades elétricas de uma casa. Seu design foi criado para gerar o mínimo impacto na fauna e flora, e estudos feitos comprovaram que o equipamento não apresenta danos ao ecossistema dos rios.
– Cortador de plástico – Esse cortador de garrafas plásticas foi criado para facilitar a reciclagem diminuindo-as em tamanho. Além disso, permite a reutilização do plástico, reduzindo o desperdício e economizando dinheiro. Feito com materiais também recicláveis, o cortador cria uma corda prática que pode ser usada para várias finalidades, desde a criação de cortinas e artesanato até cordas capazes de rebocar um carro.
– Pasta de dente em pílulas – Lindsay McCormick foi a responsável por criar essa alternativa para acabar com a produção de tubos plásticos e caixas de papelão que acompanham os cremes dentais. As pílulas de pasta de dente além de diminuir a emissão de lixo no planeta ainda são livres de produtos químicos nocivos ao organismo, não contém conservantes e são armazenadas em potes de vidro para serem reutilizados.
– Reciclador de pneus – A invenção é um enorme triturador de pneus velhos. Ao realizar a reciclagem das peças gastas, a máquina separa borracha de fibras e cabos de aço. Após esse processo, o material pode ser transformado em inúmeros equipamentos, como telhas, pavimento, colchões e tapetes. A empresa responsável pelo maquinário é uma das maiores fornecedoras de equipamento industrial da Rússia.
– Pequena turbina de energia portátil movida à água e vento – A waterlily é uma pequena turbina capaz de produzir energia por meio de água ou vento. Seu design leve permite que seja carregada para diversos lugares e foi desenvolvida para fornecer energia por 24 horas. Carrega celulares, baterias, luzes elétricas, e outros itens com entrada USB e outros conectores com até 12Vs. A invenção canadense não gera prejuízo ao ecossistema.
– Pó para purificar água – O pó conhecido como Poly-Glu foi desenvolvido para auxiliar refugiados e população privada de água potável. O produto japonês trata a água suja, ou aparentemente limpa, com um coagulante eficaz que junta os flocos no fundo do recipiente. A Poly-Glu além de garantir o acesso de água para pessoas, contribui para solucionar o problema de derramamento de óleo, desastres naturais e tratamento industrial de água.
– Carvão feito de excremento humano – Um projeto criou carvão a partir de excremento humano em Gana. Sem sistema de saneamento eficiente, os habitantes vivem com esgotos a céu aberto e rios poluídos, que levam os dejetos até o mar. Nessa realidade, uma equipe de empreendedores encarou o desafio de transformar fezes humanas em carvão de cozinha, dando destino para os excrementos e combatendo as altas taxas de desmatamento para produção de carvão. Os dejetos são deixados em uma estufa para secar por 3 semanas, após esse período, são aquecidos à 700ºC para eliminar qualquer odor presente.
– Sacolas plásticas biodegradáveis e comestíveis – Criadas por Kevin Kumala, os sacos plásticos são feitos de amido de mandioca e foram criados com o objetivo de diminuir a poluição de rios e mares. Kevin estudou formas de substituir o petróleo na composição dos sacos, e o composto da mandioca foi a melhor opção. As sacolas são 100% comestíveis, diluem em água, que pode ser ingerida, sem o risco de poluir os afluentes após desintegrada.
– Turbina para áreas rurais – Uma turbina em formato de redemoinho foi criada para gerar energia 24 horas para casas em áreas rurais e comunidades remotas do mundo. A invenção gera energia de forma confiável e acessível, com baixo investimento inicial, baixo custo e sem impacto ecológico, nem grandes obras civis.
– Composteira que transforma lixo em gás de cozinha – A HomeBiogas é uma composteira que consegue transformar lixo em gás de cozinha. Produz 200L de gás à cada litro de lixo (rejeito) orgânico, o equivalente para uma hora de uso do fogão. Podem ser utilizados como compostagem sobras de comida e até mesmo lixo produzido por animais. Ao serem despejados na caixa, as bactérias decompõem o material, liberando gás de cozinha.
– Máquina de lavar movida à pedaladas – Após uma temporada em um orfanato na África Central lavando roupas, o design Richard Hewitt ficou inspirado a criar uma solução para as pessoas que lavam roupas à mão em países subdesenvolvidos. O jovem projetou uma máquina de lavar cíclica, a qual chamou de SpinCycle. A invenção consiste em um tambor adaptado na garupa de uma bicicleta, que cria rotações durante as pedaladas..
– Fogão portátil que diminui a emissão de fumaça – O CampStove 2 é um fogão portátil formado por bateria e painel de LED. Queimando apenas madeira, seu sistema cria fogo para cozinhar refeições sem a emissão de fumaça. Além disso, o dispositivo transforma o calor em eletricidade utilizável, tornando possível carregar o celular ao mesmo tempo que prepara refeições.
– Bomba hidráulica sem eletricidade ou combustível – A Barsha Pump é a primeira bomba hidráulica movida a partir da energia do fluxo de rios e canais, sem utilizar combustíveis ou eletricidade. A bomba pode irrigar até 2 hectares dependendo das condições climáticas, solo e técnicas de irrigação, auxiliando pequenos produtores, famílias que sobrevivem de seu próprio plantio, e tornando-se uma alternativa totalmente sustentável.
