De 3 a 9 de junho, evento disponibiliza gratuitamente cinco títulos abordando conservação ambiental, emergência climática, economia e saúde
na abertura, a atração é “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”, mais recente trabalho do cineasta Jorge Bodanzky, com codireção de João Farkas
Fernando Meirelles, Estêvão Ciavatta, Jorge Bodanzky e Vincent Carelli debatem o papel do cinema na comunicação de questões socioambientais
exibições são acompanhadas por debates temáticos, reunindo nomes como Adriana Ramos, Paulo Artaxo, Joênia Wapichana (a confirmar) e Ladislau Dowbor
A Mostra Ecofalante de Cinema, cuja 9ª edição acontece em agosto próximo, apresenta uma programação especial de 3 a 9 de junho celebrando a Semana do Meio Ambiente.
Gratuitamente, a Mostra Ecofalante – Especial Semana do Meio Ambiente disponibiliza cinco prestigiosos títulos produzidos no Brasil, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido. Acessíveis pela plataforma Videocamp (www.videocamp.com), estão incluídos os filmes “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”, de Jorge Bodanzky e João Farkas; “Amazônia Sociedade Anônima”, que tem Estêvão Ciavatta como diretor e Walter Salles como produtor associado; “A Grande Muralha Verde”, de Jared P. Scott, que tem produção-executiva de Fernando Meirelles, “O Golpe Corporativo” de Fred Peabody, e “Ebola: Sobreviventes”, de Arthur Pratt.
“A 9ª edição da Mostra Ecofalante foi transferida de junho para agosto por questões operacionais, mas não poderíamos deixar a Semana do Meio Ambiente passar em branco, especialmente neste momento em que a pandemia e a crise política e econômica têm amplificado os problemas socioambientais no Brasil e no mundo”, afirma Chico Guariba, diretor da Ecofalante. “A Mostra já faz parte do calendário da cidade de São Paulo e, com esta edição online, podemos expandir o público e o debate para todo o Brasil”.
Os cinco títulos serão o ponto de partida para os debates realizados sobre os seguintes temas: conservação ambiental, emergência climática, economia e saúde. Os encontros, que serão transmitidos ao vivo pelo YouTube e pelo Facebook, têm confirmados os nomes dos cineastas Fernando Meirelles, Jorge Bodansky, Estêvão Ciavatta e Vincent Carelli; dos jornalistas Flávia Guerra, Mariluce Moura (Revista Fapesp), Daniela Chiaretti (Valor Econômico) e Claudio Angelo (da rede Observatório do Clima); de Adriana Ramos (Instituto Socioambiental – ISA), Paulo Artaxo (cientista, professor da USP), Ladislau Dowbor (professor titular de economia da PUC-SP), Daniel Azeredo (procurador do Ministério Público Federal do Pará), Júlia Boock (analista de conservação do WWF Brasil), Ana Claudia Mielke (jornalista e ativista) e Silvio Caccia Bava (editor-chefe do Le Monde Diplomatique Brasil). Outros convidados, assim como a grade dos debates, serão oportunamente anunciados.
Atração de abertura da Mostra Ecofalante – Especial Semana do Meio Ambiente, no dia 3/06, quarta-feira, “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra” tem direção de Jorge Bodanzky e codireção de João Farkas. A produção focaliza Ruivaldo Nery de Andrade, que ganhou destaque como um soldado na linha de frente da batalha pela proteção do meio ambiente. Acompanhando o dia a dia de esforços para sobreviver de Ruivaldo, o documentário, que teve lançamento mundial em setembro último na Bélgica, aborda as consequências do assoreamento do Rio Taquari (Mato Grosso do Sul). Homenageado na edição de 2015 do evento, Jorge Bodanzky afirma: “Tenho uma relação de longa data com a Mostra Ecofalante, até porque em minha obra sempre abordei temas relacionados às questões ambientais”.O filme pode ser assistido na plataforma a partir das 19h30 e fica disponível até o dia 9/06 (terça-feira).
Antes, às 19h00, o evento é apresentado pelo diretor da Mostra Ecofalante de Cinema Chico Guariba, acompanhado por Laís Bodanzky, diretora-presidente da Spcine e Mário Mantovani, .
Na quinta-feira, 4/06, às 17h00, entram na plataforma os filmes “Golpe Corporativo” e “Ebola: Sobreviventes”, que também ficam disponíveis até 9/06 (terça-feira).
No mesmo dia, às 19h00, os diretores de “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”, Jorge Bodanzky e João Farkas debatem com Júlia Boock a importância do Pantanal no primeiro debate sobre conservação, com mediação da jornalista Flávia Guerra.
Na sexta-feira, 5/06, dia Mundial do Meio Ambiente, às 15h00, acontece encontro inédito entre cineastas brasileiros que discutem O papel do cinema na comunicação de questões socioambientais. Participam representantes de alguns dos títulos da programação: Fernando Meirelles, Jorge Bodanzky e Estêvão Ciavatta, além de Vincent Carelli e mediação de Flávia Guerra.
