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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

EUA querem ser parte da solução

País defende mecanismo de verificação em caso de acordo mundial.

Bastante questionado sobre suas intenções em relação a um acordo climático global, os EUA declararam em Copenhague, em coletiva transmitida ao vivo nesta quarta-feira, que querem ser parte da solução.

Após a China cobrar ontem que EUA, UE e Japão ofereceram compromissos maiores de redução de suas emissões de gases de efeito estufa, a delegação norte-americana garantiu que o país está comprometido em diminuir suas emissões e ainda, disposto a auxiliar outros países a fazê-lo.

Os EUA entendem a necessidade de auxiliar países mais pobres e consideram provável tomar parte em um fundo com este objetivo. Mesmo com uma economia abalada, eles acreditam que poderão integrar esta iniciativa. Contudo, não vêem sentido em direcionar recursos para países com economias em crescimento dinâmico, como a China, por exemplo.

"Nosso recursos públicos devem ser direcionados a países em real necessidade de ajuda", reforçou seu porta-voz, durante a coletiva. "Estamos na direção de frear e reduzir nossas emissões. O programa de nosso presidente e legislação específica sobre este assunto estão em avaliação. Enquanto isto as emissões chinesas crescem significativamente. A China já é hoje o maior emissor de gases de efeito estufa. Sem um compromisso chinês, o mundo não conseguirá superar este desafio. É uma questão puramente matemática", continuou o representante norte-americano.

Os EUA ressaltaram a importância de se buscar não um acordo meramente climático, mas sim, um acordo por um desenvolvimento sustentável, globalmente. Ele se declarou otimista com os anúncios feitos até agora por países participantes da COP-15 e ponderou que, mais que se discutir porcentagens de redução, é hora de nos perguntarmos: para onde o mundo está indo?

Sua delegação defendeu a necessidade de cada intenção de redução anunciada isoladamente por cada país ser colocada legalmente em um acordo oficial, que conte com um mecanismo de verificação. "É preciso transparência, para gerar confiança. Mas só confiar não é o bastante. É necessário algum mecanismo de verificação, onde cada país possa comprovar o que está sendo feito pelos demais".

Com esta colocação, tocou no ponto mais sensível para o futuro das negociações em curso: a capacidade - ou não - das nações confiarem uma nas outras e cooperarem, mais que competirem. Sem intenção genuína de cooperação e ação conjunta, não há mecanismo verificador que dê conta e faça promessas se traduzirem em ações.

Material produzido e editado pela Envolverde/Mercado Ético/Carbono Brasil/Rebia/Campanha Tic-Tac/EcoAgência, e distribuído para reprodução livre com o apoio da Fundação Amazonas Sustentável.
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FONTE : Neuza Árbocz, para a Envolverde

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