Fonte: https://bitlybr.com/bHFQqTO
– LifeStraw – É um dispositivo que filtra a água contaminada, tornando-a fresca e potável – Tidos como vilões por conta da contaminação dos oceanos, os canudos podem ser um objeto ’do bem’. O LifeStraw (algo como ’Canudo da Vida’ em inglês) é um dispositivo que está dando a milhares de pessoas que vivem na pobreza a oportunidade de tomar água sem ter medo de ficar doente por causa das bactérias que pode conter. Consiste em membranas ocas e fibrosas que possuem poros microscópicos, responsáveis por capturar agentes contaminantes. É também uma ótima solução para todos os aventureiros que muitas vezes acabam ficando em áreas com água contaminada.
– Soccket – É uma bola de futebol que produz energia – O Soccket é um gerador portátil que aproveita e armazena a energia do jogo. É usado como fonte de energia em áreas onde o acesso a recursos é limitado.
– Ecoegg – É uma alternativa verde ao sabão para a roupa – O Ecoegg é um sistema baseado em minerais para lavagem de roupas que funciona sem o uso de produtos químicos. O dispositivo não agride o meio ambiente, não foi testado em animais e é feito de materiais recicláveis sempre que possível. É muito mais durável do que o seu sabão em pó comum e ainda custa menos.
– Ooho – A garrafa de água que você pode comer – Feito com extratos de algas marinhas, este recipiente não é apenas sustentável, mas também comestível. A garrafa Ooho foi criada para lidar com o lixo que invade nosso Planeta. Também serve como uma excelente alternativa para recipientes de plástico.
– Uma máscara que filtra a poluição do ar – O WAIR é uma máscara criada para proteger as pessoas da poluição do ar, especialmente nas grandes cidades. O dispositivo possui um filtro que impede a entrada de bactérias, gases, alérgenos e outras partículas minúsculas. Os criadores recomendam que troque o filtro todo mês, para garantir que a máscara funcione corretamente.
– A bola Cora, um dispositivo que remove microplásticos da lavagem – Um dos maiores desafios que o mundo enfrenta hoje em dia são os microplásticos que fluem para o oceano toda vez que usamos a máquina de lavar roupa para lavar peças de fibras sintéticas. A bola de Cora é um dispositivo que remove pequenas partículas de plástico das roupas durante o ciclo de lavagem, para evitar que sigam para o sistema de água e esgoto.
– Piñatex, um tecido natural feito de fibra de folhas de abacaxi – A Piñatex é uma alternativa ao couro natural, um material feito de fibras de celulose extraídas do abacaxi — que, em espanhol, é chamado de piña. O uso dessas fibras tem um impacto ambiental mínimo e, ao mesmo tempo, resolve o problema da matança de animais para a venda de pele.
– SALt, uma luminária que funciona com água e sal – A luminária SALt é um dispositivo que requer apenas um copo de água e duas colheres de sopa de sal para fornecer luz suficiente durante a noite. E, no caso de você não ter sal, também pode usar água do mar. A invenção é especialmente útil em países onde não há eletricidade.
– Trishula, talheres que você pode comer! – A Trishula é uma empresa indiana que produz talheres comestíveis feitos com uma massa de arroz, sorgo e farinha de trigo. A mistura é amassada com água quente e colocada nos moldes. Os produtos são 100% naturais, o que reduz o efeito do lixo sobre o meio ambiente e melhora o bem-estar das pessoas, uma vez que os ingredientes não contêm substâncias químicas ou aditivos.
– Dueacca, uma torneira ecológica – A Dueacca é uma torneira fabricada com materiais 100% recicláveis para reduzir a quantidade de resíduos não recicláveis. Ela pode usada tanto em ambientes internos quanto externos, e, como seu tamanho é reduzido, pode ser colocada em qualquer lugar. Cada produto possui um sistema que limita o fluxo de água através da torneira, o que ajuda a reduzir a quantidade utilizada.
– BirkSun, uma mochila que carrega seu celular – A BirkSun é uma empresa que inventou mochilas solares que são usadas para carregar dispositivos, quando não há acesso à eletricidade. As mochilas são à prova d’água, duráveis e leves. Além disso, seus painéis solares não são facilmente danificados. As mochilas podem ser usadas tanto para atividades ao ar livre, caminhadas e trilhas quanto para atividades urbanas e para transportar seus objetos de trabalho nas grandes cidades. Afinal, ela é super descolada, como você pode conferir pelas fotos acima.
Fonte: https://bitlybr.com/dFxY4eR
– Impressões com café – Na Coreia do Sul, um engenheiro comprometido com a redução da poluição global desenvolveu um método único de impressão de documentos. Em vez de usar produtos químicos e corantes tradicionais, sua impressora usa borra de café para fixar o conteúdo no papel. Essa iniciativa pode ser de grande ajuda para reduzir a fabricação de produtos químicos desse tipo e, ao mesmo tempo, o uso de cartuchos de impressora tradicionais.
– Móveis feitos de jornais velhos – A técnica, batizada de ” Kranthout “, foi desenvolvida por uma marca de móveis holandesa que processa jornal velho até se tornar um material compacto ideal para peças de construção, que vistas de longe não diferem da madeira. Caso se popularize, seria uma alternativa viável para conter o desmatamento e seus efeitos. Seria uma ótima notícia!
– Saco transformado em óleo – É uma máquina que converte sacolas plásticas em óleo , que, por sua vez, pode ser reaproveitado como combustível. O aparelho gera um litro de óleo para cada quilo de sacolas plásticas e, apesar do alto custo, espera ser projetado como alternativa para reduzir a poluição por combustíveis no mundo . A ideia foi desenvolvida por uma empresa japonesa. Vamos lembrar que o plástico é um dos materiais que mais demora para se decompor, por isso desejamos que essa iniciativa prospere!