Às 17h00 do mesmo dia, é disponibilizado por 24 horas “Amazônia Sociedade Anônima”, de Estêvão Ciavatta. O filme registra uma união inédita entre índios e ribeirinhos para salvar a floresta de máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal. A obra mostra a resistência a invasões na Terra Indígena Sawré Muybu, entre os municípios de Itaituba e Trairão, no Pará, onde vivem cerca de 200 indígenas, além de populações ribeirinhas. Estão reunidas imagens feitas durante cinco anos, intercalando imagens da floresta, feita por drones, com reuniões que a comunidade fez para organizar o processo de autodemarcação, iniciada em 2014. Estêvão Ciavatta é referência em questões sociais e ambientais, tendo dirigido dezenas de programas de televisão, incluindo “Brasil Legal”, “Central da Periferia” e “Programa Casé”, além das séries “Preamar” e “Santos Dumont”.
Às 19h00, tem lugar um debate, com o tema “Conservação: O Ataque ao Meio Ambiente e aos Povos Tradicionais”. Conta com presença de Adriana Ramos (ISA), Daniel Azeredo (Procurador do MPF-PA), Joênia Wapichana (deputada federal da REDE-RR – a confirmar) e mediação de Claudio Angelo.
Já no sábado, 6/06, a partir das 17h00, ganha exibição por 24 horas o britânico “A Grande Muralha Verde”, com direção de Jared P. Scott e produção executiva do brasileiro Fernando Meirelles. O filme acompanha Inna Modja, cantora e ativista do Mali, em uma jornada épica pela Grande Muralha Verde da África —uma iniciativa ambiciosa para fazer crescer um “muro” de oito mil quilômetros de árvores que se estende por toda a largura do continente para restaurar a terra e fornecer um futuro para milhões de pessoas. Atravessando Senegal, Mali, Nigéria, Níger e Etiópia, o documentário revela as graves consequências da degradação severa do solo e da aceleração da mudança climática. A muralha visa combater o aumento da desertificação, da seca, da escassez de recursos, da radicalização, dos conflitos e da migração. O diretor Jared P. Scott é conhecido por trabalhos com temáticas sociais e ambientais e “A Grande Muralha Verdade” conquistou em 2019 o prêmio do público de melhor documentário internacional na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Já Inna Modja ganhou notoriedade cantando sobre a violência contra as mulheres no Mali.
Às 19h00 é debatido o tema “Emergência Climática: desertificação, conflitos, migrações e outros impactos imediatos”, com participação de Fernando Meirelles, o cientista e professor da USP Paulo Artaxo e mediação de Daniela Chiaretti.
Domingo, 7 de junho, o tema é economia, ilustrado pelo filme “O Golpe Corporativo”, de Fred Peabody (vencedor do Emmy). Uma coprodução entre o Canadá e os Estados Unidos, o documentário narra a história por trás do “golpe corporativo” que seria a origem de muitos dos problemas na democracia atual, controlada por lobistas e pelo corporativismo. A obra parte de um tema político / histórico complexo e cria uma poderosa experiência cinematográfica que explica como o presidente Donald Trump é o resultado de políticas globalistas neoliberais fracassadas e de um “golpe”, no qual corporações e bilionários foram capazes de gradualmente assumir o controle do processo político nos Estados Unidos e em outros países, destruindo a vida de dezenas de milhões de norte-americanos que não são mais capazes de encontrar trabalho que fornece um salário digno, condenados a viver na pobreza crônica. A produção apresenta o autor canadense John Ralston Saul, que advertiu profeticamente em 1995: ‘Estamos agora no meio de um golpe de estado em câmera lenta. A democracia está enfraquecendo … o corporativismo está se fortalecendo.” O longa-metragem foi selecionado para o IDFA – Festival de Documentários de Amsterdã, o mais importante evento internacional do gênero, e finalista dos Canadian Screen Awards 2020.
Às 19h00, o debate “System Error: como o atual sistema econômico leva à destruição ambiental, ao fim do trabalho digno e ao abalo da própria democracia” conta com Ladislau Dowbor, professor titular de economia da PUC-SP, Ana Claudia Mielke, jornalista e ativista, e tem mediação de Silvio Caccia Bava.
Segunda-feira, 8 de junho, encerramos a série de debates com o tema saúde, ilustrado pelo filme “Ebola: Sobreviventes”, de Arthur Pratt. O documentário norte-americano foi recebido pela crítica especializada como sendo uma produção “muito poderosa”. Através das lentes de cineastas africanos, o longa-metragem traça um retrato dos heróis da Serra Leoa ao enfrentar o Ebola durante uma das mais agudas emergências de saúde pública dos tempos modernos. A produção acompanha as histórias de três personagens no epicentro da epidemia: um motorista de ambulância, um menino de rua e uma enfermeira do centro de tratamento de ebola. O filme explora não apenas como a epidemia devastou famílias e comunidades, mas também os profundos mal-entendidos entre ONGs internacionais e as comunidades que elas atendem, além de desvelar tensões políticas latentes da longa e recente Guerra Civil no país.