–Telefones celulares solares – Os telefones celulares, principalmente os smartphones, consomem grande quantidade de energia elétrica ao recarregar quase que diariamente. Para quebrar essa tendência, o instituto alemão Fraunhofer desenvolveu um telefone com painéis solares embutidos , o que significa que pode ser recarregado expondo-o à luz solar por duas a três horas. Se a iniciativa for estendida, o desafio será mudar os hábitos dos usuários, que geralmente recarregam o celular à noite. Isso contribuirá para a economia de energia elétrica e o uso de menos recursos em sua produção. Nós vamos conseguir?
Fonte: https://bitlybr.com/Zul3
Neste levantamento apresentam-se apenas algumas ideias, entre tantas, que vêm surgindo neste horizonte que almeja uma vida mais saudável para todo o planeta. Atualmente cada vez mais pessoas estão percebendo que não pode haver distância entre o discurso e a prática, quando buscamos soluções para os problemas ambientais, que têm reflexos em todo sistema de vida do planeta. Há muito tempo já se fala sobre a necessidade de mudanças de hábitos e atitudes para um ambiente sadio e equilibrado, e alterar os modos de produção, descarte e consumo também é fundamental para que possamos efetivar mudanças.
Embora já existam muitas empresas que alteraram seus produtos e modos de produção tendo em vista a cobrança dos consumidores mais conscientes por produtos que sejam alinhados com a sustentabilidade ambiental, precisamos ampliar este rol. Uma pesquisa aponta que desde o início da pandemia ocorreu um salto significativo de 55% na busca por produtos sustentáveis entre junho de 2019 e maio de 2021.
Fato é que precisamos de mais inventos como estes no mundo, bem como novas tecnologias e produtos que sejam – comprovadamente – sustentáveis (sim, porque existe muita “maquiagem” em inúmeros produtos que se dizem “verdes” ou ecológicos), e que estejam à disposição de todos. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), existem centenas de marcas e produtos que, por meio dos mais diversos selos, certificados, prêmios e afins, se autointitulam ecológicos, na tentativa de dizer que seu processo de produção não prejudica o meio ambiente. Porém, nem todo produto que se diz comprometido com as questões ambientais efetivamente o são. Portanto, precisamos estar atentos, sempre!
Demais fontes:
IDEC. Saiba como identificar se um produto é realmente sustentável. Disponível em: https://bitlybr.com/1LP2qc
Consumo consciente: mais produtos sustentáveis nas sacolas. Disponível em: https://bitlybr.com/kpWxdtD
* Berenice Gehlen Adams – Pedagoga, especialista em Educação Ambiental, editora responsável da revista Educação Ambiental em Ação: www.revistaea.org, diretora da Apoema Cultura Ambiental: www.apoema.com.br .
in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 25/05/2022
Tetra Pak testa barreira à base de fibra em substituição ao alumínio
Inovação visa aumentar conteúdo renovável das embalagens ao mesmo tempo que reduz a pegada de carbono e agrega valor à cadeia de reciclagem
A Tetra Pak tem investido em soluções para chegar em barreiras alternativas ao alumínio e o início de testes utilizando uma barreira à base de fibra é um marco na jornada de sustentabilidade da companhia rumo a uma embalagem asséptica totalmente renovável, reciclável e neutra em carbono. A inovação é a primeira solução em embalagens cartonadas para alimentos distribuídos em temperatura ambiente.
A camada de alumínio das caixinhas desempenha um papel importante na segurança do alimento, mas, embora seja mais fina do que um fio de cabelo humano, contribui para um terço das emissões de gases de efeito estufa das embalagens. Como parte da jornada e com o objetivo de reduzir esse impacto climático, após 15 meses de testes e análises, uma barreira alternativa em polímero foi validada no Japão para substituir o alumínio desde o fim de 2020. Agora, a companhia também testa uma barreira à base de fibra.
Os estudos a partir da barreira de polímero já trouxeram aprendizados interessantes como entender os impactos na cadeia de valor e a quantificar a redução da pegada de carbono, além de comprovar a proteção adequada de oxigênio para sucos e possibilitar o aumento das taxas de reciclagem em um país onde os recicladores preferem embalagens cartonadas sem alumínio. Avançando nessa agenda, um primeiro lote piloto de embalagens individuais com barreira à base de fibra está sendo testado, com validação programada para o final de 2022.
Os primeiros resultados sugerem redução substancial de CO2 a partir das embalagens com uma barreira à base de fibra quando comparada às embalagens assépticas tradicionais, mantendo a proteção do alimento e o prazo de validade. Outro diferencial está no aumento do interesse pelas fábricas de papel em embalagens com maior teor desse material, o que fortalece o ecossistema da economia circular de baixo carbono.
A iniciativa reforça a abordagem da Tetra Pak em desenvolver embalagens com design focado na reciclagem. Essa premissa também atende as expectativas dos consumidores, que estão cada vez mais conscientes. Segundo pesquisa recente Consumo de Embalagens Sustentáveis (Sustainable Packaging Consumer Research 2021), cerca de 40% dos consumidores mencionaram motivação a realizar a separação para a reciclagem se as embalagens fossem feitas inteiramente de papel e não tivessem plástico ou alumínio.
“Construir uma jornada que prioriza a sustentabilidade e a segurança do alimento junto a soluções inovadoras, fortalece nossa ambição em chegar à embalagem mais sustentável do mundo. Um caminho que só é possível em um trabalho em colaboração com nossos parceiros, olhando para toda a cadeia de valor”, afirma Danilo Zorzan, diretor de Marketing da Tetra Pak Brasil.
Para manter o motor da inovação funcionando, a Tetra Pak tem investido 100 milhões de euros por ano e continuará neste caminho nos próximos 5 a 10 anos a fim de melhorar ainda mais o perfil ambiental das embalagens para alimentos, incluindo pesquisa e desenvolvimento de embalagens feitas com uma estrutura simplificada e mais conteúdo renovável.
Segundo Eva Gustavsson, vice-presidente de Materiais e Embalagens da Tetra Pak, abordar questões complexas, como mudanças climáticas e circularidade, requer inovação transformacional. “É por isso que, além de nossos clientes e fornecedores, também colaboramos com startups, universidades e empresas de tecnologia, fornecendo acesso a competências, tecnologias e instalações fabris de ponta”, conclui.
Tetra Pak Brasil
Sobre a Tetra Pak
A Tetra Pak é líder mundial em soluções para processamento e envase de alimentos. Atuando próximo aos clientes e fornecedores, oferece produtos seguros, inovadores e ambientalmente corretos, que a cada dia satisfazem as necessidades de centenas de milhões de pessoas em mais de 160 países ao redor do mundo. Com mais de 25.000 funcionários, a Tetra Pak acredita na liderança da indústria responsável e em uma abordagem sustentável dos negócios. O slogan “PROTEGE O QUE É BOM™” reflete a visão de disponibilizar alimentos de forma segura onde quer que seja.
#Envolverde
Projeto implanta Unidades Demonstrativas de agrofloresta na Mata Atlântica para capacitar agricultores familiares
Plantio faz parte de ações voltadas à capacitação técnica de agricultores familiares; pelo menos 581 famílias foram impactadas.
O SiAMA (Sistemas Agroflorestais na Mata Atlântica), projeto executado pela Agroicone e financiado pelo fundo britânico UK PACT (Partnering for Accelerated Climate Transitions), implantou 22 Unidades Demonstrativas (UDs) de agroflorestas em regiões da Mata Atlântica entre 2021 e 2022, o equivalente a cerca de 11 campos de futebol. As UDs são áreas de plantio de sistemas agroflorestais (SAFs) que podem ser visitadas com finalidades de divulgação, difusão de conhecimento e extensão técnica.
Os plantios, que incluíram métodos de restauração florestal, aconteceram nos estados do Rio de Janeiro (16), Bahia (3), São Paulo (2) e Paraná (1), localidades em que o SiAMA promove ações para dar escala aos SAFs. A implantação das UDs faz parte de atividades de capacitação técnica que beneficiaram pelo menos 581 famílias de agricultores em um ano. Ao promover as agroflorestas, sistemas produtivos que combinam o uso de árvores e culturas agrícolas em uma mesma área, o projeto busca contribuir para o enfrentamento às mudanças climáticas e estimular a geração de renda das comunidades locais.
“A ideia é que as pessoas que participaram das implantações possam se beneficiar das agroflorestas por meio do manejo e da extração de seus produtos através do que chamamos de restauração florestal produtiva. Ou seja, a comercialização destes produtos, tanto in natura como de forma beneficiada, pode trazer geração de renda para estas comunidades, ao mesmo tempo em que promove a conservação do bioma”, explica Ana Loreta Paiva, Gestora de Projeto do SiAMA.
Para a realização destas atividades o projeto organizou – junto a parceiros como a ONG Iniciativa Verde e o Movimento de Defesa de Porto Seguro (MDPS) – os chamados mutirões agroflorestais, estratégia utilizada por agricultores familiares que envolve mobilizar pessoas em atividades de plantio e preparo de canteiros. Além de driblar a falta de recursos financeiros e mão de obra, esse método colaborativo contribui para estreitar os laços entre os agricultores de uma comunidade.
Para Neusa Benevides Marcelino, agricultora da Associação de Agricultores do Fojo (AFOJO) que participou de um mutirão em Guapimirim, no Rio de Janeiro, a rapidez com que o plantio aconteceu foi surpreendente: “Sozinha não conseguiria fazer a minha agrofloresta. Com essa ajuda, foi possível implantar um sistema agroflorestal em dois dias. Esse projeto está dando mais ânimo para trabalharmos”.
Segundo o agricultor Gabriel Carneiro, também da AFOJO, a autonomia concedida pelo projeto aos agricultores foi fundamental para o sucesso do mutirão: o que a princípio seria uma Unidade Demonstrativa de 1 ha de agrofloresta, se transformou em 10 UDs de 1.000 m² cada, beneficiando a comunidade local com o cultivo de culturas como café, banana, jussara, cítricos e cacau.
“Não queríamos que a agrofloresta ficasse centralizada na casa de um agricultor só, então sugerimos ao SiAMA que o plantio fosse feito em várias áreas. Esse projeto veio com uma característica muito legal, que foi a liberdade de nós, agricultores, gerirmos o recurso a partir do nosso conhecimento local e da nossa necessidade real. Tivemos a liberdade de escolher qual tipo de adubação queríamos fazer e como desenharíamos as agroflorestas”, conta Carneiro.
O SiAMA documentou em uma série de vídeos no YouTube (clique aqui para assistir) a implantação das Unidades Demonstrativas. Essas atividades fazem parte do pilar de capacitação do projeto, que inclui oficinas práticas e teóricas, a publicação de materiais técnicos (como o Guia de Agrofloresta na Mata Atlântica e uma série de cartilhas de agrofloresta, disponíveis online) e a aplicação de um curso introdutório sobre a comercialização de produtos agroflorestais em modalidade EaD (ensino à distância).