Às 19h00, o debate “Como Comunicar em Tempos de Crise Sanitária e Fake News?” conta com o médico sanitarista Douglas Rodrigues, Ana Paula Morales (jornalista de ciência e fundadora da Agência Bori) e mediação de Mariluce Moura.
A Mostra Ecofalante – Especial Semana do Meio Ambiente comemora a Semana Nacional do Meio Ambiente, instituída em 1981 como sendo a primeira semana do mês de junho. Comemora também o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, criado em 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, com o intuito de chamar a atenção para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais.
O Ministério da Cidadania, Secretaria Especial da Cultura, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e a Ecofalante apresentam a Mostra Ecofalante de Cinema, que é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. Tem patrocínio do Mercado Livre, Spcine e da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, e apoio da White Martins, Kimberly Clark e Pepsico. É uma produção da Doc & Outras Coisas e co-produção da Química Cultural. A realização é da Ecofalante, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Ministério da Cidadania e do Governo Federal.
O evento tem apoio institucional dos seguintes parceiros: Videocamp, Instituto Socioambiental (ISA), WWF-Brasil, SOS Mata Atlântica, Brasil no Clima, Greenpeace Brasil, Le Monde Diplomatique Brasil, Revista Piauí, Observatório do Clima, ClimaInfo, Envolverde, GIFE, eCycle, Editora Horizonte, GreenMe, Instituto Chão, IAB-SP, Autossustentável, Engajamundo, Iniciativa Verde e Conexão Planeta.
A Ecofalante é uma ONG que atua nas áreas de cultura, educação e sustentabilidade. Produz filmes, documentários e programas de televisão de caráter cultural, educativo e socioambiental.
A instituição fornece consultorias a projetos nessas áreas e promove formação de professores, exibições e debates em escolas, universidades e aparelhos culturais. Organiza seminários e workshops sobre cinema, educação e sustentabilidade, além de realizar o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais: a Mostra Ecofalante de Cinema.
PROGRAMAÇÃO
MOSTRA ECOFALANTE – ESPECIAL SEMANA DO MEIO AMBIENTE
3 de junho (quarta-feira)
19h00 – Abertura com Chico Guariba e Laís Bodanzky
19h30 – “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra” – Jorge Bodanzky e João Farkas (Brasil, 2019, 45 min, livre) *disponibilizado até o final do dia 09/06 (terça-feira)
4 de junho (quinta-feira)
17h00 – “Golpe Corporativo” – Fred Peabody (“The Corporate Coup d’Etat”, Canadá/EUA, 90 min, 2018, livre) e “Ebola: Sobreviventes” – Arthur Pratt (“Survivors”, EUA, 83 min, 2018, 12 anos) *disponibilizados até o final do dia 9/06 (terça-feira).
19h00 – Debate com Jorge Bodanzky e João Farkas, diretores de “Ruivaldo, o Homem que Salvou a Terra”, Júlia Boock (analista de conservação da WWF Brasil) e mediação de Flávia Guerra.
5 de junho (sexta-feira)
15h00 – Debate “O papel do cinema na comunicação de questões socioambientais” com os diretores Fernando Meirelles, Jorge Bodanzky, Estêvão Ciavatta e Vincent Carelli e mediação de Flávia Guerra.
17h00 – “Amazônia Sociedade Anônima” – Estevão Ciavatta (Brasil, 72 min, 2019, livre) *disponibilizado por 24 horas, até às 17h00 do dia 6/06 (sábado).
19h00 – Debate “Conservação: Ataque ao Meio Ambiente e aos Povos Tradicionais”, com Adriana Ramos (ISA), Daniel Azeredo (procurador do Ministério Público Federal do Pará) e Joênia Wapichana (deputada federal da REDE-RR –a confirmar), com mediação de Claudio Angelo.
6 de junho (sábado)
17h00 – “A Grande Muralha Verde” – Jared P. Scott (“The Great Green Wall”, Reino Unido, 92 min, 2019, livre) *disponibilizado por 24 horas, até às 17h do dia 7/06 (domingo).
19h00 – Debate “Emergência Climática: desertificação, conflitos, migrações e outros impactos imediatos”, com Fernando Meirelles, Paulo Artaxo, mediação de Daniela Chiaretti.
7 de junho (domingo)
19h00 – Debate “System Error: como o atual sistema econômico leva à destruição ambiental, ao fim do trabalho digno e ao abalo da própria democracia”, com Ladislau Dowbor, Ana Claudia Mielke e mediação de Silvio Caccia Bava.
8 de junho (segunda-feira).
19h00 – Debate “Saúde – Como Comunicar em Tempos de Crise Sanitária e Fake News?”, com Douglas Rodrigues, Ana Paula Morales e mediação de Mariluce Moura.
Serviço:
Mostra Ecofalante – Especial Semana do Meio Ambiente
de 3 a 9 de junho de 2020
grátis
evento online acessível através da plataforma Videocamp (www.videocamp.com)
#Envolverde
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