O SiAMA atua ainda por meio dos pilares de mercados, que busca promover a viabilidade econômica dos produtos da agrofloresta de forma a estimular a geração de renda, e governança, que visa promover a agrofloresta como estratégia de desenvolvimento regional por meio da mobilização de redes territoriais compostas por organizações locais, governos, associações de agricultores e cooperativas.
Todas as atividades do SiAMA são norteadas pelo componente GESI (sigla em inglês que significa Igualdade de Gênero e Inclusão Social) e buscam apoiar e empoderar, em especial, pessoas em risco de exclusão e/ou desvantagem social e econômica, como agricultores familiares, mulheres e comunidades tradicionais (quilombolas, caiçaras e indígenas).
Para saber mais sobre o SiAMA, leia nossas publicações:
Projeto apoia agrofloresta como estratégia de desenvolvimento em regiões da Mata Atlântica
Projeto SiAMA publica Guia de Agrofloresta na Mata Atlântica
Projeto SiAMA inicia capacitações sobre sistemas agroflorestais no Rio de Janeiro
SiAMA lança Mapa de Iniciativas em Agrofloresta na Mata Atlântica
Oficinas sobre agroflorestas do projeto SIAMA tiveram turmas na Bahia e São Paulo
Projeto SiAMA lança cartilhas de agrofloresta com foco em regiões da Mata Atlântica
Projeto SiAMA abre inscrições para curso EaD sobre comercialização de produtos da agrofloresta
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Regularização ambiental de assentamentos e terras coletivas é vital para reduzir desmatamento
Por IPAM –
Área que abriga essas categorias corresponde a 5% do território brasileiro e desempenha papel fundamental na segurança alimentar, no desenvolvimento sustentável e na geração de emprego e de renda no país
A implementação da regularização ambiental por meio do CAR (Cadastro Ambiental Rural) para assentamentos rurais e para territórios coletivos de populações tradicionais é um dos passos fundamentais na redução do desmatamento na Amazônia, na manutenção da floresta em pé e no desenvolvimento socioeconômico. O tema foi tratado pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) nos dias 23 e 25 de maio, durante a semana de eventos organizada pelo OCF (Observatório do Código Florestal) para marcar os dez anos do Código Florestal Brasileiro.
Dados apresentados pelo IPAM mostram que o Brasil possui atualmente 8.196 assentamentos registrados no CAR, – o que equivalente a uma área de 45,5 milhões de hectares ou 5% do território brasileiro — e abriga 837.370 famílias. Grande parte (39%) dos assentamentos está concentrada na Amazônia Legal, representando 81% da área total dessa modalidade.
Do total, 16 milhões de hectares são de vegetação nativa (florestas) conservadas e que devem ser estabelecidas como reserva legal (RL) nos assentamentos rurais, segundo informações preliminares da área analisada. Um milhão de hectares correspondem à área de passivo ambiental de RL que devem ser recuperados, isto é, locais de RL que foram explorados além do limite estabelecido no Código Florestal. Outros 12 milhões de hectares são de vegetação excedente à reserva legal e que podem ser mantidos por meio de instrumentos econômicos voltados à conservação.
A diretora-adjunta de Políticas Públicas do IPAM, Gabriela Savian, afirmou durante a mesa de debate do dia 25 que “é necessário termos políticas públicas especificas voltadas aos assentamentos rurais de modo a recuperar a área desmatada, bem como incentivar e criar instrumentos econômicos que compensem esses excedentes de florestas.”
Segundo a pesquisadora no IPAM Jarlene Gomes, durante sua apresentação no dia 23, tais áreas contribuem de forma expressiva para a produção de alimentos e para a conservação florestal, desempenhando um papel fundamental na segurança alimentar e no desenvolvimento sustentável do país, além de gerarem emprego e renda. “Os números mostram o desafio da implementação do CAR, mas também uma oportunidade, já que esses territórios conservam florestas, biodiversidade e retêm carbono”, afirmou.
Assista aos debates no canal do YouTube do Observatório do Código Florestal. Clique aqui.
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quarta-feira, 25 de maio de 2022
Demarcada há 30 anos, TI Yanomami revive drama do garimpo: “Estamos na mira da cobra grande”
Por Murilo Pajolla para o Brasil de Fato –
Há aproximadamente três décadas, a liderança mais influente dos Yanomami, Davi Kopenawa, encontrava pela primeira vez um grupo de garimpeiros nas terras ancestralmente ocupadas por seu povo. Pintados de preto dos pés à cabeça, os guerreiros indígenas tentavam expulsá-los pacificamente. “Queremos convencê-los com nossas palavras, não com nossas flechas”, disse o jovem aos invasores. O trecho do livro “A queda do céu”, escrito por Davi e o antropólogo francês Bruce Albert, retrata o começo de uma guerra que não terminou, nem mesmo após a demarcação da Terra Indígena (TI) Yanomami ter sido homologada pelo então presidente Fernando Collor de Mello em 25 de maio de 1992.
Com a homologação, o maior território indígena do Brasil passava para as mãos da União. A Constituição garantia aos habitantes originários o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos. Mas faltou combinar com os garimpeiros. Eles haviam sido atraídos pela própria Funai, sob a gestão de Romero Jucá (1986-88), que abriu as terras dos Yanomami à exploração da madeira e do ouro. Sucessivas operações repressivas conseguiram expulsar os invasores, mas só temporariamente.
Hoje, com Jair Bolsonaro (PL) no poder, eles voltam à TI Yanomami com força total. Desta vez, amparados pelo governo federal. “Como diz o Davi [Kopenawa], a gente está na mira da cobra grande. Nós conquistamos um espaço, o direito dos povos indígenas. E hoje a cobra grande está nascendo, cresceu e agora está tentando engolir o que nós conquistamos. Está colocando tudo na barriga dela”, diz Maurício Yekuana, vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami, principal organização do povo.
Políticos e empresários contra a demarcação
Evidências científicas indicam que os Yanomami vieram da Ásia, pelo estreito de Bering, há cerca de 15 mil anos. Eles decidiram morar onde os colonizadores estabeleceriam, milênios depois, a fronteira entre Brasil e Venezuela. Os primeiros contatos com não indígenas foram há mais de 200 anos, mas tudo mudou rapidamente a partir de 1940. Foi quando chegaram os missionários, os colonos, as doenças e as bebidas alcoólicas. Na década de 1980, mais massacres, dessa vez por causa do garimpo ilegal. Pressões internacionais e dos movimentos indígena e indigenista deixaram o governo sem alternativa, a não ser a proteção dos povos.
Quando foi apresentado a Collor, Davi Yanomami relata ter pedido a expulsão imediata dos mineradores ilegais. “São numerosos demais. Não tenho nem aviões nem helicópteros suficientes para tanto! Não tenho dinheiro!”, respondeu o presidente, segundo narra o líder Yanomami em “A Queda do Céu”. Davi não acreditou: “Eu trazia em mim a revolta de minha floresta destruída e de meus parentes mortos. Retruquei que com aquelas palavras tortas ele só queria nos enganar e deixar que nossa terra fosse invadida”.
O então presidente da Funai, Sydney Possuelo, relembra que no período foram demarcadas 166 novas terras indígenas. “Porém a primeira e a que mais teve custo de luta pessoal foi a Yanomami. Porque, além de pegar dois estados, Roraima e Amazonas, ela ficava na fronteira com outro país. Então já havia nisso uma certa dificuldade, pois seria a primeira terra a ser definida onde os militares diziam que era área de segurança nacional”, afirma.
Entre os não indígenas, Possuelo foi um dos principais articuladores da demarcação. Ele recorda as muitas pressões contrárias, de elites políticas locais e nacionais, além das Forças Armadas, principalmente o Exército. Enquanto isso, os Yanomami tentavam repelir o que, até então, era o maior ataque de garimpeiros já sofrido pelo povo. Os invasores, representados por políticos e empresários poderosos, eram estimados em 40 mil.
“Ainda assim havia uma situação muito clara na política contrária à demarcação. Manifestações de garimpeiros dentro de Roraima e do próprio Romero Jucá. Enfim, quase todos se mostraram contra. Tinham aliados deles no Exército e outras forças da sociedade de Roraima não queriam a demarcação”, afirma o ex-presidente da Funai.
O então presidente Fernando Collor aperta a mão de Davi Yanomami durante cerimônia de homologação da TI Yanomami / Reprodução/Funai
Sob Bolsonaro, garimpo continua de onde parou
Para os Yanomami, o garimpo ainda é sinônimo de morte, fome, doenças e exploração sexual. Segundo a Associaçao Yanomami Hutukara, a praga já se espalhou por metade das comunidades. A entidade divulga frequentemente denúncias de crimes cada vez mais cruéis contra os indígenas.
Dominadas pela lógica mercantil do garimpo, as comunidades deixam de cultivar os próprios roçados, e passam a viver do pouco recurso obtido com a atividade ilegal. Com isso, ficam alienados da sua própria cultura e reféns dos garimpeiros. Em 2021, mais de 100 indígenas morreram direta ou indiretamente por causa da mineração ilegal, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT). O relatório “Yanomami sob ataque“, da Hutukara, aponta a maior invasão garimpeira da história do território.
“Nos anos 80 e início de 90 teve aquela corrida do ouro na terra Yanomami. E nós estamos voltando para esse tempo. Por quê? Está tendo aumento na quantidade de garimpeiros. Está tendo interesse dos empresários, que vendem maquinário na cidade. Empresários que lucram muito com isso. Políticos partidários crescendo o olho e que financiam muito o garimpo”, constata Maurício Yakuana, da Hutukara.
O garimpo que hoje ameaça o território Yanomami, no entanto, não é o mesmo da época da demarcação. O potencial destrutivo da atividade aumentou. Mais moderno, o maquinário eleva a produtividade da devastação. Pontos de internet facilitam a comunicação entre os invasores. Segundo Yakuana, eles conseguem saber com antecedência sobre operações da Polícia Federal e do Ibama. Difícil de combater, por causa da lucratividade estratosférica, o garimpo está continuando de onde parou na década de 80.
“Na época os garimpeiros enterraram muitos maquinários pesados, coberto pela lona. E eles estão recuperando isso, quer dizer, levam as peças pequenas e restauram [as máquinas desenterradas]. Muitos pilotos aposentados foram atraídos para ganhar muito dinheiro Eles têm muita experiência de pousar onde tem uma pista pequena e levar muita carga. Dizem que a oferta para o piloto é de R$ 150 mil por mês”, revela Maurício Yekuana.
Possuelo não hesita em dizer que a situação atual é “pior do que anteriormente”. “O que acontece hoje é a mesma coisa de antes, só que mais vultosa. Naquela época, a presidência da república, o governo e todos nós estávamos empenhados em acabar com o garimpo. Vamos delimitar, demarcar e tirar esses garimpeiros. Hoje é exatamente ao contrário. A invasão nasce de uma ação do governo federal e encontra respaldo na sociedade local, nas prefeituras e nos estados”, atesta o indigenista.
Culturas ancestrais resistem
Mesmo sob intenso ataque, as ricas e diversas práticas ancestrais florescem na TI Yanomami. Onde não há garimpo, os indígenas mantêm danças tradicionais, cerimônias da roça e de inauguração das casas. Permanece a prática de caçar, pescar e coletar frutos. Ritos que passam despercebidos em meio ao noticiário que anuncia o fim desses modos de vida.
Além dos Yanomami, o território é habitado pelos Yekuana, um povo especialista na construção de canoas. Eles fazem diálogos cerimoniais e ouvem a experiência dos mais velhos. É assim que Maurício, a jovem liderança Yekuana, quer ver seus parentes nos próximos 30 anos.
“Que a vida do nosso povo seja mais tranquila, os projetos bem executados, a saúde melhore. Que sejam feitas infraestruturas de postos de saúde. E que não tenha mais contaminações dos rios. Que a natureza também se recupere e que nós tenhamos um projeto de recuperar as áreas degradadas. Espero que a nossa terra continue nos próximos 30 anos”, projeta Maurício Yekuana.
Imagens compartilhadas: “Garimpeiros estão desenterrando as máquinas enterradas na década de 90”, diz Maurício Yekuana (em destaque) – Reprodução/Instituto Socioambiental
Edição: Rodrigo Durão Coelho
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Pacto Global da ONU Brasil anuncia plataforma para vencer desafios como fome e pobreza
Projeto das redes locais atende a chamado global e irá focar na cadeia produtiva mais abrangente, que impacta os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Depois do chamado do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, na Cúpula de Sistemas Alimentares (UN Food Systems Summit), em setembro passado, para que o mundo se unisse e as empresas trabalhassem no tema de sistemas alimentares, a iniciativa — fundamental nesta Década de Ação para a entrega dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030 — começou a se concretizar, por meio da International Action Platform on Food Systems. O projeto vem sendo desenvolvido pelas redes locais do Pacto Global da ONU Brasil, Colômbia, Dinamarca, Estados Unidos, França e Noruega e já tem o patrocínio da Lloyd’s Register Foundation, instituição filantrópica do Reino Unido.
O processo de definição do escopo foi iniciado em outubro de 2021 e as Redes locais estiveram juntas em fevereiro de 2022 para iniciar a preparação para a primeira reunião em Dubai, que iniciou o escopo oficial do projeto. Após, houve mais dois encontros, um reencontro presencial no início de maio, na Colômbia. Como próximo passo, em junho, as Redes locais convocam as empresas interessadas em discutir o tema para workshop em Roma, na Itália, nos dias 23 e 24 de junho. O objetivo desse seminário é estruturar a plataforma e construir coletivamente a estratégia a longo prazo de planejamento e financiamento com parceiros e os temas que serão foco de projetos globais, como segurança alimentar e rastreabilidade. Nesta ocasião, representantes do Pacto Global terão encontros com equipes da FAO (Food and Agriculture Organization da ONU) e World Food Program. O lançamento oficial será na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 19 de setembro. O report sumário do processo de escopo do projeto será lançado na COP 27, em novembro, quando as principais descobertas serão apresentadas e nortearão os rumos após o lançamento da plataforma. Esta etapa abrirá a plataforma para a participação de um grupo maior de atores. Já existem mais de 17 Redes locais representando seus países que estão interessadas em levar mais longe esta iniciativa e envolver empresas nacionais em todo o mundo.
O tema de sistemas alimentares é crítico para o alcance dos ODS e envolve necessariamente todos os elos da cadeia, da produção no campo à distribuição, de tecnologia a transportes, inclusive setor financeiro. Por isso, é fundamental o compromisso de todos os stakeholders neste âmbito, a fim de vencer os desafios globais como a fome, a pobreza, a desigualdade e as mudanças climáticas. A convocação feita na Cúpula por Antonio Guterres visa sistemas alimentares mais saudáveis, sustentáveis e equitativos, além de abordagem de sistemas alimentares em que o setor privado seja um ator-chave. Para tal, sete coalizões foram lançadas. O Pacto Global faz parte da Coalizão ‘Blue Food’, com foco em alimentos e algas marinhas. E o Pacto Global da ONU Brasil é uma rede local que já tem iniciativa no tema: a Plataforma de Ação pelo Agro Sustentável. Há uma série de iniciativas iniciadas no setor de alimentos por outras redes incluindo Noruega, Dinamarca, Tailândia e outros. Mas essa escala internacional será um impulsionador dos esforços feitos até agora.
“Não tem cadeia produtiva mais abrangente, que impacte os 17 ODS, como sistemas alimentares. Por outro lado, as questões impactam de forma diferente os países e as regiões do planeta”, diz Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU Brasil.
Kim Gabrielli, Diretor Executivo do Pacto Global na Noruega, ressalta a importância do engajamento global com atuação local. “A International Action Platform on Food Systems terá uma Visão e objetivos globais, mas atuará localmente com as questões relevantes para cada região ou país”.
Declaração apresentada no Food Summit aponta como progressos em cinco áreas-chave — a níveis nacional e regional — equivaleriam a uma mudança global no alcance dos ODS, garantindo direitos humanos fundamentais para todos. As cinco áreas, segundo estudos do grupo científico de parceiros independentes que trabalham em apoio à Cúpula, são: (1) Nutrir todos os povos; (2) Mudar para padrões de consumo sustentáveis ; (3) Impulsionar Soluções Baseadas na Natureza; (4) Avanço de meios de subsistência equitativos, trabalho decente e comunidades empoderadas; (5) Aumentar a resiliência a vulnerabilidades, choques e tensões.
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DIA INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE
Por Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno e Leonardo Mattoso Sacilotto* –
Comemora-se no dia 22 de maio o Dia Internacional da Biodiversidade. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de conservação e proteção da diversidade de vida na Terra.
Mas o que é biodiversidade? O termo, criado na década de 1980, faz referência à diversidade biológica de seres vivos e seus liames inextricáveis aos ecossistemas e às relações com outros seres; nesse sentido, a biodiversidade insere a individualidade de cada espécie no âmbito da pluralidade de organismos existentes no planeta, retratando o caráter sistêmico e interdependente da vida.
O tema de 2022 para o Dia Internacional da Biodiversidade é “Construir um futuro compartilhado para toda a vida da Terra”, na esteira da Convenção de Biodiversidade da ONU (COP-15), iniciada em outubro de 2021 e que terá continuidade no terceiro trimestre de 2022. O tema reflete a ambição do estabelecimento de um conjunto de metas e ações para transformar a relação entre a sociedade e a biodiversidade, com o objetivo de reduzir drasticamente a perda de biodiversidade nos próximos anos e, no futuro, construir uma relação de harmonia com o meio ambiente e todos os seres vivos.
O Brasil é o país com a maior biodiversidade de flora e fauna do mundo. Considerando o imenso território e a diversidade climática, são mais de 103 mil espécies animais e 43 mil espécies vegetais conhecidas pela ciência, compreendendo cerca de 70% das espécies catalogadas mundialmente. Muito, porém, ainda resta a ser descoberto: estima-se que uma média de 700 novas espécies de animais encontradas no país são descritas todos os anos.
Além disso, o Estado de São Paulo apresenta dois dos principais biomas em relação à biodiversidade:a Mata Atlântica (a segunda maior floresta tropical do Brasil) e o Cerrado (a savana mais rica do mundo em biodiversidade) e seus ecossistemas associados. Esses ecossistemas são protegidos pelo Código Florestal (Lei Federal nº 12.651/2012); a Mata Atlântica, ademais, tem lei específica para sua preservação (Lei Federal nº 11.428/2006).
No entanto, a proteção desses espaços e de toda essa riqueza natural não é simples: concorrem ameaças globais e locais para a extinção de espécies e perda de biodiversidade. As ameaças globais se referem principalmente às mudanças climáticas, mas também decorrem da destruição da camada de ozônio e eventuais contaminações nucleares – eventos que alteram o equilíbrio de ecossistemas e põe em risco a continuidade das cadeias biológicas. As ameaças locais, por sua vez, estão intimamente relacionadas aos eventos mais próximos que causam a destruição de habitats e a gradual perda do ecossistema – os desmatamentos e queimadas são exemplos, além da caça e pesca predatórias.
De fato, alguns estudos indicam que cerca de seis espécies entram em extinção a cada ano; a maioria é de animais pequenos localizados em áreas muito restritas, como caramujos terrestres e anfíbios, mais sensíveis às mudanças climáticas. Mas as plantas e os animais de grande porte também correm diversos riscos, inclusive os ligados ao tráfico ilegal ou à competição com espécies exóticas invasoras, que ocorre quando há a introdução em uma região de espécie não originária ou não encontrada ali, fazendo com que compita por alimento e espaço com as espécies nativas.
Cada extinção importa em uma perda irreparável com impactos em toda a vida. Em estudo publicado na Science, em 2018, pesquisadores destacam o conceito de “contribuições da natureza para a vida”, que pretende ir além da noção de “serviço ecossistêmico” que, com o tempo, adquiriu um caráter mais utilitário e associado à valoração econômica de aspectos ecológicos.
Com a ideia de “contribuições da natureza”, pretende-se resgatar a importância cultural dos ecossistemas e a participação mais inclusiva das pessoas. São identificadas 18 contribuições, entre elas, a criação e manutenção de habitats, a regulação da qualidade do ar, do clima, da quantidade de água potável e dos impactos de perigos e eventos extremos, a energia, comida e alimentação, além dos recursos medicinais, bioquímicos e genéticos, aprendizagem e inspiração e a sustentação de identidades culturais e significados simbólicos.
Assim, reforça-se a relevância da data e sua importância para a conscientização das pessoas. Como disponibilizado pela Convenção da Diversidade Biológica, convidamos o leitor ou a leitora a adotar uma das 22 ações para a biodiversidade, individualmente ou em suas organizações. Essas ações abrangem, por exemplo, o consumo responsável, a conservação de energia e a redução de resíduos, individualmente; a avaliação e gestão da pegada de carbono e de água, redução e eliminação da geração de resíduos e o apoio a causas ambientais, no âmbito das organizações. A vida agradece.
Referências
DÍAZ, S. et al. Assessing nature’s contributions to people. Science, v. 359, n. 6373, p. 270–272, 19 jan. 2018.
CBD. 22 Actions for Biodiversity – Actions by Every persona round the globe. 2022. Disponível em .
CBD. 22 Actions for Biodiversity – Actions by businesses. 2022. Disponível em .
*Renata Franco de Paula Gonçalves Moreno, advogada especialista em Direito Ambiental e Regulatório.
*Leonardo Mattoso Sacilotto, advogado especialista em Direito Ambiental e Regulatória do escritório Renata Franco.
#EnvolverdeDIA INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE
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